O uso de câmeras em viaturas policiais é uma tendência em todo o mundo e, apesar de fazer parte da rotina dos agentes em vários países há anos, somente agora a tecnologia passou a ser considerada pelas forças de segurança do Brasil. “Assim como as câmeras corporais, o videomonitoramento em viaturas permite o acompanhamento tático a distância e traz mais segurança à ação policial, por isso tem sido amplamente adotado em todo o mundo”, destaca Leandro Kuhn, CEO da L8 Group, empresa especializada em tecnologia para Segurança Pública e Cidades Inteligentes, e que acaba de lançar no mercado uma solução diferenciada de tecnologia embarcada.
O sistema desenvolvido pela L8 possui tecnologia brasileira e é composto por uma central móvel de gravação de vídeos (Mobile Digital Video Recorder – MDVR), com conexão 4G redundante (permite a conectividade a duas Operadoras de Celular para uma maior cobertura), para garantir que não haverá perda de sinal durante as operações policiais. Além disso, o MDVR tem uma conexão via Wi-Fi diretamente para as câmeras corporais usadas nas fardas dos policiais, ou para celulares e tablets dos ocupantes da viatura.
A tecnologia também faz o reconhecimento facial e possui leitura de placas (inclusive do modelo Mercosul) mesmo em ambientes com pouca iluminação e a uma velocidade de até 150 Km/h. A solução conta com OCR (Optical Character Recognition). “Uma das principais preocupações da nossa equipe foi garantir a autonomia do sistema, sem impactar a bateria da viatura, que é um problema recorrente em vários projetos de tecnologia embarcada. Por isso investimos muito em pesquisa e desenvolvimento para criarmos um nobreak inteligente que não afeta a parte elétrica do veículo, e filtros para evitar interferências nos demais sistemas da viatura”, afirma Leandro Kuhn.
Além da câmera embarcada e a conectividade para gravação e transmissão das imagens para a Central de Controle de Operações (que pode ser feita em tempo real), o sistema conta com uma cadeia de custódia digital criada especificamente para este fim, e que permite a proteção e validação jurídica das imagens, desde a sua captação até a chegada dos vídeos nos Data Centers Tier 3 da empresa. “Desenvolvemos um sistema próprio para o armazenamento e custódia das imagens capturadas em operações das forças de segurança, com criptografia contra edições e controle total sobre quem tem acesso às imagens”, explica Kuhn ao relembrar que há quase dois anos a empresa é a responsável pelo projeto de câmeras corporais nas forças de segurança do Rio de Janeiro, considerado o maior do gênero na América Latina, com mais de 21 mil equipamentos.
Foto: Divulgação
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