Desde que lançou o seu programa de canal mundial, em 2016, a Sophos, fabricante inglesa de soluções de segurança para rede e endpoint, tem o Brasil como ponto estratégico para a expansão da atuação na América Latina. A região, segundo o country manager no Brasil, Marcos Tabajara, já estava nos planos da empresa desde a sua fundação, em 1985, mas só aconteceu agora porque a Sophos tinha o objetivo de crescer e fortalecer a atuação na América do Norte e Europa primeiro.
Com um crescimento na base de parceiros de 40% no último ano – a Sophos tem mais de 20 mil canais no mundo inteiro-, a empresa mira alguns nichos que considera estratégicos para consolidar sua participação de mercado para a venda de sua plataforma de end-protection. Segundo Tabajara, os setores de varejo, indústria e governo possuem grandes oportunidades de negócios. Na sua visão, a segurança tem que ser vista como estratégica, especialmente em tempos de alta conectividade.
“A Internet das Coisas trará mudanças abruptas, o que não nos restará alternativa a não ser tratar a segurança como essencial para os negócios”, explica. A avaliação de Tabajara vai ao encontro do novo papel que o CIO, principal contratante de sua tecnologia. “Ele não é mais só TI. Está mudando e olhando sob o prisma de negócios”, pontua. Tecnologias disruptivas estão no centro da estratégia da empresa, que recentemente adquiriu a Invincea, empresa focada em proteção contra malware de próxima geração. A aquisição adiciona aprendizagem avançada de máquinas ao portfólio de proteção de última geração para endpoint da Sophos.
Para que a mensagem fique clara aos parceiros, a Sophos, que tem as vendas 100% indiretas, realizou recentemente em Las Vegas sua conferência anual para parceiros, o Partner Conference. Lá, passou todas as diretrizes para os 500 parceiros presentes, entre eles 17 brasileiros. Tabajara conta que o programa de canais da empresa, o Sophos Partner Program, foi adaptado para a América Latina, justamente por conta das particularidades de se fazer negócios na região. “Por conta da carga triutária, aumentamos a margem para as diferentes categorias de parceiros. Além disso, diminuímos o rating para o registro de oportunidades. Enquanto no mundo é US$ 5 mil, na AL é US$ 2,5 mil”, afirma o executivo.
Depois de realizar a primeira fase da implementação do programa local, que teve início com a contratação de Oscar Chavez-Arrieta para comandar a região, Tabajara avalia que o Brasil está no rumo certo determinado pela companhia. No Brasil, a empresa possui 410 canais. Por aqui, a estratégia na fase 1 foi fazer uma limpeza na base de distribuidores. De sete, ficaram quatro: Axyon, M3Corp, Ingram Micro e Arrow. O próximo passo foi conhecer os canais atuantes para identificar quais realmente traziam valor para a empresa. Agora, segundo Tabajara, o momento é de recrutar e trazer novos canais. Sem revelar números, o executivo afirma que a expectativa é muito boa. “Os canais entenderam a mensagem”, ressalta.
A busca pelos novos parceiros se dá em dois mercados: em nichos de atuação e grandes resellers. Segundo Tabajara, a ideia é ter somente canais especializados em segurança para atuar em setores específicos. “Condomínios residenciais e comerciais têm uma grande demanda por soluções de segurança, por exemplo”, destaca. No caso dos resellers, o executivo explica que a empresa não precisa ter atuação focada em segurança, mas deve ter, no mínimo, uma unidade de negócios para a tecnologia.
Leia nesta edição:
CAPA | TECNOLOGIA
Centros de Dados privados ainda geram bons negócios
TENDÊNCIA
Processadores ganham centralidade com IA
TIC APLICADA
Digitalização do canteiro de obras
Esta você só vai ler na versão digital
TECNOLOGIA
A tecnologia RFID está madura, mas há espaço para crescimento
Baixe o nosso aplicativo