Um relatório elaborado pela KPMG apontou que 90% dos entrevistados afirmaram que os esforços dedicados à redução do impacto ambiental, à melhoria social das comunidades do entorno e à gestão transparente ainda não são reconhecidos pelo mercado. Essa é uma das principais conclusões do relatório “Nos trilhos da jornada digital” que tem como objetivo mostrar de forma inédita como essa a indústria está lidando, na era pós-pandemia, com temas como a digitalização, uso de novas tecnologias e de dados.
“O estudo indicou que as organizações têm dificuldade para estabelecer uma comunicação clara sobre essas ações como parte de estratégias de negócios. Isso pode ser considerado um desafio para a indústria a curto prazo”, afirma o sócio-líder do setor de energia e recursos naturais da KPMG, Anderson Dutra.
A pesquisa mostrou também que 10% das empresas de utilidades públicas consideram que os processos estão aptos ao atendimento das questões regulatórias e à identificação dos riscos decorrentes da abertura do mercado livre de energia. Esse mesmo percentual também acredita que as empresas conseguem reconhecer todas as oportunidades geradas a partir da transição energética, mesmo já tendo ampliado unidades de negócio.
Sobre a pesquisa
O relatório contou com a participação de executivos de mais de 50 companhias dos segmentos de petróleo e gás, metais e mineração e utilidades públicas. Do total dos executivos entrevistados, 59,6% deles estão situados no Rio de Janeiro, 28,8% em São Paulo, 5,7% no Rio Grande do Norte, 3,8% no Rio Grande do Sul e 1,9% no Maranhão. Quantos aos cargos, mais de 65% ocupam alguma posição gerencial (32,6% têm cargo de gerente, gerente sênior ou gerente executivo) ou na diretoria (30,7% são diretores).
Com relação aos segmentos de atuação, exploração e produção em óleo e gás (28,8%), distribuição em óleo e gás (15,3%), serviços no campo de petróleo (15,3%), geração de energia e utilidades públicas (9,6%), comercialização na área de energia e utilidades públicas (9,6%), utilidades públicas (7,6%), transmissão de energia e utilidades públicas (5,7%), refino de óleo e gás (3,8%), mineração (1,9%), siderurgia e metalurgia (1,9%).
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