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Cientista de dados: a profissão com as melhores oportunidades de carreira

Segundo Renato Souza, professor da FGV, cresce demanda de contratação por parte de empresas para análise de dados para tomada de decisão
Cientista de dados: a profissão com as melhores oportunidades de carreira

A carreira de cientista de dados foi listada pelo Fórum Econômico Mundial como uma das mais relevantes para o mercado até 2020. Para o professor da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getulio Vargas (FGV EMAp), Renato Souza, as possibilidades de atuação estão nos mais diversos setores, como finanças, educação, saúde, agricultura, geologia e indústria.

O cientista de dados tem de saber programação, ser capaz de criar modelos estatísticos, ter conhecimento e domínio apropriado de negócios. Precisa também compreender as diferentes plataformas de Big Data e como elas funcionam

“Qualquer empresa que gere dados pode contratar um profissional para analisá-los e tomar decisões com base em informação, não na intuição. Vamos ver as aplicações disso no dia a dia de governos, sociedade, hospitais e indústrias. O Brasil está entre os grandes produtores e consumidores de informação e, de maneira geral, tem iniciativas nessa área pipocando no mundo todo”, afirma Renato Souza.

O professor da FGV EMAp diz que os avanços tecnológicos fazem com que as possibilidades para a carreira aumentem constantemente. Segundo ele, os atuais equipamentos largamente utilizados possibilitam a coleta, acúmulo e análise de dados em dimensões que não existiam há uma década.

“O cientista de dados tem de saber programação, ser capaz de criar modelos estatísticos, ter conhecimento e domínio apropriado de negócios. Precisa também compreender as diferentes plataformas de Big Data e como elas funcionam. Se uma determinada empresa está na fase de estabilização de dados, esse profissional vai precisar se preocupar mais com a infra de dados, databases, códigos e processamento de dados que, de alguma forma, suportem as análises que virão pela frente. Se ele está em uma fase de entregar informação para executivos, vai precisar se preocupar com a tradução dos dados para tomada de decisão”, explica.

Souza afirma ainda que, geralmente, o cientista de dados é formado em estatística, matemática ou ciências da computação e possui capacidade analítica para identificar informações de valor e fazer previsões de situações com base nas ferramentas de Big Data.

“Ele pode transformar tabelas de números em palavras e ser bom em comunicação para traduzir dados na linguagem dos negócios”, explica o professor, destacando a importância da base matemática para quem tem interesse em ingressar nessa profissão em ascensão. “Mas nada impede que profissionais, por exemplo, da área Humanas se transforme em um cientista de dados”, avalia o professor.

Atenta à demanda crescente, o curso de mestrado em Modelagem Matemática da FGV está capacitando seus primeiros especialistas na área, composta pela confluência de três competências: matemática, computação e habilidade de análise para mesclar as duas coisas. O curso integra à Matemática Aplicada o corpo de conhecimentos das Ciências da Computação e da Informação, com contextos de aplicações das ciências sociais, econômicas, biológicas e da saúde.

“O curso possibilita ao mestrando desenvolver a capacidade de analisar cenários e dar suporte à tomada de decisões em situações de uso intensivo de dados e informações, além de ter o objetivo de formar excelentes pesquisadores na área”, ressalta Renato Souza.

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