book_icon

Ferramentas de acessibilidade promovem a inclusão no e-commerce

A acessibilidade promove uma melhoria em performance e usabilidade e resulta em um diferencial competitivo para e-commerces

Ferramentas de acessibilidade promovem a inclusão no e-commerce

De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui cerca de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual, auditiva, motora e mental ou intelectual. Graças às iniciativas de inclusão e a Lei de Cotas, as pessoas com deficiência (PCDs), estão conquistando mais espaço no mercado de trabalho, e, consequentemente aumentando seu poder de consumo.

Uma pesquisa realizada em 2019, pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em conjunto com a Toluna, revelou que 74,18% das pessoas com deficiência, afirmam realizar compras através de comércio eletrônico. Apesar disso, essa parcela da população brasileira não consegue utilizar os recursos digitais da melhor forma, devido à falta de acessibilidade.

Quando uma pessoa utiliza um leitor de tela para conseguir se guiar no site, os banners do e-commerce precisam ter o texto alternativo para auxilia pessoas com deficiência visual na compreensão do conteúdo

Para JB Queiroz Filho, CEO da JBQ.Global, esses dados revelam as oportunidades para o empreendedor que investir na usabilidade e experiência do usuário, promovendo dessa maneira a acessibilidade. “A implementação de recursos de acessibilidade, contribui para a inclusão das pessoas com deficiência no ambiente digital, ampliando o acesso delas a produtos e conteúdos digitais. Dessa maneira, o e-commerce alcança mais consumidores, aumenta seu reconhecimento no mercado e ainda oferece uma experiência positiva a todos os usuários”, afirma JB.

Carla Bueno, UX Lead na JBQ.Global, explica que para garantir a acessibilidade, é necessário desenvolver o site pensando nos fluxos de compra e conteúdos que serão implementados. “Sites que não forem desenvolvidos considerando esses critérios podem apresentar barreiras para o uso em diferentes etapas da jornada de compra, como a falta de conteúdo em libras, suporte difícil de ser acessado, dificuldade em alterar itens no carrinho e páginas não adequadas aos diferentes tipos de zoom. Essas barreiras afetam a experiência do usuário com deficiência, que não consegue utilizar o e-commerce da melhor maneira possível como outro usuário”, complementa.

Carla revela algumas boas práticas que podem aumentar o nível de acessibilidade no e-commerce, de acordo com a WCAG (Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web):

Acessibilidade nas cores

As cores são muito importantes para acessibilidade digital tanto para deficientes visuais parcial, quanto para usuários comuns e daltonismo (que é um tipo de deficiência visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar cores específicas). O primeiro cuidado é o contraste entre as cores, pois determinados tons de cores, como a de um botão, podem não ter o contraste indicado, podendo atrapalhar a usabilidade, o entendimento sobre a escrita que foi planejado para o botão.

Atributo alt text

Quando uma pessoa utiliza um leitor de tela para conseguir se guiar no site, os banners do e-commerce precisam ter o texto alternativo para auxilia pessoas com deficiência visual na compreensão do conteúdo. O alt representa a descrição de uma imagem, que será lida apenas pelos softwares de leitura, para que a pessoa com deficiência saiba do que a imagem se trata, o texto alternativo deve ser fiel à imagem. Por isso, adicione todos os pontos principais de forma clara.

Esse recurso também otimiza o SEO (Search Engine Optimization) da página, fazendo com que ela fique mais bem ranqueada nos mecanismos de busca, como o Google. Logo, é necessário verificar se o alt text está disponível em todas as imagens do site, elementos e funcionalidades como a busca.

WCAG

É um padrão internacional Web Content Accessibility Guidelines, incluindo WCAG 2.0, WCAG 2.1 e WCAG 2.2. São documentos que orientam como tornar o conteúdo da web mais acessível para pessoas com deficiência.

Interpretar os critérios e diretrizes não é uma missão fácil, existem diversos padrões e normas que se complementam. O Guia rápido da WCAG disponível na web, pode ajudar a entender essas questões.

Vale ressaltar que a grande maioria dos programas que encontramos “gratuitos” para validar se seu site está acessível, conseguem apontar apenas 20% do que realmente é acessibilidade. Sendo que, na maioria das vezes, o resultado é um “falso positivo”. Por exemplo: um banner que traz em seu código Imagem.03.png, a ferramenta apontará que está certo, porém quando você usar o leitor de tela, ela vai ler: – Imagem.03, link.

Testes de código

Além da interface linda de seu site, o código utilizado para desenvolver o site deve ser submetido a testes de acessibilidade. Algumas pessoas com deficiência motora ou intelectual não utilizam o mouse para navegar na internet, apenas o teclado, exigindo adaptação por parte dos sites.

Para examinar se o código HTML do site é acessível, a equipe de programação pode utilizar as ferramentas AChecker e Hera. Elas avaliam o site e apontam possíveis problemas, permitindo que o e-commerce realize mudanças ainda na fase de programação, antes da entrega final ou do lançamento do projeto.

Serviço
jbq.global

Últimas Notícias
Você também pode gostar
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.