Desde o início dos anos 2000, o mercado vem percebendo a importância do Gerenciamento de Processos do Negócio, conceito conhecido como BPM (Business Process Management), na sigla em inglês. A abordagem tem como foco o gerenciamento adaptável, desenvolvido para sistematizar e facilitar processos organizacionais complexos, dentro e fora das empresas. Um importante contraponto ao modelo das soluções de megasuites de softwares empacotados, os Sistemas de Gestão Empresarial ou ERP (Enterprise Resource Planning), muito utilizado até então. Por isso, é vista como fundamental para tornar as organizações mais eficientes e competitivas no mundo digital.
O BPM e seu conjunto de ferramentas, metodologias e boas práticas proporcionam a agilidade necessária para que a empresa se adapte rapidamente às necessidades do negócio. Além do desenvolvimento de soluções de BPMS (suítes de automação de processos), a onda da Gestão de Processos trouxe uma nova abordagem ao mercado, partindo da perspectiva de que a empresa é uma coleção de processos e, portanto, conhecê-los e documentá-los é fundamental para otimizá-los e, consequentemente, melhorar a performance operacional das organizações.
Neste contexto, as companhias investiram tempo e recursos para modelar processos AS IS e redesenhá-los num modelo TO BE futuro, para, a partir de então, usar as ferramentas de automação na realização do deploy do processo. Mas a realidade não foi bem assim.
Enfrentando desafios
A adoção do modelo passou a fracassar em diversas organizações, pela falta de clareza sobre quando usar tecnologias de BPMS e qual a abrangência das técnicas dessa abordagem para resolver problemas. Ou seja, o BPM não deveria ser a única opção para resolver todos os problemas de automação das empresas.
Existem muitas atividades ad hoc, que podem ser executadas a qualquer tempo em um fluxo de processos, comportamento difícil de implementar em uma suíte de automação de processos BPMS. O mesmo acontece em alguns casos nos quais é mais factível a implementação via desenvolvimento de um sistema de aplicação e não da automação via tecnologia de workflow.
As últimas duas décadas trouxeram muitos aprendizados sobre Gestão de Processos dentro das empresas, entre eles o uso da automação de processos combinada a outras abordagens, como robôs ou desenvolvimento de sistemas de TI, para garantir eficiência aos usuários de negócios. Em resumo, criar fluxos de trabalhos automatizados é uma das maneiras de criar processos digitais, mas não a única forma de trazer essa experiência para clientes e usuários.
Por Nilson Yoshihara, Territory Services Manager na Red Hat Brasil
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