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A Transformação Digital na Indústria 4.0 passa por excelência operacional

Ainda em fase de cultura e adoção, o investimento na indústria 4.0 é revertido em lucratividade, melhores perspectivas e maior capacidade de adaptação do negócio em um cenário adverso como o da pandemia do coronavírus. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizada em dezembro de 2020. O cruzamento de dados de empresas que adotaram tecnologia da indústria 4.0 com demais empresas do mesmo segmento revela que as integrantes do primeiro grupo se deram melhor na crise.

Entre aquelas que integraram até três novas tecnologias aos processos, 54% já registram um lucro igual ou maior que no período pré-pandemia. A lucratividade é ainda maior em 29% das empresas industriais que adotaram quatro ou mais novas tecnologias.

Existem muitos benefícios conhecidos da adoção da Transformação Digital para a Indústria 4.0:
Melhora percebida em indicadores e na lucratividade da empresa.
Diminuição do desperdício de horas e recursos.
Diminuição da perda por quebra ou baixa de qualidade.
Ganho de novos clientes.
Aumento da vantagem competitiva e valor de mercado da empresa.

É fato que a pandemia fez muitas empresas acelerarem seus processos de digitalização. Hoje, a diminuição gradual da pandemia ao redor do mundo sinaliza um potencial aumento de demanda dos consumidores e uma nova onda de oportunidades em 2022. Mas nem todas as empresas estão realmente preparadas para o que virá.

Quais caminhos devem ser trilhados para a Transformação Digital?
Aos poucos, novos termos surgem dentro do ambiente da indústria: Big Data, Inteligência Artificial, Machine Learning, Blockchain, Realidade Virtual e Aumentada, entre outros.

Assim, muitas empresas sabem que precisam urgentemente se mover para promover essa Transformação Digital, mas ainda não sabem exatamente por onde começar e se as mudanças serão adequadas às necessidades estabelecidas.

Para isso é preciso seguir um roadmap que tenha uma visão holística sobre o negócio (considerando todo legado instalado de equipamento e conhecimento), um entendimento completo dos processos do chão de fábrica, a utilização das corretas ferramentas de TI e uma transformação da cultura organizacional com foco em pessoas.

Indústria Ambidestra
A questão que se coloca é: como adotar inovações transformacionais e incrementais sem comprometer o desempenho operacional da estrutura já existente? Sim, isto é possível se feito com cuidado e inteligência!

Na verdade, trata-se de uma tendência que vem ganhando espaço e a qual chamamos de indústria ambidestra, ou seja, a capacidade de trabalhar com as duas mãos. Enquanto uma otimiza os processos vigentes, a outra segue buscando por mais inovação.

Esta divisão estratégica de forças pode ser adotada de três formas:
Estrutural
As equipes de eficiência e inovação são divididas e seguem seu próprio modelo de gestão, operando de formas distintas e simultaneamente. Depois, com a consolidação de projetos inovadores, é feita a integração de aprendizados, otimizando a empresa como um todo e mantendo a sintonia entre os diferentes setores.

Cíclica
Uma única equipe trabalha focada em inovação durante determinado período e muda o foco para a excelência operacional durante outro período definido. Em seguida, volta a desenvolver processos inovadores e assim por diante.

Simultânea
Os processos de inovação e de excelência operacional acontecem ao mesmo tempo na empresa toda sem dividir a equipe.
Geração de valor da Transformação Digital

A implementação de um processo de geração de valor, a fim de viabilizar a excelência da Transformação Digital, é complexa e deve considerar os três itens abaixo:
Humanizar
 Liderar a organização de forma adequada às pessoas. Diz respeito a alinhar a cultura, a mentalidade, os comportamentos, as habilidades e a governança de toda empresa de modo a promover o melhor ambiente de trabalho possível.

Otimizar
 Criar um ecossistema operacional seguro e produtivo. Trata-se, portanto, da maneira como os processos, sistemas e ferramentas de gerenciamento, estruturas tecnológicas e organizacionais se juntam para realizar o trabalho, obter resultados e evidenciar a cultura.

Digitalizar
Criar valor para todas as partes interessadas por meio de tecnologias que ajudam a potencializar as melhorias contínuas, bem como otimizar todos os processos. Assim, digitalizar permite produzir vantagem competitiva no mercado. Pessoas, processos e tecnologias caminham juntos e de forma integrada. Competitividade é gerar o máximo resultado dessa sinergia.

Por Francisco Loureiro, presidente da Proudfoot Brasil.

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