Compromissos com a descarbonização podem ser mais viáveis nos próximos anos, de acordo com o relatório ESG sob Tensão, do Thomson Reuters Institute. O relatório antecipou a importância, desde ano passado, da assinatura da Lei de Redução da Inflação (IRA), nos Estados Unidos, pelo presidente Joe Biden.
Segundo análise do Thomson Reuters Institute, a descarbonização até a década de 2030 poderá ser mais plausível, com incentivos da nova lei, empresas e estados americanos poderão reduzir o “prêmio verde” sobre combustíveis limpos, hidrogênio limpo, captura de carbono, captura direta de ar e outras tecnologias; tornando suas metas ESG mais viáveis.
O relatório ESG sob Tensão aponta que, ainda para o final de 2023, são esperadas orientações para outros reguladores financeiros norte-americanos, como o Escritório Controlador da Moeda e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities que atuam com iniciativas próprias até o momento. Ele destaca que a IRA foi central e de alta relevância para que Congresso e governo americanos possam enfrentar os desafios das mudanças climáticas em seus vários estados. Porém, a meta de reduzir emissões entre 50% a 52% ainda exigirá um esforço maior por parte do governo norte-americano, segundo a análise.
Mesmo com investimentos como a quantia de US$370 bilhões voltados à mudança climática que poderá reduzir, em 2030, as emissões líquidas de gases de efeito estufa dos Estados Unidos para 32% a 42%, abaixo dos níveis de 2005, segundo levantamento ainda os desafios são muitos. “O ESG não representa apenas um risco regulatório e reputacional para as empresas, hoje não podemos ignorar que ele pode afetar tudo, desde o modelo de negócios, a estratégia, a atração e retenção de talentos, até o acesso ao investimento e impacto nas demonstrações financeiras. Portanto, alinhar as operações aos critérios de ESG é essencial para garantir o futuro dos negócios”, diz Adrián Fognini, diretor – gerente da Thomson Reuters para a América Latina.
O documento aponta compromissos de sustentabilidade de diversos países. Pelo lado brasileiro, o relatório traz ainda como o Banco Central do Brasil poderá influenciar nas políticas e iniciativas relacionadas às mudanças climáticas. A entidade introduziu regras que exigem que as instituições financeiras devem produzir um relatório anual sobre riscos e oportunidades sociais, ambientais e relacionados ao clima, a partir de uma data de referência de dezembro de 2023. As regras são derivadas das recomendações da Força-Tarefa Internacional sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima, mas não se limitam a uma perspectiva climática. No Brasil, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) também está sendo analisado um projeto voltado para seguradoras que estabelece os requisitos de sustentabilidade a serem observados.
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