
O mercado de sistemas hiperconvergentes cresceu quase 60% no último trimestre de 2018, alcançando US$ 1,9 bilhão globalmente, segundo o IDC. A Adistec quer surfar nessa onda e anunciou nesta terça-feira (16) para a imprensa e parceiros de canal no Brasil uma oferta de appliances hiperconvergentes.
Chamada apenas de Adistec Appliance, a linha de equipamentos white label é baseada em hardware Intel, controlada por software e com capacidade específica para cada tipo de workload corporativo. Veeam, Quest, VMWare e Kaspersky são os primeiros parceiros de software no Brasil. A iniciativa é global e busca incluir canais nos Estados Unidos e na América Latina.
Apesar de replicar uma estratégia de grandes fabricantes como Dell, Nutanix e HPE, que aliás apostam fortemente em componentes da Intel, a Adistec está mirando o filão dos Original Design Manufacturers – ODMs. Segundo o IDC, ODMs responderam por 26,8% da receita gerada no mercado global de servidores no terceiro trimestre de 2018, ou US$ 6,2 bilhões – bem mais que a fatia dominada pela líder de mercado Dell (17,5%, US$ 4 bilhões).
No mercado latino-americano, cujas economias em crise acumularam ao longo dos últimos anos uma forte demanda reprimida, a oportunidade é ainda maior, calcula a empresa. A Adistec espera que o negócio de appliances responda, em cerca de um ano após o lançamento, por algo em torno de 10% do faturamento da companhia no Brasil – que deve ser de US$ 250 milhões em 2019, segundo projeções da própria empresa.
Os hardwares da Adistec foram desenvolvidos ao longo com a Intel, e buscam reduzir o tempo e a complexidade de entregas de infraestrutura de TI. A ideia é cada appliance proveja uma solução completa de proteção de dados (Veeam), backup em nuvem (Quest), hiperconvergência (VMware) e segurança da informação (Kaspersky).
Eles podem ser revendidos com a marca do integrador ou revenda, sendo licenciados e certificados pela Intel. Segundo José Roberto Rodrigues,diretor-geral da Adistec Brasil, já há canais em negociações para comercializar os equipamentos no Brasil, mas ainda não há data precisa para o início das vendas.
“Temos uma rede bastante interessante de canais, não é o de volume. O perfil dos parceiros é o de grandes integradores”, explicou o executivo, que não esconde a intenção de ampliar o número de revendas. “Este modelo vai atrair novos parceiros, pois não há solução semelhante no mercado. Temos versões [de appliance] que se adaptam a qualquer cliente.”
O público-alvo dos appliances, segundo Fabián Sperman, CEO global da Adistec, são as pequenas e médias empresas, que precisam da mesma experiência de software e serviços das grandes corporações, mas não contam com pessoal capacitado nos departamentos de TI. “A grande empresa pode representar uma oportunidade, mas o valor forte da solução é para as PMEs”.
Todos os appliances se integram com a nuvem da Adistec, a AEC, contam com suporte em tempo integral em português, inglês e espanhol e garantia de 36 meses. Além disso, a equipe de Professional Services da companhia faz as configurações iniciais, muito embora a estratégia seja a de vender a solução totalmente via canais – no caso, integradores especializados.
Provador
Cada appliance possui um número variado de versões de acordo com as necessidades do cliente final. Elas recebem numeração semelhantes aos de roupas, como M, L ou XL, de acordo com a capacidade de processamento. A ideia é facilitar a escolha dos clientes e a apresentação da solução pelos canais.
Os equipamentos são importados de Miami, Estaos Unidos, onde está a sede global da Adistec, e distribuídos nacionalmente. O plano para um segundo momento, explica Marcelo Gardelin, diretor de alianças estratégicas e soluções de nuvem do distribuidor, é trazer soluções mais parrudas, os PODs, para companhias maiores, incluindo provedores de serviços e grandes corporações (enterprises).
A Adistec tem presença em 17 países e atua com distribuição, educação, serviços profissionais e serviços na nuvem. O foco de sua atuação repousa sobre soluções para infraestrutura de data center e segurança da informação. A empresa faturou no Brasil US$ 213 milhões em 2018, e projeta US$ 250 milhões para este ano.
Na foto, Fabián Sperman, CEO global da Adistec, apresenta soluções hiperconvergentes para integradores

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