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Seis tendências para o mercado de TI e Telecom em 2024

Maior segurança e governança de Dados, avanço da IA, prevenção a ataques cibernéticos e crescimento dos negócios com as grandes teles são alguns dos destaques apontados por especialistas de empresas como OpenText, Denodo, Kyndryl Brasil, Trellix, Objective, Softtek e Um Telecom

Seis tendências para o mercado de TI e Telecom em 2024

Os setores de TI e Telecom estão entre os que mais cresceram no Brasil nos últimos anos, sobretudo após o período pandêmico, e figuram entre os mais relevantes para a economia do País.

Segundo Dados do IDC FutureScape: Latin America IT Industry Predictions 2024, realizado pela IDC (International Data Corporation), as perspectivas para o mercado de TI na América Latina são bastante positivas, já que se estima um avanço de 5% do setor, acompanhado do fortalecimento de diversas tecnologias e com impacto no Produto Interno Bruto (PIB) da região, impulsionando um crescimento positivo.

No Brasil, a previsão é que o setor de TI cresça 12% este ano, superando o dos Estados Unidos.

A autenticação assumirá mais importância à medida que as marcas incentivam os usuários a fazerem login com endereços de e-mail ou outros logins para fornecer uma experiência ainda melhor 

Em um cenário cada vez mais dinâmico e competitivo, é fundamental que as empresas destes setores estejam atentas às principais tendências, a fim de garantir produtos e soluções relevantes para o mercado.

Por isso, a agência Vianews mapeou, em parceria com alguns de seus clientes, oito tendências para os segmentos de TI e Telecom em 2024, segundo executivos de empresas de referência nesses setores. Confira!

Coleta de Dados em Canais próprios
O Google anunciou que bloqueará cookies de terceiros no Chrome, com o objetivo de melhorar a privacidade do usuário. Tal medida limitará a capacidade de rastrear usuários anonimamente em sites por meio de pixels de rastreamento de cookies no interesse da privacidade do consumidor.

Segundo Guy Hellier, VP Product Manager da OpenText, empresa global de soluções de gerenciamento de informações, na prática, isso significa que as organizações terão menos acesso às informações sobre os visitantes, impactando capacidades de segmentação.

“Como reação, as marcas coletarão mais Dados próprios em Canais próprios, como assinantes de e-mail, programas de fidelidade, interações de atendimento ao cliente e dados comportamentais do site para informar melhor o funil de marketing. As empresas adaptarão experiências na web e publicidade com base em conteúdo consumido em vez da identidade do visitante. A autenticação assumirá mais importância à medida que as marcas incentivam os usuários a fazerem login com endereços de e-mail ou outros logins para fornecer uma experiência ainda melhor”, explica o executivo.

Simplificação da governança de Dados
Porém, apesar da restrição da coleta de Dados por meio de cookies, fato é que os negócios Data-Driven devem seguir em ascensão e, cada vez mais, atentos à segurança das informações.

Segundo levantamento realizado pela Denodo, multinacional de integração e gerenciamento de Dados, o ano de 2023 deixou claro que as organizações centradas em dados que quiserem ter sucesso em 2024, precisarão se preparar para um ambiente em que os dados são cada vez mais distribuídos.

Nesse contexto, a segurança e a governança de Dados precisarão ser simplificadas
Dados mal integrados impactam a agilidade de uma organização em muitos níveis, mas o impacto é ainda maior na segurança e governança de Dados, já que é impossível proteger ou controlar toda a miríade de sistemas empresariais simultaneamente.

Para enfrentar tal desafio, as empresas estão apostando em uma abordagem lógica de gerenciamento de Dados, que permite a sincronização de políticas globais em tempo real e o acesso rápido a todos os Dados da empresa, mesmo que estejam descentralizados.

De acordo com Maurício Suga, líder de segurança e resiliência da Kyndryl Brasil, provedor global de serviços de infraestrutura de TI, em 2024, as empresas precisarão modernizar a infraestrutura legada, simplificar ambientes de TI complexos, consolidar a cadeia de fornecedores e proteger seus Dados.

“Esses esforços serão necessários para dar conta de um cenário de segurança repleto de riscos. As organizações deverão começar a examinar seus ativos para garantir que a infraestrutura esteja mais do que segura, mas, sim, resiliente e capaz de continuar as operações de missão crítica mesmo em situações adversas”, explica o executivo.

Prevenção de ataques cibernéticos
Em complemento às medidas de cibersegurança, John Fokker, chefe de inteligência de ameaças do Trellix Advanced Research Center, reitera que o cenário cibernético hoje é mais complexo do que nunca.

“Para romper com a escalada de ataques e começar a superar os cibercriminosos em estratégia e táticas, todas as indústrias precisam adotar uma estratégia cibernética que esteja constantemente vigilante, compreensível, prática e adaptável a novas ameaças. É assim que podemos garantir uma vantagem de estar a um passo sobre os cibercriminosos no próximo ano”, explica Fokker.

Ainda segundo o executivo, os cibercriminosos, desde famílias de ransomware até grupos ligados a estados-nação, estão ficando mais inteligentes, rápidos e mais coordenados na reformulação de suas táticas para seguir novos esquemas e não prevemos que isso mude em 2024.

Uso de ferramentas estratégicas de IA
Aliado ao uso e segurança de Dados, o investimento em Inteligência Artificial também deverá ser crucial para manter a competitividade das empresas de diferentes segmentos econômicos.

“A IA desempenhará um papel significativo em aumentar a produtividade e eficiência, impulsionando a inovação e a criação de novos valores. Mas o desafio de definir projetos certeiros para obter resultados mais rápidos com adaptação de equipes e processos ainda será o principal. Aqueles que iniciarem melhores testes e capacitar suas equipes e lideranças terão um diferencial”, comenta Jorge Sellmer, CRO da Objective, multinacional brasileira de desenvolvimento ágil de software e consultoria.

Ainda segundo o executivo, o uso de ferramentas estratégicas como o “AI Opportunity Radar” do Gartner, orientará a empresa na busca de um equilíbrio entre melhorar o existente e criar inovações, adaptando-se às necessidades e objetivos específicos de cada organização. Este radar divide as oportunidades de IA em quatro zonas distintas: Back Office, Front Office, Reinvenção de Capacidades, e Novos Produtos e Serviços, baseadas em critérios de produtividade e criatividade, internos ou externos à organização.

Entretanto, além dos investimentos em IA, levantamento realizado pela multinacional mexicana de tecnologia, Softtek, aponta que entre as principais tendências tecnológicas que deverão se manter em alta para 2024 estão ainda hiperautomação de processos, evolução das arquiteturas corporativas, CleanTech e inovação aberta.

“Claro que entre as principais tendências, sem dúvida, o avanço da Inteligência Artificial promete ser o fenômeno de maior impacto para os negócios e para sociedade, dado a evolução exponencial de suas características e potenciais. Porém, para as empresas evoluírem neste sentido, elas precisarão se manter eficientes, garantindo a estabilidade de seus negócios, sem perder de vista o investimento na adoção de novas tecnologias e modernização da arquitetura corporativa para assegurar sua sobrevivência no mercado”, pontua Adriano Candido, diretor de Soluções e Inovação na Softtek BrasiI.

Crescimento dos negócios com as grandes teles
Já na área de Telecomunicação, para Rui Gomes, CEO da Um Telecom, operadora de telecomunicações e soluções digitais, as projeções do setor para 2024 são animadoras, tendo como referência um ano de resultados muito positivos na área.

“Posso destacar, por exemplo, que vejo a continuidade do crescimento dos negócios com as grandes teles, que em 2023 foi de mais de 60%, e com clientes do setor público, vertical de negócios que pode se tornar a maior em faturamento, considerando projetos em que já estamos trabalhando”, explica o executivo.

Ainda segundo Rui, em relação ao mercado, as diretrizes regulatórias da Anatel soam como ótimas oportunidades para novos negócios, inclusive na criação de redes privativas.

“As empresas, especialmente as PPPs, devem ter isso em seus planejamentos estratégicos para este ano. Por fim, o uso da inteligência artificial deve gerar oportunidades para além do que imaginamos”, conclui o CEO.

Humanização da comunicação corporativa
Diante de um ano que promete seguir em constante ebulição, a necessidade de investimento em estratégias de comunicação corporativa também vem ganhando espaço entre as organizações.

O marketing digital para empresas, aliás, tem aparecido no topo das intenções de investimento de marcas que desejam se destacar no mercado. No entanto, apenas investir não é o suficiente, é preciso saber onde e em quais ferramentas valem a pena dedicar parte dos investimentos.

“Apesar das ferramentas tecnológicas serem ótimos auxiliares, o lado humano não pode ser ignorado. Afinal quanto mais personalizada for a mensagem, maior a capacidade de impactar positivamente seus receptores. O novo perfil do consumidor – mais exigente, com maior acesso à informação e mais autonomia – mudou completamente as regras do jogo empresarial. Por isso, campanhas de Comunicação e Marketing mais espontâneas, autorais e criativas são maneiras de criar forte conexão com seus públicos e parceiro”, explica Pedro Cadina, CEO da Vianews, agência de comunicação integrada para a América Latina.

A humanização é uma das tendências que devem estar no radar das empresas para que as interações com seus clientes estabeleçam conexões genuínas, removendo o aspecto artificial da equação.

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