Áreas industriais ligadas a setores de pesquisa e desenvolvimento (P&D), devem ser impactadas graças à capacidade da tecnologia para o aprimoramento de todo o processo de desenvolvimento e fabricação de produtos; Processo de construção e manutenção de redes também devem se beneficiar.
Uma das propostas mais interessantes nos últimos anos e que pode revolucionar o modo como as indústrias operam suas fábricas tem sido a possibilidade cada vez mais concreta da introdução da Realidade Aumentada (RA) em seus ambientes fabris.
De acordo com a CEO da Fibracem, que hoje se configura como uma das principais fabricantes de soluções para o mercado de comunicação óptica no Brasil, Carina Bitencourt, a RA aliada a Inteligência Artificial, pode ser aplicada em inúmeros setores considerados “áreas-chave” dentro das empresas brasileiras, que podem contribuir de maneira significativa para um upgrade do setor industrial.
Segundo ela, áreas ligadas à pesquisa e desenvolvimento (P&D), principalmente, podem ser impactadas fortemente graças à capacidade da tecnologia em aprimorar todo o processo de desenvolvimento de novos produtos, que vai desde o levantamento da ideia, até os primeiros testes operacionais da solução. Ela acredita, ainda, que isso ajuda a reduzir tanto os custos, quanto o tempo para a construção de uma solução extremamente eficaz.
“Permitir que essas equipes de engenharia tenham uma visualização imersiva do produto e em escala real, favorece consideravelmente para uma identificação prévia de possíveis melhorias e otimizações. Com o auxílio da IA há a garantia de usabilidade e escala de produção facilitadas, antes mesmo de iniciar os primeiros testes em impressoras 3D”, avalia a executiva. “Isso faz com que os novos projetos já cheguem muito mais assertivos e prontos no processo de fabricação”, complementa Carina.
Ainda segundo ela, não apenas P&D, mas também a fábrica num todo – operadores e inspetores – podem ver os desenhos técnicos mesclados com a peça real, o que possibilita o auxílio na medição de peças similares e oferece instruções de trabalho, que podem, por exemplo, aparecer ao apontar a câmera para a peça.
Como o mercado deve se beneficiar com o uso da RA
Fora do ambiente industrial, o mercado de telecomunicações também deve se beneficiar com a inclusão da Realidade Aumentada. Carina lembra que profissionais de telecom lidam diariamente e diretamente com infraestruturas complexas e que, com o auxílio de ferramentas de RA, eles podem obter uma visualização mais detalhada do trabalho de manutenção a ser executado na rede, ou até mesmo com instruções importantes na hora de construir uma rede nova.
“Isso é particularmente útil em ambientes urbanos e densos, onde a visibilidade física pode ser limitada. Além disso, não apenas aumenta a eficiência, reduzindo o tempo necessário para concluir tarefas, mas também melhora a precisão, reduz a probabilidade de erros e auxilia na otimização da rede”, afirma.
Contudo, o uso e as vantagens da RA não devem se limitar apenas ao trabalho das indústrias e dos profissionais técnicos, mas também podem se estender aos clientes finais, àqueles que consomem – de fato – o serviço de internet. “Setores de atendimento ao cliente podem usar a ferramenta para ajudar os clientes de uma forma mais interativa. Por meio de aplicativos de RA, os consumidores podem apontar a câmera de seus celulares, por exemplo, para o modem ou outros dispositivos e receber instruções visuais sobre a resolução de problemas, como reiniciar um dispositivo ou instalar novos serviços”, conclui Carina Bitencourt.
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