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Protiviti lista os principais riscos corporativos para 2023 e além

Com severas mudanças em relação a 2022, o levantamento mostra variações nas indicações em relação ao último ano e traz perspectivas também para 2032

Protiviti lista os principais riscos corporativos para 2023 e além

A consultoria global Protiviti divulgou a lista dos dez maiores riscos para 2023 segundo a percepção de 1,3 mil executivos do mundo todo, entre membros de conselho e líderes de organizações de diversos setores. Com severas mudanças em relação a 2022, o levantamento mostra variações nas indicações em relação ao último ano e traz perspectivas também para 2032.

Ao todo, sete riscos que fizeram parte do Top Risks Brasil 2022 não entraram na lista deste ano, entre eles novos entrantes e ambiente competitivo; desafios de sucessão e atração de talentos; adequações necessárias à adoção de tecnologias digitais; incapacidade de utilizar Analytics e Big Data; resistência à mudança nas operações e modelo de negócios; concorrência com empresas “nascidas digitais”; e ameaças cibernéticas. Isso mostra que os executivos estão dando foco para outros temas.

Ao traçar um paralelo entre os resultados do Brasil versus o resultado global, os riscos relacionados ao aumento do custo da mão de obra e às condições econômicas pontuam nas primeiras 10 posições

Os novos riscos para este ano no Brasil referem-se a questões sociais e de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), afetando atração e retenção de talentos; inovações disruptivas transformando rapidamente os modelos de negócios; falta de resiliência e agilidade para gerenciar crises; limitação das oportunidades de crescimento orgânico; acionistas ativistas buscando mudanças no plano estratégico; taxa de juros e impacto nos custos e manutenção da fidelidade; e retenção de clientes.  “Considerando a visão 2023, a retenção de talentos relacionados com DEI lidera o ranking no Brasil mostrando que pessoas estão no topo da agenda”, aponta Daniela Coelho, diretora de Gestão de Riscos da Protiviti.

Os três apontamentos que se mantiveram em relação a 2022 são custos de folha crescentes que impactam metas de rentabilidade; condições econômicas que restringem as oportunidades de crescimento; e riscos de terceiros decorrentes por dependência ou impacto em metas operacionais e imagem.

Os riscos

Demandas que surgiram nos últimos anos, também impulsionadas pela pandemia como “novo normal” e trabalho remoto figuram como riscos que tiveram o maior aumento percentual na percepção de impacto, mesmo não estando no Top Risk Brasil. Adicionalmente, mudanças geopolíticas também ganham destaque.

Abaixo a lista completa dos riscos apontados no Brasil para 2023:

– Mudanças nas perspectivas sobre questões sociais e relacionadas à diversidade, equidade e inclusão estão ocorrendo em uma velociade maior do que a organização é capaz de gerenciar, o que pode afetar significativamente a capacidade de atrair/reter talentos;

– Rápida velocidade das inovações disruptivas ultrapassando a capacidade de competição e mudança no modelo de negócios;

– A organização pode não ser suficientemente resiliente e/ou ágil para gerenciar uma crise;

– Aumentos nos custos de mão de obra podem afetar o atingimento das metas de lucratividade;

– Condições econômicas podem restringir significativamente as oportunidades de crescimento;

– As oportunidades de crescimento orgânico podem ser significativamente limitadas;

– Acionistas ativistas buscando mudanças no plano estratégico e na visão da organização;

– Riscos de terceiros por dependência ou impactos na imagem;

– Taxa de juros e impacto nos custos de capital e nas operações;

– Manutenção da fidelidade e retenção de clientes.

A lista completa das preocupações mundiais para 2023 são:

– Os desafios de sucessão da organização e a capacidade de atrair e reter os melhores talentos e mão de obra em meio às restrições de um mercado de talentos podem limitar a capacidade de atingir metas operacionais;

– Condições econômicas podem restringir significativamente as oportunidades de crescimento;

– Aumentos nos custos de mão de obra podem afetar o atingimento das metas de lucratividade;

– A resistência à mudança na cultura organizacional pode impedir a realização dos ajustes necessários no modelo de negócios e nas operações;

– A incerteza em torno da cadeia de suprimentos principal de nossa organização, incluindo a viabilidade dos principais fornecedores, a escassez de suprimentos, fontes de energia, problemas logísticos imprevisíveis de transporte e distribuição ou a falta de estabilidade de preços no ecossistema da cadeia de suprimentos, pode dificultar a entrega de nossos produtos ou serviços a margens aceitáveis;

– Mudanças no ambiente de trabalho geral, incluindo mudanças para ambientes de trabalho híbridos, expansão do trabalho digital, mudanças na natureza do trabalho e quem faz esse trabalho e atividades de fusões e aquisições podem levar a desafios para sustentar a cultura e o modelo de negócios de nossa organização;

– A adoção de tecnologias digitais (por exemplo, Inteligência Artificial, automação em todas as suas formas, processamento de linguagem natural, software de reconhecimento visual, simulações de realidade virtual) no mercado e em nossa organização pode exigir novas habilidades que estão em falta no mercado de talentos ou exigem esforços significativos para aprimorar e requalificar nossos funcionários existentes;

– A cultura de nossa organização pode não incentivar suficientemente a identificação oportuna e a escalada de problemas de risco e oportunidades de mercado que tenham o potencial de afetar significativamente nossas operações principais e a realização de objetivos estratégicos;

– Nossa abordagem para gerenciar demandas contínuas ou expectativas de uma parcela significativa de nossa força de trabalho para “trabalhar remotamente” ou aumentar as expectativas de um ambiente de trabalho híbrido transformado e colaborativo pode afetar negativamente nossa capacidade de reter talentos, bem como a eficácia e a eficiência de como operamos nossos negócios;

– A organização pode não ser suficientemente resiliente e/ ou ágil para gerenciar uma crise.

Ao traçar um paralelo entre os resultados do Brasil versus o resultado global, os riscos relacionados ao aumento do custo da mão de obra e às condições econômicas pontuam nas primeiras 10 posições, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Além disso, na visão global, a preocupação com talentos e mão de obra também se destaca em primeiro lugar sendo associada, entretanto, à capacidade de se atingir os resultados operacionais. Por outro lado, apenas três riscos são comuns no Top 10 Brasil e Top 10 Global: falta de resiliência/agilidade para gerenciar crises, aumentos nos custos de mão de obra afetando a lucratividade e condições econômicas restringindo o crescimento.

Na visão geral dos executivos, a análise global detalhada também reforça que 2023 é o mais crítico observado nos 11 anos em que a pesquisa é conduzida. Todos os riscos foram classificados como mais altos para 2023.

 Pesquisa aponta tendências para 2032 no Brasil

Adicionalmente, este estudo se propõe a buscar uma visão dos riscos de longo prazo, considerando as principais preocupações para o ano de 2032. “Neste cenário, algumas preocupações permanecem importantes no longo prazo, com destaque para questões econômicas e financeiras. Não é de se surpreender, visto que tais riscos podem restringir significativamente as oportunidades de crescimento”, aponta Daniela.

Abaixo a lista de riscos do Brasil para 2032:

– Condições econômicas podem restringir significativamente as oportunidades de crescimento;

– Capacidade da organização de acessar capital/liquidez suficiente pode restringir as oportunidades de crescimento;

– A resistência à mudança na cultura organizacional pode impedir a realização dos ajustes necessários no modelo de negócios e nas operações;

– Acionistas ativistas buscando mudanças no plano estratégico e na visão da organização;

– Rápida velocidade das inovações disruptivas ultrapassando a capacidade de competição e mudança no modelo de negócios;

– A facilidade de entrada de novos concorrentes no setor;

– Incerteza política e extremismos impactando a estabilidade dos mercados;

– Mudanças regulatórios podem impactar a forma como processos são realizados e produtos produzidos e entregues;

– Volatilidade nos mercados financeiros globais e nas taxas de câmbio;

– Aumentos nos custos de mão de obra podem afetar o atingimento das metas de lucratividade.

Serviço
www.protiviti.com.br

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