O Brasil sofreu mais de 3,2 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no primeiro trimestre de 2021, segundo a Fortinet. O País lidera o ranking da América Latina, com quase metade das 7 bilhões de tentativas nesse período. De acordo com um levantamento da Eskive, empresa de conscientização em segurança da informação, desde o início de 2021, muitas empresas estão sofrendo com um tipo específico de malware – conhecido como ransomware -, em que os criminosos sequestram e criptografam arquivos para extorquir a companhia solicitando pagamento de resgates milionários.
Os ataques mais comuns buscam violar os dados para obter vantagem financeira ou expor a marca. “Os ataques são sofisticados e têm grande potencial de causar enormes perdas financeiras e de imagem para a empresa vítima. A brecha para invasão aos sistemas da empresa é, geralmente, causada pelo descuido ou falta de preparo dos usuários em identificar uma ameaça”, explica Priscila Meyer, cofundadora e CEO da Eskive
Esses números revelam um cenário embrionário no cuidado com os dados dentro das empresas, em que o fator humano, principal vulnerabilidade para ataques, está negligenciado. “Diante disso, as empresas estão cada vez mais entendendo a necessidade de conscientizar seus funcionários para que se tornem a principal camada de proteção de seus dados”, afirma Priscila. O setor financeiro é o principal setor de atuação da Eskive, seguido por varejo e saúde, englobando empresas de grande porte, com faturamento anual bruto maior que R$ 300 milhões.
Para a executiva, casos como o do grupo Fleury, Fujifilm ou JBS servem como alerta sobre a frequência e gravidade dessa técnica. De acordo com a SonicWall Capture Labs, houve um aumento de 90% em ataques desse tipo entre 2020 e 2021. Além disso, a projeção dos custos envolvendo danos causados por ransomware terá ultrapassado os $265 bilhões até 2031, segundo a Cybersecurity Ventures.
Eskive faz spin-off com objetivo de se consolidar na América Latina e entra para comunidades do Cubo e Inovabra
Diante de leis e regulamentações, como a LGPD, que vêm transformando o mercado e tornando os consumidores mais exigentes, a Eskive anuncia seu spin-off com o objetivo de conscientizar os usuários das empresas e ajudar as instituições nesse novo cenário. Agora, ela integra o time de startups do Cubo Itaú, hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico do Itaú Unibanco, e do Inovabra Habitat, espaço de coinovação do Bradesco. Como consequência, a Eskive projeta dobrar o faturamento em 2021.
A ferramenta surgiu para suprir a necessidade da Flipside, no continente em conscientização corporativa em segurança da informação, em avaliar os impactos com base em dados. “Ali nasceu uma empresa que foi crescendo e gerando a necessidade e oportunidade de voo solo. Em janeiro de 2021 aconteceu nosso spin-off da Flipside, nossa antiga holding”, explica Priscila. Agora, a empresa é uma plataforma completa de conscientização em segurança da informação baseada em metodologia exclusiva, conteúdos educacionais atuais e gestão de risco.
“A Eskive é o primeiro spin-off bem-sucedido da Flipside. Sintetizando mais de uma década de pioneirismo e liderança no mercado de conscientização, atendendo as maiores empresas do País, em um produto inovador, desenhado para as necessidades de clientes corporativos de todos os tamanhos”, pontua Anderson Ramos CEO e cofundador da startup. “A explosão do crime digital no mundo pós-pandemia acelerou este processo e permitirá que o produto siga crescendo a taxas exponenciais na velocidade adequada, sob o comando dos executivos mais experientes do Brasil neste tema”, ressalta.
Empresa em ascensão
Com o novo posicionamento, a startup de tecnologia está focando em reavaliar processos e produtos para oferecer soluções cada vez melhores aos clientes, conquistando um negócio mais escalável e de resposta rápida às necessidades do mercado de segurança. “Estamos com um planejamento bastante desafiador, mas que trará soluções reais para conscientizar os colaboradores de nossos clientes em tempos em que as ameaças cibernéticas não param de crescer”, pontua Priscila.
Os planos da Eskive englobam novas soluções e têm como objetivo fornecer maior visibilidade dos riscos ligados ao fator humano por meio da coleta e análise de dados – que são avaliados pelo time de especialistas em segurança da informação – para entender as informações e fornecer insights valiosos para mitigar as vulnerabilidades. “A Eskive tem a missão de ajudar as empresas a tornarem seus usuários mais conscientes sobre a importância de proteger seus dados e privacidade. Acreditamos que apenas por meio de tecnologia, inovação e cooperação entre empresas é possível mudar o cenário de golpes e fraudes cada vez mais ascendentes no Brasil”, destaca Priscila.
Para a executiva, ao se tornar parte do Cubo e do Inovabra, a Eskive ganha a chancela de ser validada por um ecossistema seleto e tem acesso a debates e benefícios que irão alavancar a visão de crescimento da startup até 2025. “Isso nos dará maior confiança de que temos os melhores produtos como solução para a conscientização de usuários frente aos desafios atuais e do futuro”, afirma.
Segundo Priscila, esse é um passo importante para a empresa se aproximar do ecossistema das principais startups no Brasil, possibilitando a ampliação de suas referências de mercado, além de expandir a prospecção de negócios no segmento de SMB (Small and Medium Business). “Agora fazemos parte, como startup membro, dos dois principais ecossistemas de fomento à tecnologia, inovação e desenvolvimento voltados para startups no Brasil. A aprovação nessas duas referências, Inovabra Habitat e Cubo, reforça nosso compromisso em mudar a cultura das empresas frente aos riscos ligados ao fator humano, usando como base tecnologia e dados”, conclui a CEO.
A Eskive atua no segmento de Conscientização em Segurança da Informação, com foco especificamente em mitigar e minimizar os riscos relacionados ao fator humano das empresas, reduzindo o comportamento inadequado frente à ameaças de ataques cibernéticos por meio de uma metodologia exclusiva, com cronograma e planejamento de ações e o aconselhamento de profissionais especializados em SI, provocando uma mudança da cultura organizacional quanto à segurança da informação. Como ferramenta, a Eskive acaba de completar três anos, mas carrega em sua bagagem um conhecimento acumulado de mais de 12 anos de atuação no mercado de conscientização em segurança da informação.
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