book_icon

No próximo ano, a IA generativa será o centro da estratégia da Dell Technologies

Segundo os executivos da empresa, ao passar da fase de experimentação da IA generativa para a produção, as empresas terão de decidir quais projetos priorizar e qual infraestrutura utilizar, entre outras questões

No próximo ano, a IA generativa será o centro da estratégia da Dell Technologies

A Dell Technologies revelou na segunda-feira (4/12), em um webinar para a imprensa da América Latina, as suas previsões para 2024. Participaram do evento John Roese, CTO global da empresa, e Luís Gonçalves, presidente para a América Latina da companhia. A IA generativa foi o centro de toda a conversa e deverá nortear a estratégia da fabricante no próximo ano.

“O ano que vem será o segundo ano da IA generativa, que começou no ano passado. Acreditamos que a tecnologia vai passar da teoria para a prática. Claro que falamos muito sobre IA generativa este ano e muitos já tiveram experiências com serviços com IA generativa conversacional, aplicações de negócios que foram disruptivas, mas no geral, este foi um ano de experimentação, mais de teoria. A IA generativa vai ter um impacto muito maior do que temos visto até agora”, afirmou Roese. “Mas para que isso aconteça, as empresas precisam se sentir à vontade com a tecnologia e começar a implementá-la diretamente em suas estruturas organizacionais. Esperamos que isso comece a acontecer a partir do ano que vem”, observou.

Em 2024, passaremos de um mundo em que Zero Trust é um termo de impacto para um mundo em que tecnologia, padrões e até mesmo certificações reais surgirão para esclarecer o que Zero Trust realmente significa

Na América Latina, segundo Golçalves, houve um grande crescimento das oportunidades para implementação de IA, graças a uma abertura geral à tecnologia e a um forte sentido de experimentação. O executivo destacou os resultados recentes do estudo do Dell Innovation Index, que mostraram que as empresas regionais enxergam claramente o poder da tecnologia para possibilitar a inovação e as consequências de ficar para trás.

“No Brasil, a grande maioria (97%) das organizações está ativamente buscando tecnologias transformadoras para atingir suas metas de inovação. Essa mentalidade de liderança coloca a América Latina em uma via acelerada, assimilando insights de regiões com maturidade em IA para avançar rapidamente na implementação de casos de uso locais significativos. Nesta era de evolução orientada por dados, a Dell é uma orquestradora única, guiando estrategicamente os clientes pelo ecossistema de IA em evolução e garantindo a infraestrutura essencial, escalável e eficiente necessária para reduzir a complexidade dos pilotos de IA”, afirmou.

Segundo o CTO da Dell, primeiramente a empresa precisa desenvolver e treinar um modelo que descreva o que ela está querendo fazer. Em segundo lugar, é preciso colocar este modelo em produção, o que é chamado de inferenciação. “Em 2024, veremos mais casos de uso de IA generativa em produção, e quando isso acontecer, a IA vai mudar. As empresas terão de pensar na infraestrutura, que é diferente da infraestrutura de treinamento. Houve pouca discussão de como desenvolver uma infraestrutura para a produção, onde ela será colocada”, observou Roese. “Um sistema que possa dar informações sobre os produtos da empresa para os funcionários internos pode ser alocada no Data Center, mas se o público for todos os funcionários de todas as filiais, sabemos que a melhor opção é que a inferenciação ocorra onde os dados residem, que muitas vezes não estão no Data Center”, comentou.

As empresas também deverão pensar no custo operacional, já que os custos para treinamento da IA generativa é diferente de quando ela entra em produção. Em geral, se faz o cálculo baseado no número de transações que entram e saem do modelo. Um modelo que para criar não custa muito, quando entra em produção e tiver, por exemplo, 1 milhão de usuários interagindo com ele, os custos podem ser muito elevados. Para Roese, a discussão se dará em como conseguir os melhores aspectos econômicos para a operação.

Ainda de acordo com Roese, após o surgimento da IA generativa, as pessoas passaram a imaginar onde poderiam utilizar essa tecnologia. “Aqui na Dell, por exemplo, temos mais de 300 projetos em andamento na aplicação de IA generativa em diferentes áreas. Mas a realidade é que não temos pessoas e recursos suficientes para isso e muitas empresas também não. As empresas devem priorizar os projetos de IA que tragam mais retorno e uma diferenciação no mercado. Utilizar IA generativa no RH, por exemplo, pode ser bom, mas não trará uma diferenciação e uma vantagem competitiva”, comentou.

Futuro da IA

Olhando mais adiante no futuro, Roese destacou que a computação quântica lida com o importante problema de demanda extrema de recursos computacionais exigidos para a GenAI e para a maioria da IA em grande escala. Ele antecipa que a computação quântica gerará um grande salto na habilidade dos sistemas de Inteligência Artificial. A base computacional da IA moderna acabará se tornando um sistema quântico híbrido em que o trabalho de IA é distribuído em um conjunto de arquiteturas de computação diversas, incluindo unidades de processamento quântico.

Segundo Roese, as empresas reconhecerão que há duas formas de criar uma Borda moderna: a proliferação de Bordas únicas ou uma plataforma de borda Multicloud. A segunda opção, adotar uma abordagem de “plataforma de Borda” na qual a Borda moderna se torna uma extensão da infraestrutura Multicloud, é o caminho a ser seguido.

Com os dados permanecendo centrais no futuro, extrair valor deles será crucial para gerar oportunidades de negócios transformadoras. Segundo Gonçalves, embora a abordagem Multicloud tenha evoluído na América Latina, estratégias intencionais são necessárias para fornecer inovação e agilidade nos negócios. “Adoções recentes e amplas de tecnologias, como o 5G, Nuvens e Bordas, impulsionaram transformações importantes nos negócios na região com impacto direto para os clientes. Muitos serviços foram automatizados desde 2020”, afirmou Gonçalves.

Zero Trust fortifica a Borda

Com a democratização da IA, e com mais dados e informações migrando para a borda, o gerenciamento de dados se torna cada vez importante. “2023 foi repleto de discussões sobre Zero Trust e a importância dela nos esforços de cibersegurança do mundo. Em 2024, passaremos de um mundo em que Zero Trust é um termo de impacto para um mundo em que tecnologia, padrões e até mesmo certificações reais surgirão para esclarecer o que Zero Trust realmente significa”, afirmou Roese.

Roese também destacou que o projeto Fort Zero da Dell chegará ao mercado em 2024 como o primeiro sistema de Nuvem comercial privada de Zero Trust completa no setor, abrindo caminho para a adoção da Zero Trust em vários setores.

Serviço
www.dell.com

Últimas Notícias
Você também pode gostar
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.