Qualidade dos dados e lacuna de conhecimento são desafios para IA, diz Cloudera

A pesquisa “The State of Enterprise AI and Modern Data Architecture” realizada em abril e maio pela Cloudera, plataforma híbrida de dados e IA, revelou que, embora a maioria das empresas esteja adotando a IA em alguma capacidade (88%), muitas organizações ainda não têm a infraestrutura de dados adequada e o conhecimento dos colaboradores para realmente se beneficiarem dessa tecnologia.

O levantamento, que é baseado em uma pesquisa com 600 líderes de TI localizados nas regiões dos EUA, EMEA e APAC, busca explorar os desafios e as barreiras existentes para a adoção da IA empresarial. Além disso, o relatório apresenta planos para a adoção da IA, o estado da infraestrutura de dados e os benefícios do gerenciamento de dados híbridos em relação à adoção da IA corporativa.

Nos últimos anos, a IA se tornou um fenômeno global, principalmente por sua capacidade de turbinar as operações de negócios, acelerar a tomada de decisões e a inovação, assim como aprimorar as experiências de funcionários e clientes. No entanto, nem todas as organizações conseguiram colher os benefícios. A pesquisa constatou que as principais barreiras à adoção da IA foram: as preocupações com os riscos de segurança (74%), não ter o treinamento ou talentos adequados (38%) e o custo das soluções (26%). Essas descobertas indicam que, apesar da rápida adoção no mundo, muitos pilares de uma estratégia de IA resiliente estão sendo negligenciados ou esquecidos.

Uma descoberta importante da pesquisa é que todos os esforços de IA estão, em última análise, vinculados a dados confiáveis. Embora 94% dos entrevistados tenham dito que confiam em seus ativos, 55% também disseram que prefeririam tratar seus dados de forma abrangente e sem silos de informação. Essa frustração é motivada por desafios que incluem conjuntos de dados contraditórios (49%), incapacidade de controlar dados entre plataformas (36%) e excesso de dados (35%). Essas áreas de frustração indicam que muitas empresas carecem de uma arquitetura de dados moderna, que democratize o acesso aos dados em toda a organização – onde quer que eles estejam – de forma segura, acessível e confiável.

Desde a automação e a simplificação dos processos de TI até a criação de chatbots de forma rápida e eficaz, a pesquisa revela que os principais casos de uso da IA incluem a melhoria das experiências dos clientes (60%), o aumento da eficiência operacional (57%) e a agilização da análise dos dados (51%).

Melhorar a experiência do cliente: as empresas estão aplicando a tecnologia de IA para aprimorar a segurança e a detecção de fraudes (59%), automatizar aspectos do suporte ao cliente (58%), alavancar o atendimento preditivo ao consumidor (57%) e potencializar os chatbots (55%), tudo com o objetivo de proporcionar aos clientes uma experiência mais segura, simples e intuitiva.

Aumento da eficiência operacional: a IA está sendo integrada em quase todas as facetas dos negócios. A pesquisa constatou que os departamentos de TI não são os únicos a usar a IA. 52% dos entrevistados relataram usá-la para atendimento ao cliente, e 45% indicaram que ela é usada para marketing, como a análise de dados de call center para personalização de ofertas.

Agilizar a análise de dados: o acesso mais rápido, mais fácil e mais confiável à análise de dados, significa melhores tomadas de decisão e vantagem competitiva. Quase 80% dos entrevistados afirmaram que sua empresa está usando toda a gama de dados disponíveis para decisões de negócios mais inteligentes.

“A adoção da IA está crescendo rapidamente, mas ainda vemos barreiras significativas que impedem as empresas de colherem todos os benefícios dessa tecnologia. A pesquisa destaca que a falta de uma infraestrutura de dados e a escassez de conhecimento são desafios cruciais que precisam ser superados. Para que as empresas possam transformar suas operações e impulsionar a inovação, é essencial investir em arquiteturas de dados modernas e seguras, além de capacitar os colaboradores”, destacou Rubia Coimbra, vice-presidente da Cloudera na América Latina.