Gastos globais com segurança cibernética somaram US$ 71 bi em 2022, diz Canalys

Os gastos totais com tecnologias de segurança cibernética permaneceram robustos no quarto trimestre de 2022, com fortes vendas lideradas por canais, compensando o declínio nas vendas diretas. O mercado cresceu 14,5%, para US$ 19,6 bilhões, que estava de acordo com a previsão de melhor caso da Canalys. Os gastos com tecnologia de segurança cibernética por meio do canal cresceram 16,2%, para US$ 18 bilhões, representando 91,8% do mercado total. Os gastos diretos entre clientes e fornecedores, que representavam os 8,2% restantes do mercado, caíram 1,8%.

Para todo o ano de 2022, os gastos totais com tecnologias de segurança cibernética aumentaram 15,8%, para US$ 71,1 bilhões, enquanto os gastos por meio do canal cresceram 16,1%, para US$ 64,6 bilhões, representando 91% do mercado total. No último trimestre, a segurança de rede foi a maior categoria em receita, crescendo 8,9% para US$ 5,4 bilhões. Os gastos com análises de vulnerabilidade e segurança aumentaram 18,2%, para US$ 4,2 bilhões, enquanto o gerenciamento de acesso de identidade cresceu 15,6%, atingindo US$ 3,7 bilhões.

De acordo com a Canalys, os resultados amplamente otimistas são compensados ​​pelo aumento das restrições orçamentárias de TI, que forçaram os clientes a priorizar projetos, enquanto camadas adicionais de escrutínio estenderam ainda mais os ciclos de vendas. Os principais fornecedores disputaram uma posição no mercado altamente fragmentado, no qual os 12 principais fornecedores de segurança cibernética representaram 47,1% do gasto total durante o trimestre. A Palo Alto Networks permaneceu como fornecedora líder no quarto trimestre de 2022. A Fortinet passou à frente da Cisco, depois de enviar mais de sua carteira de pedidos de firewall de médio alcance. Check Point ficou em quarto lugar, embora CrowdStrike continuasse a diminuir a diferença. Okta e Microsoft também obtiveram ganhos.

“As organizações clientes continuaram a aumentar os investimentos para melhorar sua resiliência cibernética. Alongamento dos ciclos de vendas, programas de atualização de hardware maduros e priorização de gastos desacelerarão o crescimento em 2023 ”, disse Matthew Ball, analista-chefe da Canalys. “No entanto, a segurança cibernética continua sendo uma prioridade. Serviços de Borda segura, gerenciamento de acesso de identidade, segurança na Nuvem e modernização dos centros de operações de segurança continuam sendo áreas de foco”, observou.

“Os maiores e mais bem-sucedidos fornecedores de segurança cibernética usaram estratégias de vendas ‘implantar e expandir’ para escalar nos últimos dois anos e obter uma parcela maior dos gastos totais com segurança cibernética”, acrescentou Ball. “O desenvolvimento de plataformas de segurança cibernética, construindo ou adquirindo novas funcionalidades acessíveis por meio de assinaturas, permitiu que conquistassem novos clientes com recursos específicos e expandissem as contas por meio de módulos adicionais. O mix mudou mais para a expansão nos últimos dois trimestres. Isso coloca os principais fornecedores de segurança cibernética em uma posição mais forte para enfrentar a crise econômica e capitalizar os clientes, consolidando seus relacionamentos com fornecedores para reduzir custos. Mas isso também aumentou o tamanho médio dos negócios, o que, em parte, contribuiu para um maior escrutínio dos projetos e processos de vendas mais longos”, acrescentou Ball.

A América do Norte continuou superando as outras regiões em gastos gerais com segurança cibernética, crescendo 16,3% para atingir US$ 10,2 bilhões no quarto trimestre de 2022, representando mais da metade do mercado global. A segurança cibernética será um tema importante discutido no primeiro Canalys Forum North America deste ano, que acontecerá em Palm Springs, Califórnia, de 13 a 15 de novembro de 2023. No quarto trimestre de 2022, Europa, Oriente Médio e África foram o segundo maior mercado de segurança cibernética onde as pendências aumentaram 12,9%, atingindo US$ 5,9 bilhões. A Ásia-Pacífico aumentou 11,2% para US$ 2,7 bilhões e a América Latina cresceu 14,4% para US$ 690 milhões durante o mesmo período.

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