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Clube do bolinha: pesquisa mostra que 87% dos desenvolvedores são homens

As mulheres representam apenas 12% dos profissionais de desenvolvimento de software, que recebem R$ 4.013.69 em média, valor inferior ao salário masculino de R$ 6.364.54

Clube do bolinha: pesquisa mostra que 87% dos desenvolvedores são homens

O mercado de desenvolvedores está crescendo cada vez mais, mas ainda há muito estigma em torno dessa profissão, o que impacta no recorte da realidade brasileira na área de TI. Por isso, a Rocketseat, edtech que visa formar desenvolvedores a partir de plataforma e metodologias próprias, realizou um estudo com mais de 1,2 mil desenvolvedores e análise de mais de 500 mil leads cadastrados na base.

Mais da metade dos usuários de internet são mulheres. O mercado de TI precisa ser mais inclusivo e contratar essas minorias para que tenha equidade

Os desenvolvedores do sexo masculino são a maioria do mercado, sendo 87% contra 12% de mulheres e mais 1% não binário. Isso mostra que o setor de TI ainda é bastante desigual, mesmo com vários projetos de capacitação na área e cursos, as mulheres ainda representam apenas 20% dos profissionais de tecnologia. Segundo a pesquisa da Women in Technology, que entrevistou trabalhadores de países latinos para entender a razão por trás da escassez das lideranças femininas na tecnologia, 47% das respostas de brasileiras dizem que um dos principais fatores é a falta de inspiração e modelos a seguir.

Além disso, os dados coletados pela Rocketseat também apontam que as mulheres recebem em média R$ 4.013.69, valor inferior à média salarial dos respondentes masculinos, de R$ 6.364.54. Ao analisar a distribuição das rendas, mais de 34% das pessoas do gênero feminino estão sem algum tipo de renda, ao contrário dos homens, que significam 10% menos nessa categoria.

“Mais da metade dos usuários de internet são mulheres. O mercado de TI precisa ser mais inclusivo e contratar essas minorias para que tenha equidade. Ainda existe o estigma de que as profissões de tecnologia são para homens, mas são para qualquer pessoa que tenha interesse na área e aptidão”, afirma Isabela Castilho, head of Community da Rocketseat.

Formação

O programa IT Lindos, criado pela IT Lean, consultoria de TI especializada em projetos de Transformação Digital, inicia em janeiro sua terceira edição. Para esta edição do programa, foram selecionadas 16 pessoas que, desde seu primeiro dia, serão colaboradores da empresa, sendo remunerados e recebendo os benefícios da empresa enquanto aprendem uma nova profissão.

“Eles entram com os mesmos benefícios de qualquer outro colaborador da empresa, só que seu trabalho é aprender”, explica o CEO e fundador da IT Lean, Bira Padilha. Foi com esta filosofia que o programa formou 11 desenvolvedores em sua primeira edição e 18 na segunda, todos absorvidos pela companhia.

Além da remuneração, um dos destaques do programa IT Lindos é que ele não exige qualquer formação anterior em tecnologia, tendo a baixa renda dos candidatos como principal critério de seleção. “Não há nenhum tipo de filtro por nenhum tipo de classificação humana. Hoje temos profissionais de 16 a 43 anos – do mais novo ao mais velho -, brancos, negros. Nossa primeira turma só tinha homens; na segunda, havia 30% mulheres e a próxima está com 9 homens e 7 mulheres”, conta Bira Padilha.

Bira lembra que, para esta edição, foram 1,8 mil inscritos que passaram por um processo de seleção que durou sete semanas. A primeira fase, realizada via internet, selecionou apenas os candidatos com renda per capta mensal abaixo de R$ 2 mil. A segunda fase foi constituída por um teste que analisou o perfil comportamental dos candidatos. Os selecionados para a terceira fase passaram por outro teste, este criado por uma consultoria externa contratada para auxiliar no processo.

Serviço
www.rocketseat.com.br
www.itlean.com.br

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