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Netscout quer elevar o nível de parceria com o Canal e busca novos integradores

Um novo programa de Canais será divulgado em 2025 e promete mais incentivos, descontos, treinamentos e certificações; estão na mira grandes consultorias e Provedores de Serviços Gerenciados

Netscout quer elevar o nível de parceria com o Canal e busca novos integradores

A Netscout Systems, empresa global de soluções de gerenciamento de desempenho, segurança cibernética e proteção contra ataques DDoS, protegendo o mundo conectado contra ataques cibernéticos e interrupções de desempenho e disponibilidade por meio de sua plataforma de visibilidade exclusiva e soluções alimentadas por sua tecnologia de inspeção profunda de pacotes em escala, está com grandes planos para o Brasil em 2025. A empresa está redesenhando seu programa de Canais e procura novos parceiros integradores que atuem nos segmentos de mineração e utilities.

Segundo contou Enrique Martinez, diretor regional de Canais Latam da Netscout, o novo programa de Canais trará mais incentivos, descontos, treinamentos e certificações. “Estamos buscando parceria com empresas que ofereçam serviços diferenciados. Queremos ajudá-los a criar novas ofertas de serviços. Também estamos conversando com grandes consultorias para que eles possam oferecer aos seus clientes soluções que aproveitem as tecnologias que eles já compraram. Por exemplo, normalmente as empresas não usam nem 50% da capacidade de um firewall, quase sempre ele é subutilizado”, afirmou.

A Netscout atua hoje no Brasil com 12 integradores, sendo dois maiores, como Logicalis e NTT Data ,e outras de menor porte, além de distribuidores como TD Synnex e Acorp. A empresa também mantém parcerias com duas grandes operadoras de telefonia, a Claro e a Vivo, que monetizam as soluções de visibilidade da Netscout com ISPs regionais.

“A Netscout é uma empresa que investe muito em tecnologia, com centros de pesquisas e desenvolvimentos nos EUA e na Índia. Nós não somos uma empresa de infraestrutura, não temos roteadores, LAN, WAN, Wi-Fi etc. Mas somos a empresa que vai garantir que isso tudo funcione bem e não traga riscos em termos de ataques, infiltração, extração de dados, sequestros e esse tipo de ações que temos visto por aí”, disse Geraldo Guazzelli (foto), country manager da Netscout no Brasil. “A América Latina é uma região importante para nós, investimos muito na região, apesar de não ser muito grande atualmente em termos de negócios, mas tem um potencial de crescimento bastante significativo”, completou.

Guazzelli explicou que a Netscout não atua diretamente nos clientes e nem temos planos para isso, pois tudo é feito pelos Canais. “A nossa primeira linha de clientes são os integradores. O nosso relacionamento é com parceiros, integradores e Provedores de Serviços Gerenciados (MSP), este último é o nosso principal foco para expandir os nossos negócios”, explicou. “Queremos elevar o nível da parceria com nossos Canais. O modelo de atuar com integradores é muito comum, poucos são os fabricantes que atuam diretamente, que possuem grandes infraestruturas para isso, pois é um modelo que não escala, tem grandes riscos e custos altos. É o integrador que vai ao mercado identificar as necessidades dos clientes. Nós somos o cérebro, que sustenta o integrador. Temos um ecossistema pequeno, mas com parceiros muito bem capacitados técnica e comercialmente”, afirmou.

Ainda segundo Guazzelli, os grandes bancos, as grandes operadoras, as grandes empresas de mineração e utilities já usam as soluções da Netscout. “O desafio agora é levar para o meio da pirâmide, eles sabem que precisam de soluções como as nossas. Queremos ter serviços gerenciados com dois ou três integradores por meio de SOC ou NOC – isso os grandes integradores já têm -, para monitorar a infraestrutura. A nossa solução está 100% virtualizada, roda no hardware do cliente ou terceirizado, roda em Cloud ou Data Center e o nosso modelo é de subscrição, o cliente não precisa compra licenças”, explicou.

Ataques de DDoS em alta

Netscout divulgou os resultados de seu Relatório de Inteligência de Ameaças DDoS 2024, do primeiro semestre do ano, indicando um aumento impressionante de 43% no número de ataques de nivel de aplicação e  aumento de 30% nos ataques volumétricos, especialmente na Europa e no Oriente Médio. A duração dos ataques é variável, com 70% durando menos de 15 minutos. A escalada envolve diversos atores de ameaças, incluindo hacktivistas que visam infraestruturas críticas nos setores bancários e financeiros, governamentais e serviços públicos. Esses ataques representam ameaças significativas ao interromper serviços civis vitais em países que se opõem às ideologias dos hacktivistas. Indústrias-chave, que já vêm enfrentando ataques multivetoriais frequentes e intensos, vivenciaram aumento de 55% nos últimos quatro anos.

“As atividades de hacktivismo continuam a causar problemas para organizações globais, com ataques DDoS cada vez mais sofisticados e coordenados contra múltiplos alvos simultaneamente”, afirmou Richard Hummel, diretor de Inteligência de Ameaças da Netscaout. “Com adversários utilizando redes mais resilientes e difíceis de desmantelar, a detecção e mitigação tornam-se mais desafiadoras. Este relatório oferece às equipes de operações de rede informações valiosas para ajustarem suas estratégias e se manterem à frente dessas ameaças em constante evolução”, completou

De acordo com o relatório, o Brasil sofreu um total de 372.825 ataques DDoS no primeiro semestre de 2024, (contra 357.422 ataques do último relatório, do 2º semestre de 2023 – um aumento de cerca de 4,3%) um pico de largura de banda de 798,72 Gbps e uma taxa de transferência máxima de 80,43 Mpps, com uma duração média de ataque 51 minutos. Os principais vetores de ataque incluíram amplificações ARMS, COAP, DNS e ICMP.

O top 5 dos setores/industrias mais atacadas pelo cibercriminosos foram: Processamento de Dados e Serviços Relacionados (com 24.753 ataques), Operadoras de Telecomunicações com Fio (com 20.438 ataques), Transporte Rodoviário de Cargas Gerais (com 19.851 ataques), Portais de Busca na Web e Outros Serviços de Informação (com 7,511 ataques) e Organizações Religiosas (com 4,204 ataques).

 

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