Aprendizados das implementações de operadoras Open RAN

Na palestra ministrada por Sandro Tavares, diretor Telecom Solutions Marketing da Dell, durante o Futurecom 2023, foram compartilhadas percepções profundas e estudos de caso significativos sobre o mercado de telecomunicações. O especialista abordou sobre a evolução do Open RAN e suas implicações no setor.

Panorama do mercado e desafios iniciais do Open RAN
Tavares começou contextualizando a atual situação do mercado de rádio aberto, abordando a expectativa inicial de uma adoção mais rápida do Open RAN e os desafios que atrasaram esse processo.

Ele ressaltou que: “Vários fatores impactaram a adoção do Open RAN, como desenvolvimento tecnológico, performance e custo das soluções comparadas às tradicionais”.

“Estamos vendo agora uma maior movimentação para superar esses desafios iniciais”, disse o representante da Dell.

Futuro das redes desagregadas e Cloud Native
Uma visão compartilhada foi a transição iminente não apenas para o Open RAN, mas também para redes desagregadas baseadas em arquiteturas Cloud Native.

Tavares destacou a inevitabilidade dessa transformação e a perspectiva consensual de que essa mudança não é uma questão de “se”, mas sim de “quando” acontecerá.

Casos de implementação: DISH e Vodafone
O palestrante apresentou dois casos distintos de implantações de Open RAN. O primeiro envolveu a DISH, uma operadora nos Estados Unidos, que construiu a primeira rede 100% baseada em Cloud Native e Open RAN.

“A Dell tem o privilégio de ser um parceiro- chave na implantação da rede 100% baseada em padrões Cloud Native e 100% baseada em 5G Open RAN para a DISH”, declarou Tavares

Já o segundo caso, com a Vodafone, demonstrou a transição bem-sucedida para o Open RAN, mantendo a performance da rede e controlando os custos, sem impacto para os usuários finais.

Tavares ressaltou também a colaboração entre várias empresas, incluindo a Dell, na prestação de serviços e infraestrutura.

Lições aprendidas e desafios futuros
Tavares compartilhou lições valiosas derivadas dessas implementações, abordando aspectos como consumo de energia, custos, maturidade das soluções e segurança.

Ele enfatizou a importância da automação, dizendo que o processo “[…] é fundamental para escalar e enfrentar desafios futuros. Sem isso, o suporte às aplicações industriais e o lançamento de serviços será limitado”.

O especialista também opinou que “nenhuma empresa pode prosperar isoladamente no novo mercado de telecomunicações. O sucesso está na colaboração, abertura do ecossistema e na aceleração da inovação”.

O futuro das telecomunicações é de parcerias e inovação
A palestra de Tavares ofereceu ainda uma visão abrangente do atual estado e das futuras perspectivas do mercado de telecomunicações.

Ele pontuou a necessidade de colaboração, abertura do ecossistema e aceleração da inovação para enfrentar os desafios em constante evolução do setor.

O sucesso no novo cenário de telecomunicações está intrinsecamente ligado à colaboração entre empresas e à prontidão para abraçar novas tecnologias. Reflete-se, assim, um setor dinâmico, em constante adaptação e evolução.

Redação Futurecom Digital