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Estudo global destaca o Brasil em competências tecnológicas

Coursera Global Skills Report 2021 classifica o Brasil em 57º lugar globalmente em Competências Tecnológicas e em 5º na América Latina. O relatório também mostra o aumento das matrículas de mulheres em cursos STEM, de 27% em 2018-2019 para 38% em 2020

Estudo global destaca o Brasil em competências tecnológicas

Durante a pandemia, os alunos no Brasil desenvolveram habilidades de tecnologia de ponta e competitivas, especialmente em computação em Nuvem, programação de computadores e engenharia de software, segundo o Relatório de Habilidades Globais 2021 (Global Skills Report), realizado pela plataforma Coursera. Além do Brasil, Barbados e Chile também são líderes em tecnologia. O relatório também mostrou um aumento nas matrículas de mulheres, de 27% em 2018-2019 para 38% em 2020 em cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM).

O Relatório de Habilidades Globais baseia-se em dados de desempenho de mais de 77 milhões de alunos desde o início da pandemia para avaliar a proficiência de habilidades em negócios, tecnologia e ciência de dados em mais de 100 países. Pela primeira vez, o estudo também revela as principais habilidades necessárias para empregos de nível inicial de alta demanda, incluindo as horas de aprendizagem necessárias para desenvolvê-los. O Brasil está classificado em 83º lugar globalmente em proficiência em habilidades digitais, com mais de 3,2 milhões de alunos matriculados na Coursera.

 Os alunos devem investir em habilidades básicas e técnicas para permanecerem relevantes para o emprego em um mercado de trabalho em rápida evolução  

“O acesso a uma variedade de credenciais relevantes para o trabalho, incluindo um caminho para empregos digitais de nível básico, será a chave para a requalificação em escala e para acelerar a recuperação econômica”, disse Jeff Maggioncalda, CEO da Coursera. “Nossa terceira edição do Relatório de Habilidades Globais fornece às instituições dados de referência e insights de habilidades para informar novas colaborações, criar caminhos de nível básico e oferecer oportunidades de emprego em funções de alta demanda”.

Os alunos no Brasil têm habilidades financeiras de ponta, mas outras habilidades de negócios mostram oportunidade para o desenvolvimento. Quando se trata de habilidades financeiras, o Brasil está mostrando grandes avanços nessa área, impulsionado pelas novas regulamentações do Open Banking e do sistema de pagamentos instantâneos PIX. Estender essas Transformações Digitais dos sistemas financeiros ao resto da região exigirá o treinamento de uma nova geração de trabalhadores com experiência em tecnologia. Os alunos brasileiros com habilidades em contabilidade, marketing e comunicação estão na categoria “nível emergente” no Relatório, que compreende um percentual de habilidade desenvolvida de 26% a 50%. O desenvolvimento dessas habilidades pode impulsionar serviços ligados ao comércio, por exemplo, severamente sacrificados nesta pandemia. As habilidades empresariais podem ajudar, especialmente, os trabalhadores de pequenas empresas.

Habilidade em matemática ainda deficiente na América Latina. Em termos de proficiência em habilidades de ciência de dados, o Relatório aponta deficiência em habilidades matemáticas na América Latina. O estudo mostra que os alunos brasileiros estão atrás dos alunos do México e da Bolívia em matemática. Esses resultados se alinham com outros estudos, como a avaliação PISA, da OCDE, em que a pontuação média em matemática para estudantes latino-americanos era de Nível 1, a mais baixa possível de seis. Porém, a América Latina e o Caribe têm um grande potencial inexplorado de talentos matemáticos.

Pandemia estimula matrículas de mulheres em cursos online. Apesar da pandemia estar aumentando o êxodo de mulheres do mercado de trabalho brasileiro, por outro lado, elas buscam educação online em um ritmo maior do que antes da pandemia. Aproximadamente 46% dos alunos do Coursera no Brasil são mulheres. A proporção de matrículas de mulheres em cursos STEM cresceu de 27% em 2018-2019 para 38% em 2020. Os homens representam a maioria, com 62% em 2020.

Com base nos dados de desempenho de milhões de alunos da Coursera globalmente, o Relatório também revela as habilidades e o tempo necessários para se preparar para funções de nível de entrada:

Os recém-formados e os que mudam no meio da carreira podem desenvolver habilidades de trabalho digitais de nível básico em apenas 35 a 70 horas (ou 1-2 meses com 10 horas de aprendizado por semana). Por outro lado, alguém sem diploma ou experiência em tecnologia poderá estar pronto para o trabalho em 80 a 240 horas (ou 2 a 6 meses com 10 horas de aprendizado por semana).

Os alunos devem investir em habilidades básicas e técnicas para permanecerem relevantes para o emprego em um mercado de trabalho em rápida evolução. Por exemplo, uma função de computação em Nuvem de nível básico, como um especialista em suporte de computadores, requer o aprendizado de habilidades básicas, como resolução de problemas e desenvolvimento organizacional, e habilidades técnicas, como engenharia de segurança e rede de computadores. Da mesma forma, as funções de marketing de nível básico requerem software de análise de dados e habilidades de marketing digital, além de habilidades sociais como estratégia, criatividade e comunicação.

As habilidades mais transferíveis em todos os empregos futuros são em habilidades humanas, como resolução de problemas e comunicação, conhecimento de informática e gerenciamento de carreira. Habilidades básicas, como comunicação empresarial e alfabetização digital, permitem que os trabalhadores participem de ambientes de trabalho cada vez mais complexos e globais. À medida que as pessoas mudam de emprego com mais frequência, a procura de emprego e as habilidades de planejamento de carreira serão essenciais para a transição de funções e manutenção do emprego.

Com 82 milhões de alunos, 6 mil instituições e mais de 5 mil cursos das principais universidades e educadores do setor do mundo, a Coursera tem um dos maiores conjuntos de dados para identificar e medir tendências de habilidades. O relatório deste ano é mais enriquecido pelas tendências impulsionadas pela pandemia, incluindo 30 milhões de novos alunos que aderiram à plataforma em todo o mundo em 2020.

Como ler o ranking: A Coursera divide o ranking percentual de cada grupo nas quatro categorias seguintes:
De ponta (76% ou mais)
Competitivo (51% – 75%)
Emergentes (26% a 50%)
Atraso (25% ou menos)

A plataforma Coursera foi lançada em 2012 por Andrew Ng e Daphne Koller, dois professores de ciência da computação da Universidade de Stanford, com a missão de fornecer acesso universal ao aprendizado de classe mundial. Ele é hoje uma das maiores plataformas de aprendizagem online do mundo, com 82 milhões de alunos. A Coursera tem parceria com mais de 200 universidades líderes e parceiros do setor para oferecer um amplo catálogo de conteúdo e credenciais, como Projetos Orientados, cursos, especializações, certificados e graus de bacharelado e mestrado.

Serviço
coursera.org/gsr

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