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Após 50 anos atendendo diretamente no Brasil, Yokogawa busca parceiros

A empresa vem preparando lançamentos de produtos e soluções para breve e algumas dessas soluções deverão ser trabalhadas por integradores e distribuidores, dependendo do projeto

Após 50 anos atendendo diretamente no Brasil, Yokogawa busca parceiros

A Yokogawa, multinacional japonesa especializada em produtos e soluções para automação industrial, completou 50 anos no Brasil sempre atendendo seus clientes de forma direta. Mas isso vai mudar: a partir do próximo ano, a empresa passará a contar com distribuidores e integradores para comercializar e implementar produtos e soluções junto aos seus clientes. Não será todo o portfólio, mas alguns itens selecionados e voltados, inicialmente, para o segmento farmacêutico. As negociações estão em andamento e os nomes não foram divulgados.

“Estamos diversificando nossa atuação, têm novos produtos surgindo, novos mercados sendo desenvolvidos, como o farmacêutico e de alimentos e bebidas. Com alguns produtos temos a intenção de trabalhar com distribuidores que tenham experiência em indústrias específicas, principalmente a farmacêutica. Não será o portfólio todo, mas alguns produtos e soluções, com o objetivo de ter maior capilaridade”, explicou Marco Aurélio Gonçalves Figueira (foto), CEO da Yokogawa América do Sul. “Na região, temos trabalhado com vendas diretas com nossos clientes, mas em alguns estados do Brasil temos representantes comerciais, que nos ajudam na promoção, divulgação e contato com clientes, mas o fornecimento ocorre diretamente pela Yokogawa. Em outros países, algumas filiais trabalham com distribuidores e integradores, dependendo da solução”, completou.

Segundo o executivo, a sede da Yokogawa fica no Japão, em Tóquio, e a empresa foi fundada em 1915. Na América do Sul, a multinacional iniciou as atividades no Brasil em 1973, completando agora 50 anos. “Foi a primeira filial da Yokogawa fora do Japão. Na época, o Brasil vinha fazendo uma série de investimentos, principalmente na indústria de base, a indústria siderúrgica vinha crescendo bastante, assim como a química e petroquímica. Posteriormente, abrimos filiais no Chile, Peru, Colômbia e na Argentina. O Brasil é o headquarter e cuida dessas filiais na América do Sul”, comentou.

A Yokogawa tem forte atuação nos segmentos de siderurgia, química e petroquímica, com clientes como a Petrobras. “Há um segmento que temos dados uma atenção grande nos últimos 15 anos, que é papel e celulose, com vários projetos conquistados, com destaque para os dois últimos, um com a Bracell, na região de Lençóis Paulista (SP), e agora estamos em fase final de execução do projeto da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS), uma das maiores plantas de papel e celulose do mundo, que está em fase final de conclusão de obra, com inauguração prevista para o meio do próximo ano. A Yokogawa tem se destacado neste segmento, não apenas na parte de instrumentos de campo, mas na parte de controle. Também somos fortes na área de mineração”, ressaltou Figueira.

A empresa vem preparando lançamentos de produtos e soluções para breve e algumas dessas soluções deverão ser trabalhadas por alguns integradores e distribuidores, dependendo do projeto, que tenham presença na indústria farmacêutica, para usar a expertise que eles têm em processos neste tipo de segmento. “Existem empresas que estamos analisando, verificando a capacidade técnica, abrangência, conhecimento da indústria e até o fim de 2023 queremos assinar contratos para trabalharmos juntos”, revelou Figueira. “Nós não vendemos commodities, mas soluções. Para oferecer essas soluções aos clientes é preciso conhecimento técnico, de como conduzir o negócio. É muito importante que este parceiro seja bem escolhido. Tem a nossa marca envolvida, não podemos permitir que um distribuidor venda um produto da Yokogawa para uma aplicação que não é adequada, que possa ocasionar um acidente, ter perda de vidas, perdas operacionais. Temos uma responsabilidade muito grande. Depois de escolhidos os parceiros, precisamos treiná-los para a nossas soluções para que eles consigam atender bem os nossos clientes”, completou.

Quem conhece o modus operandi das empresas japonesas sabe que nada é feito por impulso, tudo é meticulosamente calculado, detalhado e testado. As parcerias são fechadas apenas quando há grande confiança no parceiro. “Este ano completei 30 anos na Yokogawa e sei bem como funciona uma empresa japonesa. As pessoas às vezes dizem que as empresas japonesas demoram a lançar produtos e eu sei a razão. Há uma preocupação muito grande com os produtos, uma vez lançados, a empresa não pode voltar atrás. Eles são exaustivamente testados para que eles não falhem junto ao mercado e as clientes. É comum que, ao surgir uma nova tecnologia, algumas empresas, para saírem na frente, lançam produtos ainda em fase de teste e depois precisam fazer uma série de recall, mudança de softwares e depois eles são retirados do mercado, pois havia erros no projeto. Em 30 anos eu nunca vi a Yokogawa lançar um produto e depois dizer que teve algum problema e tirá-lo do mercado. É um posicionamento correto, em minha opinião, mas que pode gerar certa lentidão, mas que lá na frente a gente acaba ganhando mais, pois os nossos clientes têm uma confiança grande na nossa marca”, explicou Figueira.

Serviço
www.yokogawa.com/br

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