Como era de se esperar, não houve grandes surpresas no leilão do 5G, que começou na quinta-feira (4/11) e deve ser concluída amanhã, quando serão leiloadas as faixas de 2,3 GHz e 26 GHz. As três maiores operadoras – Vivo, Claro e TIM – arremataram os três principais lotes na faixa de 3,5 GHz. Havia ainda um quarto lote nesta faixa de frequência, com abrangência nacional, mas não houve lance. A Vivo fez uma oferta de R$ 420 milhões, com ágio de 30,6%; a Claro ofereceu R$ 338 milhões, ágio de 5,1%; e o lance da TIM foi de R$ 351 milhões, com ágio de 9,2%. O direito de exploração das faixas será de 20 anos.
Como novidade, a novata Winity II Telecom, do fundo Patria, apresentou um lance de R$ 1,4 bilhão, ágio de quase 806%, e ficou com a frequência de 700 MHz, se tornando a mais nova operadora de telefonia móvel do País. Em contrapartida, terá de levar a telefonia 4G a mais de 1,1 mil trechos de rodovias federais.
A previsão do governo federal é arrecadar no leilão em torno de R$ 50 bilhões, caso todos os lotes sejam arrematados. Desse montante, R$ 10 bilhões iriam para os cofres do governo, com os demais R$ 40 bilhões sendo usados pelas empresas nas obrigações estabelecidas no edital.
As chamadas contrapartidas visam minimizar as deficiências de infraestrutura em telefonia móvel no País, como a instalação de rede de fibra óptica, via fluvial, na Região Amazônica; levar fibra óptica para o interior do País, principalmente para escolas e hospitais; e ainda construir uma rede privativa para o governo sem a participação da chinesa Huawei, com o argumento de ser uma empresa de um país comunista, que poderia usar o 5G para espionar o Brasil. Ainda segundo o edital, as operadoras deverão disponibilizar o 5G em todos as capitais até julho do próximo ano.
Serviço
www.gov.br/anatel/pt-br
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