A transformação digital tornou-se um marco incontestável no setor financeiro, catalisando avanços notáveis nos últimos anos. Os bancos têm incorporado as mais recentes tecnologias para manterem sua competitividade e redefinirem a forma como se relacionam com os clientes, sendo a inteligência artificial uma dessas inovações em destaque.
Conforme revelado em um relatório da International Data Corp, os gastos globais com inteligência artificial atingiram a marca de US$166 bilhões em 2023. Nesse contexto, o setor bancário emergiu como um dos principais contribuintes, representando aproximadamente 13% desse montante. Projeções apontam que esse valor deverá alcançar os US$450 bilhões até o ano de 2027.
Essa evolução destacada evidencia o papel significativo que a IA desempenha na atualização e aprimoramento dos serviços bancários, moldando o cenário financeiro global. Revolucionou a forma como as instituições operam, como os clientes interagem com os serviços e deu origem a novos modelos de negócios, como as fintechs. A Inteligência Artificial emergiu como protagonista, desempenhando um papel essencial na análise de dados, automação de processos, prevenção de fraudes e decisões rápidas e precisas. Essa tecnologia não apenas se destaca, mas serve como um conector para outras inovações.
“As instituições têm colhido benefícios multifacetados com essa transformação, a lista de vantagens é abrangente. Inovação em produtos e serviços, redução de custos e uma experiência mais aprimorada para o cliente são alguns dos pontos em destaque”, explica Gustavo Valadares, co-fundador da Simply e Diretor de Negócios da Sinqia.
Dentro desse cenário, o executivo aponta que canais digitais proporcionam acesso conveniente a serviços e produtos a qualquer momento e em qualquer lugar; há mais personalização, já que instituições financeiras estão utilizando dados e análises avançadas para personalizar a experiência do cliente, oferecendo produtos e serviços adaptados às necessidades individuais. Por fim, ele também indica que a automação de processos permite que clientes obtenham aprovações rápidas para empréstimos, cartões de crédito e outros serviços financeiros, melhorando a eficiência e a conveniência.
“À medida que as instituições financeiras adotam tecnologias avançadas, também precisam garantir que as informações sensíveis e os ativos financeiros estejam protegidos contra ameaças cibernéticas. A segurança cibernética no setor financeiro é um desafio constante, pois as ameaças evoluem. Portanto, as instituições precisam estar continuamente atualizando e aprimorando suas estratégias de segurança para garantir a proteção adequada contra ameaças emergentes”, reforça Valadares.
Para isso, as instituições financeiras estão adotando diversas estratégias para adaptar suas forças de trabalho, como a capacitação e educação continuada, oferecendo oportunidades para os funcionários atualizarem suas habilidades e competências ao longo do tempo e das mudanças de cenário; implantando ferramentas de colaboração remota e criando novos cargos e funções ao especializar a força de trabalho e atribuir novas responsabilidades.
Por fim, o executivo ressalta que ainda há grandes desafios pela frente. “Temos a resistência à mudança e falta de consciência digital, questões de segurança cibernética e privacidade, integração de sistemas legados e mudanças regulatórias rápidas, mas ainda há muito o que transformar no sistema financeiro por meio da tecnologia. Apesar disso, o futuro do setor será moldado por Inteligência Artificial, Open Banking, Blockchain e ativos digitais”, finaliza.
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