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Adoção por medidas de compliance ainda é baixa nas empresas, aponta pesquisa da Protiviti

Segundo o estudo, 46% das organizações nunca realizaram o mapeamento de vulnerabilidades, o que as deixa mais suscetíveis a casos de fraude e corrupção

A implantação de um programa efetivo de compliance deixou de ser prática exclusiva das grandes corporações e tem ganhado destaque também entre as companhias de pequeno e médio porte. É o que mostra a Pesquisa Nível de Maturidade em Compliance 2018, organizada pela consultoria global da Protiviti. Em sua quarta edição, o estudo reúne informações coletadas entre abril de 2017 e abril de 2018, por meio do Portal de Compliance da Protiviti (www.portaldecompliance.com.br), e conta com 446 organizações, de diferentes portes, setores e regiões, o que revela o interesse geral de adequação.
De acordo com as análises, as organizações, embora conheçam as ferramentas para a implantação de um Programa de Compliance, ainda falham no mapeamento de riscos a que estão expostas. Isso significa que, muitas vezes, os esforços e recursos de alocados não necessariamente mitigam os principais riscos de compliance da empresa. “Ou seja, é como se tivéssemos comprado bons remédios, mas sem saber exatamente qual o problema de saúde. Nota-se que houve uma melhora na visão de compliance, mas a visão de risco ainda é baixa”, explica Heloisa Macari, sócia-diretora da Protiviti.
O estudo mostra que 53% das organizações participantes apresentam nível de compliance médio alto e alto, uma vez que possuem o patrocínio da alta direção da empresa, investindo em elementos fundamentais, como Código de Ética, Canal de Denúncias, Planos de Treinamento e Comunicação, Função Compliance, Auditorias, Monitoramentos e Due Dilligence de Terceiros.
“51% das empresas reconhecem, por exemplo, a necessidade de se fazer a diligência de seus fornecedores e terceiros, pois é possível conhecer o histórico das companhias antes mesmo da negociação. Há a consciência de que se o contratado cometer ilícito, a organização também poderá ser responsabilizada”, ressalta Macari.
Por outro lado, existem elementos que necessitam de mais atenção por parte das empresas e, por falta de conhecimento ou atenção, estão sendo negligenciados ou implantados de maneira equivocada, como a Política Anticorrupção, Indicadores de Gestão, Red Flags para situações não usuais, Assessment de Riscos e desenvolvimento de Planos de Ação para Melhorias. Vale salientar que 46% das empresas nunca realizou o mapeamento dos riscos a que estão expostas, base para a efetividade e eficiência de um Programa de Compliance.
Ainda segundo a pesquisa, as organizações brasileiras têm implementando ferramentas que permitem a criação, a comunicação e o controle de normas e boas práticas em todas as camadas da empresa. Mas ainda há desconhecimento da metodologia, falta de expertise ou limitação orçamentária para o mapeamento dos riscos, vulnerabilidades e consequentes desenvolvimentos de Planos de Ação focados. “Saber onde estão os riscos e fazer a gestão constante deles, por meio de novas medidas, controles e treinamentos, é fator chave para a elevar o Nível de Maturidade em Compliance nas organizações brasileiras”.

Perfil dos pesquisados:

. Região: Os estados mais predominantes na pesquisa foram: São Paulo (27%), Rio de Janeiro (18%), Distrito Federal (18%) e Minas Gerais (7%);
. Faturamento: 30% das empresas participantes são micro, 10% pequena, 13% média, 12% média grande, 26% grande e 9% não informaram os dados;
. Colaboradores: 35% tem até 19 colaboradores, 17% entre 20 e 99, 18% entre 100 e 499, 29% acima de 500 e 1% não informado;
. Setor: 15% holdings, 6% indústrias, 6% Setor de Saúde, 6% Agropecuária, 12% serviços diversos, 55% Outros.

Principais dados:
• 65% das empresas participantes mantém relacionamento com entidades públicas;
• 71% afirmam ter um Código de Ética e Conduta formalizado. O número aumentou 9%, entre 2017 e 2018;
• 58% acreditam que o Código de Ética é divulgado periodicamente aos colaboradores;
• 62% afirmam que a empresa disponibiliza um Canal de Denúncias para o público interno e 56% para fornecedores e terceiros;
• 67% recebem ao menos 1 treinamento da empresa por ano sobre Ética no Ambiente Corporativo, Código de Conduta Ética, Lei e Política Anticorrupção e afins. E apenas 23% recebem 3 ou mais treinamentos por ano;
• 40% das empresas possuem uma área responsável pelo Programa de Compliance.

Portal de Compliance Protiviti (www.portaldecompliance.com.br)

O Portal de Compliance é um canal interativo que esclarece aspectos da Lei 12.846/2013, em vigor desde 29 de janeiro de 2014, também conhecida como Lei Anticorrupção ou Lei da Empresa Limpa. O portal disponibiliza gratuitamente a Avaliação do Nível de Maturidade em Compliance. Qualquer empresa pode acessá-lo e responder ao questionário para receber um relatório com análise dos pontos críticos e dicas para resolvê-los.

Sobre a Protiviti (www.protiviti.com)

A Protiviti é uma empresa global de consultoria que ajuda empresas a resolverem problemas em finanças, tecnologia, operações, governança, risco e auditoria interna. A companhia presta serviços para mais de 60% das empresas da Fortune 1000® e 35% da Fortune Global 500®.
A Protiviti e suas firmas-membro independentes prestam serviços aos clientes por meio de uma rede de mais de 70 escritórios em mais de 20 países, contando com mais de 4.500 profissionais em todo o mundo. No Brasil ela está presente desde 2006. A empresa também trabalha para agências governamentais e empresas de menor porte e/ou em fase de crescimento, incluindo aquelas que têm por objetivo fazer a abertura de capital.
Presente na classificação 57 da lista de 2016 da Fortune – 100 Melhores Empresas para Trabalhar®, a Protiviti é reconhecida em seu segmento entre as “Melhores Empresas para Trabalhar”. A empresa é uma subsidiária integral da Robert Half (NYSE: RHI). Fundada em 1948, a Robert Half é membro do índice S&P 500 e foi nomeada para Fortune® na lista “Empresas Mais Admiradas do Mundo” da revista entre 1998-2016.

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