Um dos assuntos mais comentados em 2024, a reformulação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), pode colocar o mercado de telecomunicações em outro patamar do desenvolvimento econômico e industrial no Brasil. A expectativa é que o programa, que deve colocar em jogo o montante de aproximadamente R$ 1,4 trilhão em investimentos nos próximos três anos, promova um avanço orgânico e sustentável, incentivando cada vez mais compras de produtos e serviços nacionais.
De acordo com Eryck El-Jaick, COO da Fibracem, indústria 100% nacional especializada no mercado brasileiro de comunicação óptica, em se tratando da provisão de Internet no Brasil, o efeito pode ser significativo. Segundo ele, o PAC pode viabilizar mais investimentos em infraestruturas de redes de fibra óptica e, com isso, contribuir para uma expansão mais forte da conectividade no País. “A expansão da banda larga e a implementação do 5G cada vez mais evidente, por exemplo, não apenas viabiliza a inclusão digital, mas também o impulsionamento da produtividade e a inovação em diversos segmentos, incluindo a indústria”, afirma o executivo.
Além desses benefícios, o programa visa criar um ambiente de negócios ainda mais favorável, simplificando processos regulatórios e, até mesmo, oferecendo incentivos fiscais. Para Eryck, medidas como essas são enxergadas como primordiais para atrair e fomentar a inovação no cenário industrial no Brasil. “Sem dúvidas haverá um fortalecimento importante da cadeia produtiva no País, o que de certa forma vai promover mais autonomia industrial no nosso mercado e reduzir, ainda, a dependência de importações, além de estimular o processo de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) dentro do País.
Ganhos para a indústria nacional
El-Jaick reforça que o programa deve ajudar em aspectos como a modernização de plantas fabris, a adoção de tecnologias sustentáveis e, claro, no avanço da digitalização dos processos industriais, o que pode representar um passo importante em direção da competitividade global e da inclusão digital. “Esse cenário é propício para aumentar a competitividade das empresas nacionais frente ao mercado global e, com isso, promover um crescimento econômico com a geração de valor agregado ao produto brasileiro e na criação de mais empregos”, enfatiza.
O executivo comenta, ainda, que pautas relacionadas à sustentabilidade, ESG (que corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança das organizações, serão significativamente beneficiadas com o Programa de Aceleração do Crescimento. “Ele (o novo PAC) vai contribuir de forma eficaz para eficiência econômica e produtiva das companhias, mas também à preservação do meio ambiente, atendendo as demandas globais de responsabilidade social e ambiental”, finaliza.
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