A Schneider Electric, que atua na Transformação Digital de gerenciamento de energia e automação industrial, estabeleceu um acordo de colaboração com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) para identificar e implementar ações conjuntas de acesso à energia renovável para comunidades indígenas e ribeirinhas e de redução de emissões de carbono na região da Amazônia Legal.
O objetivo é encontrar parcerias para instalar sistemas de microgrids, ou microrredes em português, com fontes de energia solar, para fornecer eletricidade limpa e segura às populações em áreas remotas na Amazônia.
O presidente da Schneider Electric para a América do Sul, Rafael Segrera, destaca que essa iniciativa é a extensão de um modelo-piloto instalado na comunidade do Tumbira, Amazonas, em 2012. “Cada comunidade, que antes dependia de geradores a diesel poluentes, barulhentos, caros e ligados por 3 a 4 horas ao dia, recebeu um microgrid e passou a ter energia limpa, segura e ininterrupta”, afirma.
Na época, a Schneider Electric Brasil doou todos os equipamentos e co-financiou uma capacitação técnica ministrada pelo SENAI para os moradores, para que eles participassem da instalação do sistema e da rede de distribuição elétrica, aprendendo sobre o funcionamento. Em outubro de 2021, o sistema foi renovado e atualizado.
A estratégia de expansão promovida pela Schneider e FAS está diretamente relacionada com a estratégia global de sustentabilidade da Schneider Electric e de sua Fundação, que em 2021, estabeleceu seis compromissos de longo prazo, entre eles, projetos com forte impacto local. A companhia estima impactar 1,3 milhão de pessoas na América do Sul, sendo aproximadamente 60 mil no Brasil até 2025.
“Como nossa missão é fomentar o desenvolvimento sustentável da Amazônia, essa colaboração com a Schneider Electric tem total sinergia com a nossa atuação na região”, explica Virgílio Viana da FAS. “No prazo de dois anos, queremos acelerar a instalação de mais microrredes e melhorar a qualidade de vida das comunidades.”
Como funciona a tecnologia de microgrid
A solução de microrredes existe exatamente para criar pequenos sistemas de geração de energia em regiões remotas, em que as estruturas de redes elétricas não conseguem chegar por diversos fatores. Essa tecnologia pode ou não estar conectada às concessionárias e tem três vantagens: o aumento da sustentabilidade, da segurança energética e da economia do recurso.
Um relatório de 2022, feito pelo Banco Mundial, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Divisão de Estatística das Nações Unidas (UNSD), em conjunto com a Agência Internacional de Energia (IEA) e a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), mostrou que atualmente 733 milhões de pessoas ainda não têm acesso à eletricidade. No ritmo atual de eletrificação, cerca de 8% da população mundial permanecerá sem acesso em 2030, cerca de 670 milhões.
“Precisamos tornar a matriz energética da região mais limpa, com fontes renováveis, para reduzir a emissão de carbono e combater as mudanças climáticas, mas sem deixarmos ninguém de fora dessa transformação”, complementa. “Na Schneider Electric, sustentabilidade também está relacionada com inclusão social, e o acesso à energia entra nessa conta também”, conclui Rafael Segrera.
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