Dados estruturados geram maiores gastos em computação e armazenamento

Bancos de dados/gerenciamento de dados estruturados continuaram impulsionando a maior parcela dos gastos com infraestrutura corporativa de TI no segundo semestre de 2022 (2S22), de acordo com o estudo da IDC Worldwide Semiannual Enterprise Infrastructure Tracker: Workloads. As organizações gastaram US$ 7,6 bilhões em infraestrutura de hardware de computação e armazenamento para dar suporte a essa carga de trabalho no 2S22, o que representa 9,1% do total do mercado.

O crescimento ano a ano (YoY) foi relativamente baixo em comparação com outras cargas de trabalho, com um aumento de 6,5% no valor em comparação com o 2S21. O banco de dados não estruturado e o gerenciamento de RH/capital humano (HCM) tiveram o maior crescimento anual na demanda de infraestrutura de hardware, com gastos crescendo em 36,7% e 35,4%, respectivamente, em relação ao 2S21.

No entanto, essas também são a segunda e a quarta menores cargas de trabalho em relação ao consumo de infraestrutura de computação e armazenamento, respectivamente, com banco de dados não estruturado respondendo por US$ 2,4 bilhões em gastos, enquanto RH/gerenciamento de capital humano (HCM) respondendo por US$ 2,7 bilhões em gastos.

A IDC estima os gastos com sistemas de computação e armazenamento em 19 cargas de trabalho mutuamente exclusivas, definidas como aplicativos e seus conjuntos de dados. A maioria das cargas de trabalho é mapeada para mercados de software secundários ou funcionais, enquanto várias, incluindo entrega de conteúdo e serviços digitais, não têm equivalente na estrutura do mercado de software. As cargas de trabalho são consolidadas em sete categorias de carga de trabalho, que incluem: desenvolvimento e teste de aplicativos, aplicativos de negócios, gerenciamento de dados, serviços digitais, aplicativos de e-mail/colaborativos e de conteúdo, infraestrutura e aplicativos técnicos.

Em 2022, a categoria de carga de trabalho de gerenciamento de dados, que inclui cinco cargas de trabalho – AI Lifecycle, Business Intelligence and Analytics, Structured Database/Data Management, Text and Media Analytics e Unstructured Database – foi a maior categoria de carga de trabalho com US$ 41,4 bilhões em gastos com computação e produtos de infraestrutura de armazenamento. Ele permanecerá o maior durante todo o período de previsão, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de cinco anos de 8,3% e atingindo US$ 61,7 bilhões em gastos com infraestrutura em 2027. A maior parte do crescimento nessa categoria virá das cargas de trabalho de crescimento mais rápido relacionadas a dados não estruturados e inteligência artificial, os quais crescerão em um CAGR de dois dígitos.

O gerenciamento de dados também será a maior categoria de gastos com infraestrutura em ambientes de Nuvem compartilhada e dedicada com CAGR de 14,1% e gastos de US$ 26,6 bilhões em 2027 em compartilhados e CAGR de 4,9% e US$ 35,2 bilhões em 2027 em ambientes dedicados (isso inclui Nuvem dedicada e não-implementações de infraestrutura em Nuvem). Os aplicativos técnicos serão a categoria de carga de trabalho de crescimento mais rápido para consumo de infraestrutura de computação e armazenamento em ambientes compartilhados com CAGR de 15,7% e em ambientes dedicados com CAGR de 5,8%. Os gastos cumulativos em infraestrutura para a categoria de carga de trabalho técnica chegarão a US$ 12,0 bilhões em 2027.

À medida que as cargas de trabalho corporativas continuam migrando para a Nuvem pública, os investimentos em infraestrutura compartilhada (uma base de hardware para fornecer serviços de Nuvem pública) aumentarão mais rapidamente do que os investimentos em infraestrutura dedicada em todas as cargas de trabalho. Da mesma forma, o crescimento dos investimentos em sistemas de computação e armazenamento para cargas de trabalho nativas da Nuvem será duas vezes maior do que o crescimento dos gastos com infraestrutura que suporta cargas de trabalho tradicionais (11,6% vs 5% CAGR), embora as cargas de trabalho tradicionais continuem respondendo pela maior parte dos gastos durante o período de previsão (71,4% em 2027).