“Hat Trick”, sabemos agora de três pontos importantes da estratégia da Red Hat para o Brasil. No recente AWS Summit, os executivos da companhia, em entrevista exclusiva, destacaram sua colaboração com o parceiro de serviços gerenciados da Nuvem, host do evento, revelaram oportunidades para os Canais e falaram da estratégia para que os desenvolvedores pensem prioritariamente no mundo Open Source e em Nuvens híbridas – especialidades da Red Hat.
Com a AWS, o resultado mais evidente é a criação conjunta da solução ROSA (Red Hat Open Shift na AWS), que a partir das necessidades dos clientes permite que eles criem, escalem, integrem, desenvolvam e/ou implementem aplicações em contêineres dentro do modelo de Nuvem híbrida. Uma plataforma que possui suporte das duas companhias e que tem a promessa de agilidade e eficiência.
E o caminho para capturar (e manter) clientes está desenhado pela Red Hat. “Estamos focados em apresentar soluções conjuntas que acelerem a adoção da Nuvem híbrida, com ênfase na segurança e no acesso simplificado. O objetivo é oferecer às empresas um caminho rápido e planejado para essa migração”, argumenta Thiago Araki, diretor Sênior de Tecnologia e GTM para a Red Hat na América Latina, que enfatiza os 10 anos de trabalho conjunto e foco em soluções colaborativas com a AWS.
Um diferencial importante do OpenShift e do seu irmão ROSA – fruto do trabalho de um ano e meio da Red Hat e da AWS -, garante Araki, é sua capacidade de facilitar o desenvolvimento e a implementação de aplicações modernas, incluindo recursos de Inteligência Artificial. “Queremos baixar a barreira de entrada, até por conta da falta de profissionais habilitados localmente em TI e em IA. No lugar de necessitar de alguém que aprenda a programar na plataforma, ela permite a conversão e a configuração com comandos em
linguagem natural por IA”, explica o executivo.
Isso parece abrir novas e múltiplas oportunidades para parceiros/desenvolvedores. “O OpenShift, nosso carro-chefe aqui e no mundo, faz conexão com a plataforma Watson, da IBM, o que permite ampliar a oferta rápida de soluções no Brasil”, projeta o executivo.
Parceiros e integradores
Ainda nesse sentido, a Red Hat tem colaborado ativamente com a AWS para oferecer o OpenShift nativo como serviço. Mais, a companhia fez um alinhamento com o catálogo da AWS permitindo que os clientes aproveitem as vantagens de ambos os serviços sob um único contrato.
No contexto geral de parceiros no Brasil, a empresa tem se concentrado em ampliar sua presença por meio de parcerias com grandes integradores globais e players locais. “Ambos são fundamentais para levar as soluções em segmentos como finanças, telecomunicações e governo, nossas verticais mais importantes localmente, e em outras indústrias. A premissa é que eles atuem com os mais diversos e múltiplos provedores.
Isso é um diferencial para nós porque o cliente exige essa diversidade”, revela Sandra Vaz, líder da área de Global Partners & Alliances (GPA) para a América Latina na Red Hat.
Ela enfatizou o investimento da empresa no treinamento dos seus parceiros, visando à capacitação para a criação de soluções personalizadas que atendam às necessidades específicas de cada cliente e setor. “O OpenShift é uma ferramenta crucial nesse processo, possibilitando que os desenvolvedores criem, integrem e gerenciem aplicações de forma eficaz em diferentes ambientes.
Calculamos que para 1 dólar investido na plataforma (OpenShift) o Canal consiga gerar 3 dólares em serviços e soluções agregadas”, completa Sandra, que vê oportunidades para novos parceiros em regiões como o interior de São Paulo e no Nordeste.
A executiva admite que ainda existe um certo trabalho de “evangelização” tanto no que tange os canais como os clientes sobre a filosofia da Red Hat de apostar no conceito de Nuvens híbridas. “Isso faz parte da nossa meta de expansão de soluções para o mercado local”, finaliza Sandra.
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