book_icon

ESG: empresas planejam transferir 100% de seu frete marítimo para navios movidos a carbono zero

O ano de 2022 se inicia com a necessidade de avanço nas políticas de governança sustentável e pressão para a descarbonização do setor de transporte marítimo

ESG: empresas planejam transferir 100% de seu frete marítimo para navios movidos a carbono zero

Após a COP 26 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021) e a reunião do Comitê da IMO MEPC 77 (Marine Environment Protection Committee) no final de 2021, o ano inicia com a necessidade de avanço nas políticas de governança sustentável e pressão para a descarbonização do setor de transporte marítimo.

Enquanto países desenvolvidos endossam metas em ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa), principalmente em shipping, nações como Brasil, China, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul e Emirados Árabes estão reticentes em adotar metas mais ousadas sem que sejam aprovadas juntamente com as mesmas claras políticas de transferência de tecnologia e suporte financeiro. A Organização Marítima Internacional (IMO, da sigla em inglês) prevê que metade das emissões de CO² do setor sejam cortadas até 2050.

Nove grandes marcas, incluindo Amazon, Ikea, Michelin, Unilever e Patagonia anunciaram que até 2040, planejam transferir 100% de seu frete marítimo para navios movidos a carbono zero  

No entanto, nove grandes marcas, incluindo Amazon, Ikea, Michelin, Unilever e Patagonia anunciaram que até 2040, planejam transferir 100% de seu frete marítimo para navios movidos a carbono zero. Segundo a especialista em direito marítimo, Fabiana Martins, “quando falamos sobre os desenvolvimentos em inovação – acredito que a indústria da navegação nos brinde com algumas dessas inovações com o corredor verde (green corredor) na rota de ferro entre Austrália e Japão, por exemplo”.

Segundo Martins, além da descarbonização, ainda permanece na agenda o lixo plástico; o manuseio de água de lastro; e o controle de organismos invasores. “Também no campo social, os impactos da Covid-19 permanecem na agenda em 2022, tanto pelas restrições de mobilidade impostas pela pandemia, quanto pela escassez de mão de obra qualificada, que cada vez é mais necessária diante do avanço tecnológico e digitalização que ocorreram de forma mais rápida do que o previsto durante a pandemia”, afirma.

Já no quesito governança, a visão da especialista é de que empresas sem itens de controle transparentes e submetidas a princípios internacionais de ESG vão ter cada vez mais dificuldade de acesso a financiamentos e créditos internacionais. “Por mais que existam países resistentes a soluções sustentáveis, a sociedade está pressionando para que as metas sejam cumpridas e, por isso, vai ser natural a exclusão ou isolamento de quem seguir os padrões não sustentáveis”, explica Fabiana.

Últimas Notícias
Você também pode gostar
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.