* Por Marcelo Pereira, diretor da área de Gestão de Fornecedores do Mercado Eletrônico
Um meio para criar confiança no mercado ou elevar a integridade nos negócios? A governança corporativa atua de forma intrínseca em ambos quesitos. E para estar em conformidade com seus conceitos, investir em tecnologia é a melhor solução para organizar processos, políticas, leis e regulamentos que refletem no ambiente interno das corporações e na sociedade como um todo.
Antes dos anos 1990, as necessidades eram outras. As empresas brasileiras operavam com capital centralizado, diferente do que acontecia com as de capital aberto do Hemisfério Norte. Atualmente, embora o mercado de capitais ainda seja pequeno no Brasil, as transformações provocadas pela própria tecnologia e as novas relações de trabalho como a recente lei trabalhista, em vigor desde novembro de 2017, estão moldando o jeito de fazer negócios no país.
Entender como a governança corporativa interfere diretamente na confiança em que as pessoas depositam nas empresas é o primeiro passo para aplicá-la, já que e a gestão de riscos da cadeia de fornecimento vem se tornando a cada dia, mais importante. Em um cenário onde muitos empresários ainda estão incertos sobre como operar ou não estão cientes dos impactos destes riscos, a única certeza é a necessidade de mais planejamento e monitoramento dos fornecedores
De acordo com o levantamento do grupo de pesquisa sem fins lucrativos OCEG GRC (2014), 80% dos entrevistados afirmaram que suas organizações usam soluções isoladas de governança, risco e conformidade para departamentos com pouca ou nenhuma troca de informação entre eles – o que levou à falhas na cobertura de risco e a ineficiências globais.
A mesma pesquisa realizada em 2016 apontou um maior interesse por tecnologias de gerenciamento de riscos operacionais e corporativas, além de soluções para gerenciamento, desde o riscos geopolíticos e aqueles relacionados a terceiros (fornecedores), até questões de segurança de TI, Meio Ambiente, Saúde e Segurança Ocupacional, e de Plano de Continuidade de Negócio.
Smarthint
A velocidade na mudança do comportamento dos envolvidos vai de encontro à adoção da tecnologia como a melhor solução para unificar e gerenciar processos, mantendo a agilidade, a colaboração, a economia e, em especial, a governança.
No departamento de compras, a tecnologia fez com que essa transformação se acelerasse ainda mais. E, com sistemas de automação do processo de análise de compras, nunca foi tão fácil investigar as falhas do passado e fazer avaliações cuidadosas de riscos futuros para que a governança faça parte do DNA da empresa.
Os mecanismos usados nessa área facilitam cotações de preços, gestão de pedidos, leilões reversos e diretos, homologação e avaliação de fornecedores, gestão de catálogos e todas as funções inerentes às compras. O resultado? Mais eficiência, produtividade, segurança da informação e economia de custos operacionais.
Hoje, até as terceirizações podem ser gerenciadas. Com a automação da gestão de terceiros, os riscos de corresponsabilidade diminuem por meio do controle das informações de pagamento, recolhimento de encargos, segurança e saúde ocupacional dos colaboradores com mão de obra alocada.
Segundo um levantamento feito pela empresa de consultoria norte-americana Future Purchasing Consulting, as empresas que adotam programas de gerenciamento de fornecedores geram, em média, um valor adicional de 23%. Uma vez que as organizações investem em governança, ganham maior confiança interna e do mercado e consequentemente, maior vantagem competitiva e lucros – além de menores riscos.
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