Gartner anuncia ranking das melhores da cadeia de suprimentos global

O Gartner anunciou os resultados de sua 20ª edição anual Global Supply Chain Top 25, que reconhece as principais organizações da cadeia de suprimentos e identifica as tendências subjacentes que impulsionaram seu desempenho. “As organizações da cadeia de suprimentos no Top 25 deste ano foram notáveis por proteger melhor as taxas de crescimento em um ambiente operacional desafiador, ao mesmo tempo em que entregam operações mais sustentáveis”, disse Simon Bailey, analista vice-presidente da prática de Supply Chain do Gartner. “As melhores cadeias de suprimentos agora têm critérios ESG firmemente incorporados em suas operações, ao mesmo tempo em que oferecem taxas de crescimento acima da média, melhores retornos sobre ativos físicos (ROPA) e margens mais fortes”, completou.

A Schneider Electric manteve a primeira posição da lista este ano, seguida em segundo lugar pela Cisco Systems. Colgate-Palmolive, Microsoft e Johnson Johnson completaram as cinco primeiras posições. Uma novidade na lista deste ano foi a Nvidia, que subiu para o Top 25 graças ao forte desempenho financeiro para chegar à sétima posição.

“A Schneider Electric novamente teve um forte desempenho em todos os componentes da metodologia, incluindo garantir o maior número de votos de especialistas do Gartner”, disse Bailey. “A empresa está colhendo os benefícios de uma iniciativa de transformação de três anos que fortaleceu os relacionamentos com clientes e fornecedores, ao mesmo tempo em que melhorou a resiliência de suas operações.”

O Gartner continua a reconhecer a excelência sustentada da cadeia de suprimentos por meio da categoria “Masters”, introduzida em 2015. Para serem consideradas Masters, as empresas devem ter alcançado as cinco melhores pontuações compostas por pelo menos sete dos últimos 10 anos. Amazon, Apple, P&G e Unilever mantiveram seu status de categoria Masters este ano.

Em 2024, as empresas Top 25 e Masters abraçaram três tendências:

Atraindo e engajando talentos

Os Chief Supply Chain Officers (CSCOs) sabem que redefinir as habilidades, papéis, relacionamentos e estruturas dentro de sua organização é fundamental para impulsionar o alto desempenho e o engajamento. No entanto, o engajamento dos funcionários da cadeia de suprimentos e a probabilidade de recomendar sua organização como um ótimo lugar para trabalhar continuam a ter um desempenho inferior a outras partes do negócio.

Em contraste, os 25 principais líderes estão financiando de forma mais consistente estratégias centradas nas pessoas para gerar maior engajamento de sua força de trabalho. Eles estão usando IA para redesenhar e automatizar processos para reduzir o atrito de trabalho e investindo em gestão do conhecimento, bem como sistemas de aprendizagem e desenvolvimento.

“Os esforços para melhorar as estratégias de pessoas só serão eficazes se as empresas estiverem atendendo às necessidades básicas dos funcionários, como respeito, reconhecimento, autonomia e flexibilidade”, disse Bailey. “Os 25 principais líderes estão acelerando a transformação cultural e a inovação por meio da redefinição da experiência do funcionário, utilizando o trabalho conectado ao trabalhador e ao ser humano com foco contínuo em iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI)”, observou.

Avanços impulsionados por IA

As organizações da cadeia de suprimentos estão avaliando ativamente o potencial da IA generativa (GenAI), especialmente no atendimento ao cliente, planejamento e fabricação, mas muitas estão lutando para encontrar casos de uso claros. As cadeias de suprimentos mais avançadas foram construídas sobre bases sólidas em dados e recursos digitais. Eles avaliam as técnicas tradicionais (não generativas) de IA e o GenAI para construir casos de uso práticos que mais se beneficiam dos avanços impulsionados pela IA.

O sucesso das estratégias de IA da cadeia de suprimentos dependerá muito do sucesso de atrair e engajar talentos. A IA terá um impacto dramático no talento, e os CSCOs devem preparar sua força de trabalho considerando a demanda futura por habilidades e pessoas com base em como a empresa aplicará a tecnologia. A IA também pode ser um facilitador de cadeias de suprimentos antifrágeis, que podem se beneficiar da incerteza contínua.

Cadeias de suprimentos antifrágeis

Em todos os setores, as principais organizações da cadeia de suprimentos têm enfrentado um ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo (VUCA). Isso exige que os CSCOs e suas equipes abracem a incerteza, aprendam com ela e evoluam em direção a uma cadeia de suprimentos antifrágil. Mover uma cadeia de suprimentos para o estado antifrágil requer várias mudanças que influenciam como os processos de tomada de decisão, tecnologia, design de rede e muitos outros elementos da estratégia são concebidos e usados.

O estado antifrágil ajuda uma complexa cadeia de suprimentos global a entender como pode alcançar e alcançar melhor seus objetivos empresariais, apesar da disrupção e da incerteza. A antifragilidade ilumina as principais ligações entre riscos, interrupções e desempenho. Isso permite decisões mais informadas sobre o uso de recursos e investimentos.