Seja por razões ligadas à sustentabilidade ou mesmo para fugir dos aumentos da conta de energia elétrica, o fato é que cada vez mais pessoas estão utilizando a energia solar. Esse movimento também está sendo impulsionado pelos melhores preços das placas fotovoltaicas encontrados no mercado. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a instalação de sistemas de produção de energia solar nos telhados brasileiros triplicou em 2019 em relação ao ano anterior, chegando a 95,3 mil implementações.
Uma das principais razões desse crescimento é o financeiro. O potencial de economia de energia elétrica em uma residência pode chegar até 30% mensais sem placas solares, ou seja, dependendo do perfil dos moradores e das atitudes que estes têm para gastar menos eletricidade. Já com a tecnologia, a economia pode variar em média, de 50% a 70%. Outro benefício está relacionado à sustentabilidade. A radiação solar é um fenômeno natural não poluente e inesgotável.
Mas as características que fizeram a procura por este tipo de tecnologia aumentar também leva à necessidade de conhecimento sobre os cuidados para instalação e manutenção das placas. Confira dicas do engenheiro eletricista, Sergio Levin, que faz parte do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, para um processo seguro:
Instalação
De acordo com o especialista, como o sistema fotovoltaico depende do sol, o Brasil é um país propício para esta tecnologia por conta da geografia, contudo, é preciso que as placas sejam colocadas no ângulo correto para aproveitarem ao máximo a luz natural. Além disso, a instalação errada da tecnologia pode causar diversos problemas, como o desabamento de telhados que não aguentam o peso das placas fotovoltaicas. Sendo assim, é recomendável a contratação de um engenheiro civil.
“O profissional deve considerar fatores como, por exemplo, o peso das placas que serão colocadas no telhado e se o tamanho do espaço é realmente adequado. Além disso, é preciso que ele analise o perfil dos moradores, ou seja, quantos eletrodomésticos possuem e a frequência que eles são utilizados, para, assim, calcular a quantidade de placas fotovoltaicas necessárias e, também, uma estimativa de retorno”, afirma Levin.
Depois do projeto feito, é necessária homologação de uma concessionária. Ainda de acordo com o engenheiro do Ibape/SP, esse processo é importante porque, apesar de muitas pessoas não saberem, se as placas fotovoltaicas forem mal instaladas, resultam em riscos para a segurança das pessoas e dos imóveis.
Manutenção
As placas fotovoltaicas duram, em média, 25 anos. Se a instalação for em um imóvel que tem um consumo médio mensal de 180 kWh, será necessária a instalação de cerca de cinco placas, o que já garante uma média de 55% a 60% de economia por mês. Além disso, o especialista indica que o retorno do dinheiro investido na tecnologia pode vir em poucos anos. Mas, para isso, é preciso que a manutenção dos equipamentos seja feita corretamente, o que garante que as placas continuem gerando bons resultados.
“As placas fotovoltaicas precisam ser limpas, em média, duas vezes por ano, retirando principalmente pó, galhos e folhas que podem se prender a elas. É importante que moradores fiquem de olho em caso de obras perto de casa devido à sujeira, assim como em chuvas fortes de granizo e outros impactos externos que podem danificar a tecnologia. A limpeza pode ser feita pelos próprios moradores ou por alguma empresa especializada, porém no caso de impacto externo, é essencial chamar um profissional habilitado para avaliar a situação das placas”, destaca Sergio.
A parte elétrica é fundamental na manutenção. É necessário acompanhar o desempenho do sistema e chamar a empresa responsável pela instalação para fazer uma verificação duas vezes por ano, no mínimo. De acordo com a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o segmento deve gerar 120 mil novos empregos este ano, o que mostra como o mercado brasileiro vai abraçar cada vez mais essa tecnologia.
O INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO – (IBAPE/SP) – Filiado ao IBAPE – Entidade Federativa Nacional – órgão de classe formado por Engenheiros, Arquitetos e Empresas habilitadas que atuam na área das AVALIAÇÕES, PERÍCIAS DE ENGENHARIA, INSPEÇÕES PREDIAIS E PERÍCIAS AMBIENTAIS no Estado de São Paulo, fundado em 15 de janeiro de 1979. Trata-se de entidade sem fins lucrativos com o objetivo congregar tais profissionais para intercâmbio e difusão de informações e avanços técnicos. Defende, ainda, interesses profissionais e morais dos seus associados e visa o aprimoramento profissional nas áreas afetas, realizando cursos, seminários, workshops, palestras, reuniões técnicas, livros, artigos e normas.
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