A venda de imóveis tem mostrado uma tendência de crescimento nos últimos anos. Houve aumento de 38,4% na comercialização de unidades residenciais de julho de 2017 ao mesmo período de 2018, segundo levantamento do Sindicato da Habitação (Secovi -SP). Essa reação deveu-se principalmente à queda de preços – relacionada ao desemprego e à piora da concessão de crédito –, e ocorre ao mesmo tempo em que se aquece o consumo digital e mobile neste segmento, impulsionado pelos jovens da geração millennial à procura de sua primeira casa.
Gabriel Santacreu, sócio-fundador da Agência 242 (www.agencia242.com.br), diz que esse novo público, moldado pelo maior acesso de todo tipo de informação, é cada vez mais preparado e exigente, o que demanda das construtoras, incorporadoras e imobiliárias o investimento cada vez maior em estratégias de marketing digital.
“Quem compra ou aluga imóveis na internet hoje é bem informado e já tem uma imagem clara do que quer. É a mesma postura do consumidor que busca um tênis ou um eletrodoméstico, por exemplo, e pesquisa bastante antes de bater o martelo e chegar ao e-commerce com uma ideia objetiva do que vai adquirir”, afirma Gabriel. O especialista enumera cinco fatores para construir uma base sólida de clientes e concretizar vendas:
1 – Transparência
Lidar com consumidores mais preparados requer atenção e cuidado redobrados nas ações de marketing. Divulgar dados com pouco embasamento, informações que podem ser facilmente contra-argumentadas ou prometer serviços que não serão entregues após a concretização da venda do imóvel prejudicam a imagem da empresa e afastam potenciais leads. “É necessário fazer um bom monitoramento do público, conhecendo seus objetivos e necessidades e, com isso, construir uma boa relação”, afirma Gabriel.
2 – Conteúdo
Entender o público-alvo determina que tipo de conteúdo será a ele direcionado, e diversificar essa produção é uma boa maneira de despertar a curiosidade e tornar o produto ainda mais atrativo. “Descobrir o bairro favorito dos consumidores, por exemplo, possibilita a criação de textos ou vídeos sobre a história e personagens daquela região, o que cria uma conexão a nível humano e os ajuda a fazer sua avaliação pessoal sobre onde pretendem morar”, explica o especialista da Agência 242.
3 – Leads
Para garantir a conversão dos consumidores em leads, é fundamental traçar uma boa estratégia. O primeiro passo é ter um site apresentável, prestativo e de boa navegação, além de investir em técnicas de SEO. No setor imobiliário, também é importante fazer uso de landing pages, páginas com conteúdo interessante aos visitantes, cujo objetivo principal é fazê-los deixar algum dado de contato, que será convertido em lead. “Utilizar palavras e frases afirmativas, depoimentos de quem já utilizou o serviço e aprovou e vídeos explicativos curtos são boas técnicas para aplicar nessas páginas”, destaca Gabriel.
4 – Redes sociais
A esta altura, é impensável ter alguma presença digital sem planejar em ações nas redes sociais, que são meios essenciais para se aproximar do público-alvo e concretizar vendas, seja pela produção de conteúdo, monitoramento dos usuários para captar dados ou por meio dos anúncios. Para as construtoras e imobiliárias, o Facebook é a que mais gera retorno, mas é importante atuar em outras populares, como o Twitter e o Instagram. Apesar de benéficos para o negócio, esses espaços também servem para trocas e feedbacks dos clientes, por isso é necessário ter engajamento e ser cuidadoso nas respostas a comentários em publicações e depoimentos na página, por exemplo.
5 – Atendimento
“Uma avaliação negativa pode acabar com uma empresa”. A mesma máxima que se aplica em negócios no mundo físico também vale na era digital, na qual pecar no atendimento ao cliente prejudica todo o esforço feito na captação de leads. Assim, o investimento no treinamento dos corretores deve ser constante, a fim de que estejam preparados para um novo perfil de consumidor. A abordagem pessoalmente e por telefone deve andar de mãos dadas com as ações de marketing digital.
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