A Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), que promove o crescimento acelerado da Internet Industrial no País, lança oficialmente seu programa de testbeds – experimentos controlados nos quais soluções de Internet Industrial são desenvolvidas e testadas em um ambiente que simula condições do mundo real e exploram o uso de tecnologias novas e existentes funcionando conjuntamente em um cenário inédito -, e que são utilizados para comprovar de forma prática a viabilidade técnica e econômica de produtos e serviços inovadores, potencialmente disruptivos.
A submissão de propostas de testbeds deve ser feita pelo site abii.com.br e está aberta a empresas, instituições de ensino e pesquisa, órgãos governamentais e para o público em geral. As propostas enviadas serão analisadas e selecionadas pelos especialistas que compõem os Grupos de Trabalho de Testbeds da ABII (GTT), considerando-se uma série de critérios, incluindo grau de inovação, impacto e potencial de aplicação em larga escala. As sugestões podem ser ligadas a diversos setores, incluindo manufatura, agronegócio, saúde, transportes, energia e cidades.
O proponente do testbed pode ser ou não associado da ABII, mas o desenvolvimento da solução e a execução dos experimentos aprovados serão realizados exclusivamente por empresas e entidades ligadas à Associação, que atuarão em conjunto e de forma coordenada, com o acompanhamento e a orientação do GTT. Os testbeds selecionados passarão ainda por um processo de alinhamento em relação aos padrões técnicos, tais como a Arquitetura de Referência – que visa garantir a adoção de conceitos universais -, garantindo a interoperabilidade entre os diversos sistemas de IIoT (Industrial Internet of Things).
A duração de um testbed depende de sua complexidade. Os mais simples podem ser executados em cerca de três meses e os mais complexos podem demandar até dois anos. O número de participantes em cada projeto também é variável, dependendo do número de tecnologias envolvidas. Por seu cunho colaborativo, testbeds também admitem o trabalho em conjunto de competidores tradicionais do mercado.
“Esperamos já aprovar entre três e cinco testbeds no nosso próximo encontro nacional, que acontecerá em setembro no Rio de Janeiro”, afirma o presidente da ABII, José Rizzo Hahn. “Esta é a nossa forma de passar da teoria à prática, na velocidade que a transformação digital requer”, conclui.
A Internet Industrial tem grande poder de transformação, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e desperdício de materiais. Experimentos controlados são a forma mais assertiva e econômica de comprovar estes benefícios em cenários inéditos ou que apresentem uma combinação de tecnologias novas e existentes, antes de sua aplicação em larga escala.
Potencial da Internet Industrial
Com grande potencial de transformação, especialistas estimam que até 2020 a Internet Industrial conectará 50 bilhões de coisas e que este mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na redução de custos, consumo energético e desperdício de materiais.
A Transformação Digital engloba tecnologias emergentes como inteligência artificial, nuvem, analytics, robótica avançada e internet das coisas. A aplicação isolada ou combinada destas tecnologias está criando novos modelos de negócio e tornando outros obsoletos – é neste contexto que avança a Internet Industrial -, conectando equipamentos e máquinas que operavam isoladamente e gerando grande volume de dados em tempo real.
O tratamento dessa massa de dados por softwares de análise gera informações capazes de criar ganhos de eficiência e vantagens competitivas acentuadas para as empresas de diversos setores, como manufatura, transporte, geração de energia e cuidados com a saúde.
A Associação Brasileira de Internet Industrial – ABII, fundada em agosto de 2016, atua com o objetivo de promover o crescimento e o fortalecimento da internet industrial no Brasil. Fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a colaboração e o intercâmbio tecnológico e de negócios com associações, empresas e instituições internacionais, além da realização de estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias e inovação.
Inspirada no Industrial Internet Consortium – IIC, criado em 2014, nos Estados Unidos, com o mesmo fim, pela IBM, GE e Intel; a ABII busca inserir o Brasil nesta revolução. Pollux, FIESC/CIESC e Embraco uniram-se para fundar a ABII, que já conta com cerca de 30 empresas associadas.
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