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Quais são os principais vilões da gestão financeira no varejo brasileiro?

O sonho da maioria dos brasileiros é montar seu próprio negócio e empreender. Mais de 50 milhões de pessoas no País desejam fazer isso nos próximos três anos, segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor. O problema é que o sucesso de um empreendimento depende mais do que de uma boa ideia e força de vontade. Sem gestão financeira adequada, é praticamente impossível manter uma empresa de pé no atual cenário de transformação digital. A questão é que essa tarefa não é simples: exige atenção contínua para que tudo saia dentro do planejado. O primeiro passo é saber quais são os vilões que influenciam as finanças da companhia.

 Descentralização nas operações
Mesmo em um pequeno negócio, a gestão financeira envolve diversos fatores que precisam de atenção máxima do empreendedor, como movimentação do caixa, obrigações tributárias e documentos contábeis. Para dar conta de tudo isso, a saída é apostar em soluções tecnológicas. Não há nada de errado nisso, mas o problema é que muitos apostam em ferramentas diferentes e, consequentemente, têm uma gestão descentralizada. Em um cenário de Transformação Digital, ter todos os elementos no mesmo local é um diferencial importante para tomar decisões assertivas e rápidas.

 Falta de apoio tecnológico
Entretanto, pior do que contratar diferentes sistemas para cuidar de parte da gestão financeira é não ter apoio tecnológico nenhum. Chega a ser impressionante, mas um número considerável de pequenos varejistas insiste em administrar seus negócios de forma totalmente manual ou, quando muito, com planilhas de computador. O risco de erro humano no processamento das movimentações financeiras é elevado e pode trazer graves prejuízos até para a sobrevivência da empresa.

 Visão limitada da gestão financeira
Uma das vantagens da centralização de todas as operações em uma mesma plataforma tecnológica é possibilitar, de fato, uma visão completa da gestão financeira do negócio. É praticamente inviável tomar decisões sem saber todo o contexto que cerca a companhia – afinal, a gestão do estoque está ligada à emissão de notas fiscais, que se conecta ao fluxo de caixa, ao sistema contábil e assim por diante. Um simples erro em alguma parte provoca uma reação em cadeia.

 Ausência de conciliação nas transações
Entre as diferentes tarefas obrigatórias na gestão financeira, a conciliação é, certamente, uma das mais importantes. Ela funciona como uma espécie de pente fino nas transações, identificando possíveis incongruências no lançamento contábil e fiscal. Isso proporciona maior transparência e governança na gestão da empresa, identificando eventuais falhas, mas também traz economia ao mostrar valores que podem ser recuperados pelo pagamento indevido de taxas nas transações por cartões.

 Problema na leitura de indicadores
Dados, dados e mais dados. Das grandes redes varejistas aos pequenos empreendimentos nos bairros, a análise de informações é item fundamental em qualquer aspecto da gestão do negócio – principalmente na movimentação financeira. Ter acesso a um dashboard e relatórios completos com insights e detalhes de toda a operação embasa de forma adequada a tomada de decisão. É o fim do achismo em relação às contas da empresa.

Por Henrique Carbonell, sócio-fundador da F360°.

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