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Com infraestrutura e aplicações descentralizadas, Observabilidade ganha espaço

Hoje, se fala muito em contêineres, clusters e Kubernetes, com isso, nasceu um novo conceito para dar visibilidade em uma arquitetura descentralizada, que é a Observabilidade

Com infraestrutura e aplicações descentralizadas, Observabilidade ganha espaço

Segundo um estudo do Gartner, até 2024, 30% das empresas que usam arquiteturas de aplicações distribuídas terão implementado soluções de Observabilidade. Em 2020 essa marca estava em 10%. A tendência é corroborada pelo relatório 2022 Observabilidade Forecast, estudo realizado em 2022 a partir de entrevistas com 1.614 profissionais de todo o mundo. De acordo com o relatório, 82% das organizações usaram 4 ou mais ferramentas de Observabilidade; 27% delas obtiveram Observabilidade full-stack e, finalmente, 5% empregam práticas de Observabilidade maduras. Nesta entrevista, Alex Camargo (foto), CTO da Delfia, explica o que é essa tecnologiae como vem evoluindo

Observabilidade é um dos pilares da Delfia. O que é essa tecnologia?

Antes, todas as empresas falavam em monitoração do ambiente de infraestrutura e das aplicações. As arquiteturas eram monolíticas, havia um servidor que rodava a aplicação e um banco de dados, eles se comunicavam, mas não era escalável, dava muitos problemas de performance. Teve uma grande transformação na arquitetura de aplicações, com tudo agora como microsserviços, tudo nascendo na Nuvem. Hoje, se fala em contêineres, clusters e Kubernetes. Com isso, nasceu um novo conceito para dar visibilidade em uma arquitetura descentralizada, que é a Observabilidade. Hoje tenho workloads rodando em várias Nuvens, uma parte da camada de login na AWS, a camada de pesquisa no Azure e outra camada em casa, rodando on-premises dentro de um cluster. Como faço para monitorar tudo isso? Como relaciono tudo isso e entrego agilidade? A aplicação ganhou agilidade, mas como levo agilidade para a monitoração? Assim, nasceu a Observabilidade.

Como funciona a Observabilidade?

Ela é montada em três pilares: métrica, trace e log. Métrica é tudo o que é coletado no âmbito de infraestrutura. Os traces são basicamente as chamadas da aplicação, as linhas de código, onde de fato vou entender onde está o problema ou ocasionando a lentidão. O log, por último, vem para cercar tudo isso, como se fosse um dome que dá o contexto. Antigamente dava um problema na aplicação eu tinha de ver a infraestrutura, depois a linha de código, mas quem está contando essa história é o log. Antes, para fazer uma análise de log se ia ao servidor, via linha a linha até achar onde estava o erro. Hoje, com a Observabilidade, quando nasce uma de experiência de usuário, por exemplo, desde o momento de ele abrir o app da loja virtual no celular até concluir a operação, a Observabilidade identifica e unifica tudo isso dentro de um quesito de correlação com métrica, trace e log, contando toda a história e facilitando a análise de causa-raiz. A Observabilidade veio para trazer essa agilidade para os ambientes modernos.

Como a Delfia atua neste segmento?

A Delfia trabalha com monitoração há mais de 20 anos e desde 2018 oferecemos soluções de Observabilidade, somos pioneiros no Brasil. Temos apoiado as empresas a adotarem essa tecnologia. Porém, não adianta fazer um investimento alto em uma solução se não tiver um apoio em curadoria, que é o posicionamento da Delfia, ser um curador. Isso significa apoiar o cliente a extrair o melhor do seu investimento. Hoje, dentro da Observabilidade, existe um capítulo de Real User Monitoring, em que monitoro em tempo real as atividades dos clientes, tanto no app quanto no browser. Antes, a monitoração e a Observabilidade ficavam somente no consumo de tecnologia, hoje trago para um ambiente que consiga trazer valor ao negócio, mostrando quais são as áreas do site mais acessadas, as sessões dos usuários gravadas, uma análise de playlist mostrando como ele está se comportando dentro do app ou dentro da loja virtual. Será que não preciso mudar este botão para ser mais user friendly? Assim, a Observabilidade trouxe um quesito disruptivo. Não alimento somente a necessidade de tecnologia, mas entrego muito insight ao negócio.

Como é o uso da Observabilidade em segurança?

A segurança entrou agora tão enraizada em Observabilidade que acabará virando um pilar. Hoje, dentro da Nuvem, todos acham que estão seguros, o que não é verdade, também estão expostos a ameaças. A Observabilidade, atrelada a performance das aplicações, vem trazendo essas questões de segurança para ambientes modernos. A Observabilidade faz uma análise da postura da Cloud (CSPM, Cloud Security Posture Management), onde olho se essa conta da Cloud está segura, se está vulnerável a ameaças externas. Uma falha de performance pode estar atrelada a uma vulnerabilidade, como um ataque cibernético. Também há uma questão de microsegmentação, tenho vários contêineres com várias maquininhas virtuais rodando ali espalhadas, nascendo e morrendo a cada segundo para conseguir escalar, e com isso tenho uma comunicação entre esses contêineres. Se eu tiver uma anomalia neste meio, preciso alertar. A Observabilidade vem para cobrir isso. Além de garantir a performance, também garante a segurança do ambiente.

Quais as áreas de negócio da Delfia?

Hoje, a Delfia tem dois grandes pilares, de tecnologia e de serviços. Dentro da oferta de serviços temos DevSecOps, Observabilidade e Segurança. Acompanhamos os clientes desde a esteira de desenvolvimento da linha de código sendo gerada, passando por essa aplicação disponível para que o usuário acesse; a gente monitora e olha no quesito de curadoria que aquela aplicação está sendo bem assistida, bem atendida para os clientes dos nossos clientes e eu também coloco uma camada de segurança sobre isso. Quem entrega tudo isso e faz essa gestão de curador depois que a gente entrega a chave para o cliente é a área de Serviços Gerenciados. Hoje temos um curador especializado dentro dos nossos clientes levando a adoção das nossas soluções.

Quais os parceiros tecnológicas da Delfia?

Sempre buscamos as melhores soluções que o mercado necessita, principalmente as tecnologias emergentes, que ainda não estão no mercado brasileiro, pois buscamos o pioneirismo. Dentro de Observabilidade, trabalhamos com Datadog, AppDynamics e SolarWinds; em DevSecOps temos GitLab e Harness; e em Segurança trabalhamos com Orca Cybersecurity, Zscaler e Appdome. Somos o maior parceiro Datadog na América Latina, ganhamos um prêmio este ano em um evento nos EUA, fomos escolhidos Parceiro do Ano de 2023 por causa dos clientes na AL, os nossos projetos e qualidade de entrega.

Quais as oportunidades para a Observabilidade?

A principal vertical que vemos oportunidades hoje é o setor Financeiro, as fintechs e os bancos digitais, eles são os grandes consumidores de Observabilidade. Outro segmento é o Varejo online, que foi impulsionado pela pandemia. Depois vem os segmentos de Saúde e Serviços. A indústria ainda não adotou essa tecnologia.

A Observabilidade tem adotado a Inteligência Artificial?

Hoje, os principais players do mercado já têm IA não supervisionada. Ela faz um aprendizado de todo o ambiente e começa a analisar – mediante ao comportamento desta aplicação, correlacionando com esta métrica, pode ser que você tenha um problema daqui a algumas horas ou dias. Todas as soluções já possuem uma IA neste sentido. O ChatGPT hoje está muito no hype e as soluções estão incorporando IA generativa em que se conseguirá fazer um trabalho de primeiro atendimento, por exemplo. O usuário pode perguntar onde está o problema de performance em determinado app. A IA vai vasculhar o ambiente, identificar os problemas e dizer quais providências tomar. As soluções hoje já estão vindo com esses recursos embarcados.

Serviço
www.delfia.tech

 

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