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Gartner lista nove princípios para melhorar a resiliência na Nuvem

A maioria das falhas é parcial, tende a ser intermitente ou envolve degradação de desempenho, sendo menos perceptível de imediato, e existem diferenças de resiliência entre os serviços oferecidos

Gartner lista nove princípios para melhorar a resiliência na Nuvem

De acordo com especialistas do Gartner, os líderes de Infraestrutura e Operações (I&O) devem implementar nove princípios para maximizar a resiliência dos ambientes de Nuvem. “A Nuvem não é magicamente resiliente e bugs de software, e falhas que não são físicas causam quase todas as interrupções na Nuvem”, disse Chris Saunderson, analista e diretor sênior do Gartner. “Na Nuvem, as interrupções quase nunca envolvem todo o provedor de Nuvem, nem é provável que as interrupções do serviço sejam totais. Em vez disso, falhas parciais, degradações de serviço, problemas de serviço individuais ou problemas locais são típicos”, afirmou.

Os analistas do Gartner estão discutindo como abraçar e limitar o impacto das falhas dos provedores de Nuvem na Conferência Gartner de Infraestrutura de TI, Operações e Estratégias de Nuvem que acontece nesta segunda-feira (21/11).

Sempre que viável, os líderes de I&O devem tirar partido destas soluções em vez de tentarem inventar as suas próprias alternativas e adicionar ainda mais complexidade

A equipe de I&O precisa compreender as características e as causas comuns das interrupções na Nuvem. A maioria das falhas é parcial, tende a ser intermitente ou envolve degradação de desempenho, sendo menos perceptível de imediato, e existem diferenças de resiliência entre os serviços oferecidos pelos provedores de Nuvem.

“A resiliência não é um estado binário”, disse Saunderson. “Ninguém pode reivindicar resiliência absoluta – nem você, nem qualquer provedor de Nuvem. As Nuvens devem ser tão ou até mais resilientes do que a infraestrutura local, mas apenas se a equipe de I&O as utilizar de maneira resiliente”, observou.

Os analistas do Gartner recomendam que os líderes de I&O se concentrem em nove princípios-chave para melhorar a resiliência da Nuvem:

1- Alinhamento de negócios: alinhe os requisitos de resiliência às necessidades do negócio. Sem este alinhamento nos requisitos, as equipas ficarão aquém das expectativas de resiliência ou gastarão mais.

2- Abordagem baseada em riscos: adote uma abordagem baseada em riscos para o planejamento de resiliência que vá além de eventos catastróficos. Coloque mais ênfase nas falhas mais comuns que as organizações têm maior controle para mitigar.

3- Mapeamento de dependências: crie gráficos de dependências que mapeiem todos os componentes de middleware, bancos de dados, serviços em Nuvem e pontos de integração para que possam ser arquitetados e configurados para resiliência e incluídos no planejamento de confiabilidade e recuperação de desastres (DR).

4- Disponibilidade contínua: a abordagem de disponibilidade contínua concentra-se em manter aplicações, serviços e dados disponíveis em todos os momentos e níveis de serviço, sem tempo de inatividade e impacto limitado durante um evento de falha.

5- Resiliente por design: o aplicativo em si deve ser resiliente por design. A resiliência da infraestrutura por si só é insuficiente para fornecer os serviços com tempo de inatividade zero que os utilizadores finais esperam.

6- Automação de DR: a implementação de recuperação de desastres (DR) totalmente (ou quase totalmente) automatizada – seja por meio das próprias ferramentas da organização ou por meio de ferramentas de DR nativas da Nuvem de terceiros – fornece a base necessária para atender aos agressivos objetivos de tempo de recuperação (RTOs) e permite que o DR seja testado rotineiramente.

7- Padrões de resiliência: adote padrões de resiliência além da arquitetura e DR. Sistemas resilientes exigem que as equipes se concentrem na qualidade, na automação e na melhoria contínua e infundam qualidade ao longo de todo o ciclo de vida de uma aplicação.

8- Favorecer soluções nativas em Nuvem: os provedores de Nuvem possuem uma gama significativa de soluções que podem ser usadas para melhorar a resiliência. Sempre que viável, os líderes de I&O devem tirar partido destas soluções em vez de tentarem inventar as suas próprias alternativas e adicionar ainda mais complexidade.

9- Foco nas funções de negócios: em vez de restringir o pensamento a apenas “failover” de igual para igual, explore alternativas, como alternativas leves de TI ou substituições leves de aplicativos que forneçam o mínimo necessário de funcionalidade crítica para os negócios.

Serviço
www.gartner.com

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