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Digitalks Expo 2022 comemora recorde de público no primeiro dia do evento

Grandes nomes da economia digital discutem novas tecnologias e inovações aplicadas à área de negócios e as principais tendências do mercado

Digitalks Expo 2022 comemora recorde de público no primeiro dia do evento

No primeiro dia do Digitalks Expo, evento de negócios da economia digital e tecnologia que começou na quarta-feira (24/8) e termina hoje no São Paulo Expo, cerca de 6 mil pessoas puderam acompanhar especialistas de diversos setores, que discutiram inovação, temas de Transformação Digital e tendências.

No início da manhã, Martha Gabriel, autora e pensadora digital, conduziu com Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, a palestra “Tecnologia e Futuro dos Negócios”, realizada no palco Congress.

Para Tânia, este momento de conexão gera experiência para as pessoas e empresas. “Cada um de nós é único e as experiências servem para gerar experiências individuais. As empresas devem enxergar cada pessoa como única”. A executiva reiterou, ainda, que entre usabilidade e segurança da informação, “A segurança vem em primeiro lugar, sempre.” Na Microsoft, a inteligência artificial possibilita a identificação de mais de 43 trilhões de cibercrimes de forma constante. A responsabilidade de quem trabalha com os dispositivos é cultivar cada vez mais a segurança do usuário.

A Telemedicina já existe há quinze anos no Sírio Libanês. Médicos se comunicam em diversos lugares para outras opiniões, entre outras coisas, e a pandemia apenas ajudou a expandir isso

Martha Gabriel explicou que uma empresa grande consegue se recuperar após um ataque cibernético, mas as pequenas não têm a mesma sorte. “Contamina-se a rede e, muitas vezes, a reputação e o preço para recuperá-las é muito alto. A educação cibernética e a cibersegurança devem ser levadas a sério e disseminadas para evitar esse tipo situação”. A presidente da Microsoft alertou que a cibersegurança está entre os 10 maiores riscos empresariais. Um hacker leva em média 280 dias para completar o ataque dentro de uma empresa, fazendo todo processo de forma silenciosa. Quando chega o dia “D”, muitas vezes o administrador já não tem escapatória. “Há riscos e tecnologias para eliminá-los. Precisamos criar barreiras para tornar o cibercrime caro. Hoje, essa prática ainda é barata e de fácil retorno para os criminosos”, afirmou.

Sobre a biometria de voz, que vem como uma novidade tecnológica em forma de assinatura pessoal e de segurança, Tânia afirmou que as aplicações de testes de autenticações geram 99% de sucesso, se comparadas com as senhas que são digitadas. “Gera-se uma melhor experiência para o usuário e sua segurança. A nossa voz, o tom e a entonação são únicos”, disse.

Flexibilidade no trabalho

Na sequência, Felipe Rizzo, CEO da WeWork; Tijana Jankovic, CEO do Rappi Brasil e Sandra Turchi, CEO do Digitalents, se encontraram no auditório Congress para discutir um tema atual e relevante: a flexibilidade como valor no trabalho contemporâneo. Para Rizzo, flexibilidade não é somente o modo de trabalho, mas entender que cada um tem seu jeito. “É saber aceitar os erros e contribuir no equilíbrio da vida pessoal e profissional.”

Para Tijana, flexibilização é um caminho sem volta. “Para o futuro, é importante que as empresas estejam focadas em como conectar as pessoas nesse mundo digital”.

Transformações Digitais em saúde

No Talk Show “Inovação, transformação, saúde”, que aconteceu no auditório Health Summit, Carlos Zago, CEO do MKM Biotech, conversou com Paulo Nigro, CEO do Hospital Sírio Libanês, sobre as Transformações Digitais do mundo da saúde.

Paulo explicou que o setor é pioneiro em muitas soluções tecnológicas que ganharam força com a pandemia. “A Telemedicina já existe há quinze anos no Sírio Libanês. Médicos se comunicam em diversos lugares para outras opiniões, entre outras coisas, e a pandemia apenas ajudou a expandir isso”, comentou.

Complementando o pensamento, Zago lembrou que quando estudava para ser médico, passou para a área da inovação porque achava que a mentalidade do “tudo já funciona assim, para que mudar?” precisava ser questionada. “Agora precisamos inovar para ter a mudança dessa mentalidade”, disse.

Além disso, Nigro falou sobre a digitalização do setor que está sendo transformada nos últimos anos. “Não estou falando de um banco digital, estamos caminhando na direção da digitalização que utiliza a inteligência artificial e bancos de dados. No Hospital Sírio Libanês, o objetivo é uma expansão física combinada com uma expansão digital com a padronização dos dados”, explicou.

O fim da era cookieless

Dados também foi um dos assuntos discutidos durante o primeiro dia. Amanda Gasperini, head de Analytics, Growth & Martech da Gauge, empresa do Grupo Stefanini, comentou na palestra “Como as mudanças no digital com o cookieless irão impactar no seu negócio?” que a nova era cookieless não é só sobre dados, é também sobre negócios. “Com essa mudança teremos impactos como maior investimento em dados primários (First Party Data) e queda na rentabilidade de mídia. Hoje, a maioria das empresas não coletam dados primários e as que coletam não usam no seu marketing. Assim, é preciso começar a pensar nas estratégias agora para estar preparado para quando a mudança chegar em 2024″, alertou.

A cultura orientada a dados também foi abordada pelo presidente da WMcCann, André França, em um bate-papo conduzido pelo jornalista Amon Borges, da Folha de S.Paulo, sobre “Cultura, gestão e tendências na publicidade”. De acordo com França, os dados são as grandes pepitas a serem exploradas pelas agências de comunicação e marketing. “O resultado nem sempre é rápido e fácil de mensurar, mas temos tecnologia, informação e tudo mais para analisá-los e extrair o máximo de informação.”

Nossa próxima moradia

No palco Congress, Eduardo Guizar, ex-colaborador da NASA na área de robótica e presidente da Cluster Aeroespacial de Sinaloa, abordou o tema “Marte: nossa próxima moradia”. Em sua palestra, ele falou sobre pontos-chave do planeta vermelho, suas razões científicas e preparações para futuros estudos.

Eduardo enfatizou a importância do acompanhamento das mudanças climáticas de Marte, análises da água, gelo, solo, minerais, temperatura, impactos do sol e dos micro-organismos para a formação da Terra. “A rotação de Marte ao redor do Sol é muito parecida com a Terra e este planeta já sofreu com mudanças do clima. Cada dia em Marte contém 40 minutos adicionais ao horário da Terra. Povoar um planeta com horário marcial será uma experiência única aos seres humanos”, destacou.

O mexicano também completou: “Nós, latinos, podemos colaborar com o mundo e realizar coisas importantes no setor aeroespacial. Temos e devemos mostrar isso ao mundo. Além disso, os robôs são muito utilizados nas experiências espaciais. Um dos objetivos principais de um robô em Marte é analisar o oxigênio para que o planeta possa se tornar habitável.”

O executivo alertou, no entanto, que alguns robôs estão encontrando restos de espaçonaves no planeta, o que pode afetar a vida e o desenvolvimento orgânico do solo em Marte. Eduardo também falou sobre a possibilidade de acampamentos para pesquisas do planeta, que podem possibilitar a estudantes, geólogos, profissionais do setor aeroespacial e muitas outras pessoas a viverem experiências, tais como: desbravar uma nova terra, ter uma nova convivência com pessoas diferentes do seu dia a dia e descobertas coletivas, profissionais, pessoais e científicas. “As pesquisas apontam que os seres humanos já poderão habitar Marte em menos de uma década”, finalizou.

Hoje, no último dia do evento, serão abordados temas, como: o foco dos CEOs para os próximos anos; tendências em Marketing com CMOs do Brasil; redes sociais e direitos das marcas; investidores e fintechs: riscos e oportunidades nos dois lados do balcão; jornadas omnichannel e como se destacar no encontro do físico com o online. Também serão divulgados os vencedores do World Summit Award.

Serviço
www.digitalks.com.br

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