*Por Tiago Miranda
A migração das empresas para a nuvem é algo inevitável. Assim como a internet e os smartphones transformaram radicalmente as nossas vidas, essa tecnologia está moldando os modelos de negócios de uma maneira nunca vista antes, com a inovação oferecida pela mobilidade, acessibilidade e agilidade fornecidas pelos ambientes virtualizados. Não por acaso, os investimentos globais em serviços de cloud computing devem chegar a US$ 500 bilhões até 2020, segundo dados do instituto de pesquisas de TI IDC.
Este dado não só reforça o amadurecimento no uso da nuvem, como também aponta a forma como as companhias passaram a enxergar o cloud computing ao longo dos anos: de algo restrito aos grandes players do mercado em virtude dos custos com implementação – que em geral eram cobrados em dólar, para um aliado insubstituível nas estratégias de redução de gastos e aumento de eficiência, devido à tamanha popularização do conceito em todo o mundo.
Entretanto, apesar dos gestores de TI falarem cada vez mais em nuvem, boa parte das empresas brasileiras ainda tem um longo caminho para se beneficiarem da aplicação deste conceito aos negócios, e assim, sobreviverem no novo cenário. É fato que muitas das empresas locais ainda não adotaram o cloud computing por completo, como aponta a pesquisa IT Brazil Snapshot, publicada ano passado, mostrando que, embora 82% das empresas no Brasil contratem algum serviço em nuvem, apenas uma pequena parcela delas (15%) têm 75% ou mais do ambiente corporativo no modelo virtualizado.
Para ajudar os gestores de TI que ainda não decidiram quando migrarão completamente, ou qual modelo de cloud adotar – privada, pública ou híbrida, elenco abaixo cinco passos para garantir que não haja sustos na hora de implantar a nuvem:
1. Prepare e Planeje: Antes de qualquer coisa, é preciso analisar o que é crítico para a companhia, o que pode ser totalmente migrado para a nuvem e o que precisa estar acessível tanto no ambiente on-premise quanto no virtualizado. Esse mapeamento indicará a urgência da necessidade e o modelo ideal de nuvem a ser adotado.
2. Migre aos poucos: Fique atento às aplicações que serão colocadas na nuvem. Em geral, as aplicações de back office (sistemas de e-mail, informações e colaboração) são migradas primeiro, como um teste para avaliar o ambiente virtualizado, para só depois de tudo certificado, subir os sistemas mais sensíveis, como ERPs e fluxos de trabalho, na nuvem.
3. Gerencie o novo ambiente: Contar com uma plataforma de gestão é fundamental para obter uma visão abrangente dos fluxos de acesso, bem como para monitorar as cargas de trabalho, identificando gargalos e possíveis falhas a serem corrigidas, e assim, aproveitar melhor o potencial da cloud.
4. Estude novas possibilidades: Depois de tudo migrado e rodando de maneira devida, é hora de explorar outros recursos da nuvem, como mobilidade, processos analíticos e Big Data, entre outros. As oportunidades que podem aparecer com o uso dessas ferramentas são quase infinitas, e uma delas pode se encaixar perfeitamente com as demandas e expectativas de cada tipo de negócio.
5. Transforme o negócio: Após seguir estes passos, as companhias já terão um pé na transformação digital, abrindo a porta para novas tecnologias capazes de alavancar ainda mais as estratégias de redução de custos e aumento de eficiência, em conjunto com a nuvem. Por isso, não tenha medo de testar as inovações que podem surgir no caminho.
Por fim, se a empresa não conta com expertise para colocar em prática a implantação da nuvem, é muito importante contar com parceiros capacitados para guiar nessa jornada para o universo da computação em nuvem. Mas cuidado, há muitos provedores de serviços que prometem mundos e fundos na hora de implementar a cloud. Para não entrar em uma ‘fria’, procure conhecer as certificações e a reputação desses fornecedores. Afinal, somente um parceiro de verdade trataria o seu ambiente de TI como você mesmo faria.
*Tiago Miranda é diretor comercial da Microcity
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