Tornar-se digital é o pote no fim do arco-íris buscado por 100% das corporações e, ao mesmo tempo, a preocupação de presidentes e decisores empresariais. Tecnologia e negócios vivem cada vez mais de forma simbiótica, e abre oportunidades para consultorias especializadas, que atuam no sentido de preencher o vácuo entre a estratégia e a implementação.
A Transformação Digital depende diretamente de tecnologias como Cloud, que contribuem para a redução de custo e a agilidade na administração de ambientes, racionalizando sistemas e simplificando gerenciamentos de volumes de informações. Portanto, dados são ativos e as empresas devem usá-los como fonte de valor.
“Há demanda enorme em setores como o financeiro, transporte aéreo, manufatura, energia, telecomunicações, saúde”, conta Dan Martines, diretor global do BCG Platinion, unidade do Boston Consulting Group, voltada para Transformação Digital. A empresa tem como foco auxiliar o cliente quanto a iniciativas digitais e trabalha para que a tecnologia esteja no centro da estratégia de negócios do cliente. Para tanto, mantém profissionais que entendem de tecnologia, e ao mesmo tempo de estratégias, unindo as duas frentes. “Treinamos nossos talentos para que mantenham TI e negócio em uma mesma conversa com os executivos e decisores do cliente”, detalha. O grande diferencial da iniciativa é que o resultado é percebido em meses e não em anos.
Quebrar cilos formados nas áreas de TI e de negócios não é tarefa fácil, mas a Metodologia Ágil, que trata de objetivos tangíveis e mensuráveis, exerce papel fundamental ao forçar essa conversa. Como resultado da velocidade e agilidade conquistadas, surge a necessidade estrutural da segurança cibernética. “Realizamos exercícios com executivos em uma sala de controle, para que saibam lidar com ataques cibernéticos”, conta Martines.
Novos talentos
Para atender à demanda esperada o BCG, que planeja aumentar a presença em toda a América Latina, quer contratar profissionais das áreas de arquitetura de dados, de sistemas com API, nuvem; arquiteto ERP corporativo e de sistemas logístico e financeiro. Na região, possui 20 empregados, sendo cinco consultores sêniores no Brasil.
O executivo destaca que manter a diversidade no quadro de funcionários é prioridade e que a empresa oferece treinamento em Ágil, segurança cibernética, engenharia de dados e DevOps.
Com a facilidade de acesso, personalização e a velocidade no tempo de resposta, a Transformação Digital está sendo puxada pelo consumidor final, que quer a mesma experiência na vida e espera agilidade em todas as interações. “É preciso reeducar o consumidor” defende o diretor. Para ele, também as startups endereçam essas necessidades e em breve será constatado “se estão aí para ficar e tomar o lugar de outras tradicionais”.
Todas as companhias têm planos para fazer com que a Transformação Digital aconteça, sendo que alguns setores ‘early adopters’, estão bem adiantados, como os bancos. Outros exemplos são as indústrias de papel e celulose e metalurgia, que lançam mão da Inteligência Artificial para otimizar a cadeia logística.
O sucesso da Transformação Digital em uma empresa, basicamente passa pela identificação do atual estado da maturidade digital. Também é preciso listar o que a tecnologia poderá agregar aos negócios; implementar projetos pilotos; adotar rapidamente os resultados positivos e de forma crescente. Além disso, aumentar o número de profissionais digitais.
Existem disponíveis no mercado tecnologias digitais mais acessíveis, que têm custo operacional mais baixo, tornando a adoção de sistemas digitais mais ágeis e mais baratos. Estas, mais adequadas às médias e pequenas empresas.
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