Um novo estudo do IBM Institute for Business Value (IBV), chamado “O Enigma dos Dados de ESG”, feito globalmente com executivos e consumidores, incluindo o Brasil, revelou que, embora a sustentabilidade ambiental continue sendo uma prioridade para os consumidores e executivos de negócios, os dados inadequados são um desafio-chave para ambos os grupos quando se trata de atingir metas pessoais e de negócios relacionadas com ESG (sustentabilidade ambiental, social e governança).
O estudo revelou que os executivos pesquisados apontam que os padrões inconsistentes (47%) são o maior obstáculo para seu progresso em ESG, seguido por dados inadequados (45%), habilidades inadequadas (39%) e barreiras regulatórias (33%). Sem a capacidade de acessar, analisar e entender os dados ESG, as empresas lutam para fornecer mais transparência ao consumidor e atender suas expectativas.
Cerca de 66% dos executivos pesquisados no Brasil acreditam que os stakeholders entendem os objetivos e o desempenho de suas organizações; no entanto, apenas cerca de 5 em 10 consumidores pesquisados sentem que têm dados suficientes para fazer compras ambientalmente sustentáveis (53%) ou tomar decisões relacionadas à empregabilidade (44%).
“A cada dia, mais consumidores estão escolhendo opções mais sustentáveis na hora de comprar,” disse Marco Kalil, líder de IBM Consulting no Brasil. “Agora é o momento de agir. Em uma era de dúvida, a transparência é essencial para que as empresas quebrem as barreiras dos dados de ESG. Independentemente de quais objetivos, marcos ou métricas uma empresa reporta, ESG oferece provas e insights para abrir as portas e amplificar o valor do negócio”.
Outras conclusões do estudo incluem:
Empresas estão investindo em ESG e veem isso como algo bom para os negócios no Brasil
• 78% dos executivos pesquisados dizem que ESG é fundamental para sua estratégia de negócios.
• Quase 8 em 10 executivos pesquisados (77%) veem ESG como um facilitador de receita em vez de um gerador de custos, sugerindo que, ao contrário da opinião popular, ESG e lucratividade não estão em desacordo.
• 71% dos executivos pesquisados estão de acordo ou concordam fortemente que sua organização está focada em alcançar resultados de ESG, não apenas informar ou que é requerido.
Comprometimento do consumidor com a sustentabilidade se intensificou no Brasil, mas os consumidores não sentem que têm informações suficientes para fazer escolhas
• Quase 9 em cada 10 dos consumidores pesquisados dizem que a sustentabilidade ambiental (87%) e a responsabilidade social (83%) são muito ou extremamente importantes para eles.
• Mais da metade dos pesquisados (52%) dizem que o aumento no custo de vida tornou mais difíceis as decisões ambientalmente sustentáveis nos últimos 12 meses.
• Apenas 4 em 10 consumidores pesquisados dizem que têm informações suficientes para fazer investimentos sustentáveis e tomar decisões de economia de gastos (39%).
Os executivos admitem que suas empresas não fizeram progresso significativo em direção às metas ESG, indicando que os desafios de dados impactam sua capacidade de medir o progresso e atender às demandas do consumidor no Brasil.
• 93% dos executivos pesquisados dizem que suas organizações desenvolveram propostas de ESG; no entanto, apenas 7% dizem que suas organizações atingiram um progresso significativo.
• Mais da metade executivos pesquisados (65%) dizem que suas organizações lutam para gerenciar uma grande quantidade de dados manuais, enquanto 57% dizem que têm dificuldade em consolidar ou manipular dados.
O estudo destaca os líderes em ESG, um grupo de respondentes com maior maturidade em operacionalizar ESG e que estão obtendo maior receita, melhor rentabilidade e maior engajamento dos clientes ao se aproximar de ESG com transparência para criar oportunidades estratégicas de negócios. Esses modelos a seguir fornecem um roteiro para as organizações que buscam superar desafios relacionados a dados e criar mudanças sustentáveis que incluam automatização dos processos de ESG e capacidades de criação de relatórios para manter os dados atualizados; aproveitar a IA para obter insights aprimorados de desempenho, análise prospecção e desenvolvimento de cenários; alinhamento com parceiros de ecossistema em definições e padrões métricos ESG; e estabelecer proativamente princípios de governança de dados ESG com os stakeholders.
“Os dados são a alma de ESG. Ao operacionalizar os planos, as empresas poderão transformar seus dados em insights preditivos para ajudar a avaliar seu progresso aos benchmarks e tomar decisões de negócios informadas para melhorar seu impacto em ESG diariamente”, afirma Kalil. “Líderes que elevam o papel de ESG poderão impulsionar o engajamento, inspirar a inovação, melhorar as operações e alinhar os parceiros de ecossistema em torno de objetivos estratégicos compartilhados”.
O IBM Institute for Business Value (IBV) pesquisou 2,5 mil executivos de 22 indústrias e 34 países, mergulhando na estratégia, foco e operacionalização de ESG de suas organizações; os benefícios que esperam das iniciativas ESG; e como pesam ESG contra outros objetivos do negócio. O IBV também entrevistou mais de 20 mil consumidores em 34 países sobre suas atitudes em direção à sustentabilidade e responsabilidade social, e como essas crenças influenciam as compras, o investimento e as decisões de carreira.
SErviço
www.ibm.com
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