A digitalização conduz o setor educacional para uma transformação profunda. De acordo com ‘The Road to Digital Learning’, relatório de pesquisa divulgado pela Fujitsu, muitas escolas, faculdades e universidades lutam para acompanhar essas mudanças. A pesquisa, realizada com mais de 600 profissionais de TI, funcionários de escolas, faculdades e universidades de sete países distintos, a complexidade da operação é um dos motivos que desestimula a adoção de tecnologias digitais. Elas são dificultadas pelos antigos sistemas de TI e frustradas pela falta de recursos.
A maioria das escolas apresentam um longo caminho a percorrer antes de estarem prontas para investir em tecnologias avançadas, como aplicativos de estudo baseados em nuvem, realidade virtual ou aumentada – e reconhecem que devem colocar os alicerces certos e abordar lacunas de habilidades pessoais.
A pesquisa apontou que 87% das escolas primárias e secundárias não fornecem infraestrutura necessária aos estudantes: onde um dispositivo é compartilhado, em média, por três alunos. E, ao mesmo tempo, escolas, colégios e universidades se encontram sob uma pressão cada vez maior para atender às expectativas dos pais e alunos e continuar competindo – mais de três quartos (77%) esperam se tornar centros digitais de excelência nos próximos cinco anos.
A maioria dos estabelecimentos educacionais reconhecem o papel que a tecnologia desempenha no apoio da educação infantil e na criação de oportunidades. Cerca de 94% acreditam que a aprendizagem personalizada é “importante” ou “muito importante” e 84% sentem o dever de preparar seus alunos para um futuro digital.
Embora tenham objetivos ambiciosos para adotar a aprendizagem digital, mais da metade (51%) dos entrevistados admitiram que é difícil acompanhar as mudanças tecnológicas. Isso não é surpreendente: os educadores têm uma grande quantidade de desafios para dominar, incluindo o fato que os estudantes estão cada vez mais alfabetizados digitalmente e seus professores apresentam, geralmente, maior resistência com recursos digitais, de acordo com os resultados da pesquisa.
Enquanto mais da metade (54%) dos entrevistados classificaram a alfabetização digital de seus alunos como “excelente” ou “boa”, 88% concordaram que melhorar a competência digital para professores foi uma prioridade para os próximos 12 meses. Em muitos casos, isso significa que os educadores estarão focados em preparar os professores para adotar métodos e soluções de aprendizado digitais, além de capacitadores em novas tecnologias, como a tecnologia da nuvem.
Um grande número de estabelecimentos educacionais também luta contra desafios de infraestrutura. A má conectividade de rede e o hardware e software legítimos inadequados são uma dor de cabeça para muitos departamentos de TI educacionais, já que tentam encontrar a combinação certa de dispositivos, infraestrutura e aplicativos. Menos da metade (46%) dos entrevistados pensam que possuem os melhores dispositivos possíveis para suportar seus objetivos de aprendizagem digital, com dispositivos facilmente quebrados ou danificados por meio do uso dos alunos e prejudicados por uma segurança embutida limitada ou inexistente.
O equilíbrio dos níveis de acesso e segurança são uma prioridade para 97% dos profissionais de TI no setor educacional. Quase nove em cada dez escolas reconhecem a necessidade de reorganizarem seus dispositivos e sistemas, no entanto, orçamentos e recursos de TI são limitados. Atualmente, os orçamentos são utilizados, principalmente, em um nível de fundação. Por exemplo, 87% querem investir em suas redes sem fio nos próximos 12 meses.
Para Ash Merchant, Diretor de Educação da Fujitsu, a tecnologia digital traz diversas oportunidades para a educação. “Ela oferece aprendizagem mais personalizada e feedback de progresso, aprendizagem auto iniciada com acesso a qualquer momento e em qualquer lugar a recursos adicionais, e maior colaboração entre estudantes, professores e os pais. Conectividade, simplicidade e segurança são fundamentais para esse avanço”.
E não se trata apenas de fornecer tecnologia e dispositivos, mas sobre o apoio de professores e alunos para obter o máximo de novas tecnologias e preparar estudantes para o local de trabalho digital. “Na Fujitsu, acreditamos firmemente que se queremos preparar nossos filhos para o futuro digital, temos que investir na aprendizagem digital – e só conseguiremos isso se todos trabalharmos juntos através de uma colaboração contínua entre o setor de tecnologia e da educação ” conclui o diretor.
A pesquisa, conduzida por um instituto de pesquisa independente em nome da Fujitsu, ocorreu em março / abril de 2017 e envolveu uma série de entrevistas pessoais e telefônicas. O estudo envolveu 602 pessoas dentre escolas primárias financiadas pelo Estado e privadas, escolas secundárias, estabelecimentos de ensino superior e universidades, em sete países: Austrália, Alemanha, Hong Kong, Indonésia, Tailândia, Reino Unido e Estados Unidos. Além disso, participaram profissionais de TI onde tiveram que responder sobre suas ambições digitais, os desafios que enfrentam, as oportunidades que enxergam e suas prioridades de gastos.
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