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Lenovo foca em Inteligência Artificial e almeja levar IA para todos

Em evento realizado na quarta-feira em São Paulo, Ricardo Bloj, presidente da Lenovo Brasil, detalhou a visão da companhia em IA e sua estratégia, que inclui os parceiros de Canal

Lenovo foca em Inteligência Artificial e almeja levar IA para todos

A Lenovo Brasil realizou na quarta-feira (22/11) a sua versão do evento Tech World 2023, que a exemplo do evento nos EUA (24 e 25/10), teve como tema “IA para Todos”. A grande atração foi um sistema de tradução de Libras, que utiliza visão computacional baseado em IA para interpretar a linguagem brasileira de sinais e transformar em texto e voz. O sistema foi desenvolvido pela equipe brasileira com a ajuda do desenvolvedor de software Gabriel Petricevich (foto), que também esteve no evento dos EUA fazendo a demonstração.

Ele subiu ao palco e uma câmera capturou os movimentos precisos das mãos de Gabriel enquanto um mecanismo de IA original criava uma tradução de texto e voz em tempo real. A nova tecnologia está preparada para transformar a vida de inúmeras pessoas, entre elas os 2,3 milhões de pessoas no Brasil que são surdas ou com deficiência auditiva.

A equipe de P&D construiu a solução de IA para facilitar as interações onde um intérprete de linguagem de sinais pode não estar disponível – de lojas a hospitais – para aumentar a autonomia e criar conexão.

Invisíveis no cenário do Tech World, os servidores de ponta da Lenovo forneceram o poder computacional necessário para executar a IA e interpretar os dados densos capturados enquanto Gabriel fazia uma saudação. Embora a computação em Nuvem seja uma opção, os servidores de Borda fornecem maior velocidade e confiabilidade no local exato em que a IA é necessária.

“Temos imenso orgulho de tudo que temos feito, primeiro porque saímos na frente, a Lenovo está liderando esse processo de IA não somente no Brasil, mas no mundo. Segundo, porque estamos conseguindo tornar a IA inclusiva, não deixando ninguém para trás, levando a Inteligência Artificial para todos. Isso é somente o início da jornada, estamos apenas começando”, disse Ricardo Bloj, presidente da Lenovo Brasil.

Desafios

Segundo o executivo, as possibilidades que se abrem de levar o potencial da IA para as empresas e para a vida das pessoas é enorme, mas há ainda desafios críticos. O primeiro são os dados que serão processados e irão alimentar os Modelos Fundacionais para gerar conteúdos dos sistemas de IA. “Modelos Fundacionais são grandes modelos de IA, treinados com uma vasta quantidade de dados e alinhados a sistemas que podem ser adaptados para uma ampla gama de tarefas”, comentou Bloj.

Ele explicou que existem três tipos de Modelos Fundacionais: o Público, que é o que as pessoas conhecem, como o ChatGPT, que acessa informações na Internet e é conhecida como IA generativa; o segundo é o Privado, que seria das empresas, que é fechado, em que as empresas poderão utilizar seus dados, seja de um ERP, CRM ou RH, para gerar informações para seus usuários. Já o terceiro é o Pessoal, que usa dados pessoais.

“Existe um dilema, pois quando o usuário quer precisão nas informações, é preciso compartilhar dados com o sistema, dados pessoais e das empresas. No momento que este sistema é aberto, se torna público, mas as empresas querem eu as informações fiquem contidas em seus ambientes”, disse Bloj (foto). “No Tech World em Austin (EUA), em outubro, falamos que a Lenovo vem trabalhando no conceito de IA híbrida e como os nossos sistemas, nossos servidores, desktops, notebooks, smartphones e tablets vão trabalhar neste conceito. A IA se tornou real e relevante, e já está transformando as nossas vidas. Sem dúvida, o Pessoal do Personal Computer vai ser redefinido, se transformará em um gêmeo digital, uma extensão do usuário com os assistentes virtuais. Ele estará nos dispositivos como Modelo Fundacional pessoal, sempre aprendendo com o usuário, seus hábitos, informações, modelando, melhorando e cada vez mais com uma integração com o usuário. De modo geral, vai permitir fazer um trabalho melhor. O notebook ou smartphone vai saber mais de você do que você mesmo”, comentou Bloj.

Olhando para o hardware, continuou o executivo, ele terá um processamento mais veloz. “Estamos falando de novos silícios, de NPU – Neural Processing Unit. Já estamos acostumadas a falar de CPU, GPU e agora NPU. A Lenovo já anunciou produtos com essa nova arquitetura, que dirá processar todos os trabalhos de IA com muito mais velocidade. Também precisará ter um consumo de energia mais reduzido, apesar de ter mais potência. O terceiro ponto, com a IA a segurança cibernética terá um novo desafio, pois às vezes se compartilhará dados públicos, vai gerar mais informações e como essas informações serão protegidas no dia a dia”, explicou.

Para os parceiros de Canal presentes no evento, Bloj observou que um novo ciclo de substituição de PCs está nascendo, beneficiando todo o ecossistema. “Com as novas tecnologias, será preciso cada vez mais poder computacional na Borda e os servidores precisarão atender uma demanda enorme de processamento. Isso é uma oportunidade para todos nós. Por isso, a Lenovo anunciou que irá investir US$ 1 bilhão nos próximos três anos, especialmente em IA, em várias áreas – hardware, sistemas, soluções – temos mais de 150 soluções, criamos um ecossistema de IA para desenvolver soluções e aplicativos com parceiros e estamos disponibilizando mais de US$ 100 milhões para isso”, infirmou Bloj.

Novo chip

Claudia Muchaluat, presidente da Intel Brasil, esteve presente no evento e esclareceu como a estratégia da Intel se encaixa neste novo conceito de IA. “O Brasil está no Top 10 em termos de economia e população e no Top 5 no uso do ChatGPT, então, temos uma maturidade grande na adoção de tecnologia e uso da IA. A Intel vai anunciar dia 14 de dezembro o primeiro AI PC da indústria, o Intel Core Ultra (codinome Meteor Lake)”, revelou Claudia. “Trata-se de um chip totalmente otimizado para IA, tem uma série de mecanismos e otimizadores. A gente fala no conceito de XPU, uma combinação de CPU, GPU e NPU. Além da otimização de performance, tem um preocupação com eficiência energética”, completou.

Para o público do evento, a presidente da Intel Brasil afirmou que historicamente, a fabricante sempre vai ao mercado através do ecossistema. “Para nós, uma forma de superar os desafios é através da colaboração com os nossos parceiros. Por isso estamos trabalhando com o nosso ecossistema e mais de 100 ISVs globalmente para acelerar o time-to-market no desenvolvimento de soluções otimizadas para rodar em cima da plataforma e extrair todos os benefícios que ela oferece”, comentou.

Segundo a executiva, não é somente o hardware que importa, mas como se combina o hardware com o software e a plataforma de desenvolvimento. “Na Intel temos o OpenVino, que é uma plataforma aberta de desenvolvimento para IA, que acelera muito o time-to-market dos desenvolvedores, de meses para dias”, afirmou.

Serviço
www.lenovo.com

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