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WI-FI 6 no Brasil: mudarão os modelos de negócios

Remuneração das redes e modelos de negócios promissores no Brasil foi tema de debate no Fórum de Operadoras Inovadoras, em São Paulo. Adoção do WI-FI 6 no Brasil deve mudar formas de rentabilizar; inteligência de Dados segue sendo tendência

WI-FI 6 no Brasil: mudarão os modelos de negócios

Diante da ampliação do WI-FI em 6 GHz no Brasil, os hábitos de acesso dos usuários podem se modificar drasticamente colocando em xeque os modelos de negócios envolvendo as redes móveis. Para Rafael Albuquerque, CEO da Zoox Smart Data, no entanto, a história de monetização do Wi-FI é viva, e sua experiência ao longo dos últimos 13 anos mostra que novas oportunidades sempre vão surgir. A afirmação foi feita durante o painel “Os modelos de negócios no WI-FI“ no Fórum de Operadoras Inovadoras, em São Paulo (SP). Também participaram do debate Giuseppe Marrara, diretor sênior de Políticas Públicas da Cisco, Luciano Saboia, diretor de Pesquisa e Consultoria de telecom para América Latina do IDC e Jonas Trunk, CEO da Linktel.

O WI-FI ainda é a melhor opção de conectividade a baixo custo quando o usuário está parado ou em um local restrito, onde seu deslocamento é menor, como um shopping, por exemplo

A própria trajetória da Zoox Smart Data exemplifica a declaração: criada em 2010 com o desafio de gerir redes de WI-FI em redes hoteleiras, a empresa passou a oferecer também a captura de Dados por opt-in, adequado à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a qualificação e o enriquecimento desses dados e, por fim, um raio-x completo do comportamento das pessoas no espaço físico dos clientes. “O WI-FI é apenas uma das fontes de dados; atualmente nós estruturamos o Data Lake com todas as entradas, integrando a outras bases públicas e privadas, e usando essa inteligência para entregar insights de valor para que o cliente possa agir de maneira cada vez mais eficiente e também capitalizar em cima das informações”, diz. Em um dos exemplos citados está o do metrô de Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde a receita do WI-FI saltou de US$ 800 para US$ 120 mil mensais, após a gestão da Zoox.

Novos hábitos e tendências
Os novos hábitos de conectividade estão relacionados à facilidade e velocidade com que o usuário consegue acessar o quê, onde e quando quer. Nesse sentido, Giuseppe Marrara diz que a tendência para os novos devices é fazer a transição do 5G para o WI-FI de maneira transparente, sempre buscando a melhor velocidade pelo menor custo. “O WI-FI ainda é a melhor opção de conectividade a baixo custo quando o usuário está parado ou em um local restrito, onde seu deslocamento é menor, como um shopping, por exemplo. Quando ele está na rua, se deslocando de carro, o 5G passa a ser uma opção mais atrativa.”, completa.

Também nessa linha está o open roaming, tecnologia em que o dispositivo pula de uma rede WI-FI para outra sem precisar logar novamente, acabando com a necessidade de senhas. “Essa é uma tendência que vai vingar, mas não podemos esquecer que precisa de todo um parque de equipamentos para que ela aconteça”, previne Jonas Trunk, da Linktel.

Tempo para novas soluções
As mudanças de hábitos que podem levar a novos modelos de negócio não são imediatas, abrindo espaço para que as oportunidades surjam e sejam testadas. Um dos fatos que apontam para isso é a discrepância entre o aumento da rede e o número de dispositivos capazes de acessá-la. De acordo com Luciano Saboia, da IDC, os equipamentos para WI-FI 6 e 6E devem superar os 80% de share de vendas em 2023. Algumas explicações para isso é o custo mais baixo para aquisição desses equipamentos em comparação com o de outras frequências e a própria dificuldade de encontrar esses aparelhos. “Nós na Cisco já não fabricamos mais os de 5 GHz, só 6 para a frente”, afirma Giuseppe Marrara.

Enquanto isso, o usuário final terá que desembolsar de R$ 8 mil a R$ 10 mil para ter um smartphone atualizado, de acordo com CEO da Linktel. Já o diretor de Políticas Públicas da Cisco observa que não são só os smartphones que acessam a rede WI-FI: “há uma gama cada vez maior de gadgets IOT que precisam de uma conexão estável e veloz para funcionar”. E é dentro da própria IOT que novas oportunidades de monetização podem emergir. “Estamos em uma realidade em que quanto mais conexão, melhor e não importa em qual aplicação ela estará rodando, os dados sempre vão estar conectados”, finaliza Rafael Albuquerque.

Sobre a Zoox Smart Data
A Zoox Smart Data é uma empresa brasileira de tecnologia e inovação focada em soluções de Data Science & Analytics. Com presença em 22 países, atende mais de 1,6 mil clientes de setores como Hotelaria, Varejo, Transporte, Seguros, Telecom, Serviços Financeiros e Saúde.

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