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Setor de TI investe em novas estratégias para atrair e formar talentos

O levantamento ainda explorou as dificuldades enfrentadas em relação aos talentos

Setor de TI investe em novas estratégias para atrair e formar talentos

O mercado de trabalho no Brasil vem mantendo nos últimos meses um ritmo constante de recuperação, de acordo com os Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua). A melhora é refletida inclusive no grupo de desalentados, ou seja, aqueles pessoas que desistiram de procurar emprego – normalmente jovens com pouca ou nenhuma experiência profissional.

Se a velocidade da Transformação Digital desafia a todos, não poderia ser diferente em relação à formação profissional

A queda do desemprego poderia ser ainda mais rápida se houvesse maior compasso entre as demandas do mercado de trabalho e a qualificação dos trabalhadores. O mercado de tecnologia é um ótimo exemplo disso: o País enfrenta um déficit anual de mais de 100 mil profissionais habilitados a atuar com análise de Dados, computação em Nuvem e Web Mobile, entre outros, segundo estimativas da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom).

A pesquisa Global Tech Trends Survey (GTTS), que ouviu executivos de tecnologia de empresas de diversos setores no início de 2023, confirmou que, no Brasil, mesmo em um ano particularmente conturbado para o setor de TI global como foi 2022, com muitos desligamentos, ainda houve alta demanda por profissionais com determinadas habilidades, entre elas técnicos de TI, computação em Nuvem e proteção de Dados. 68% das empresas fizeram contratações, e a expectativa para 2023 é de um ano melhor.

O levantamento ainda explorou as dificuldades enfrentadas em relação aos talentos. Segundo os líderes entrevistados, a velocidade em que a indústria está se transformando lidera a lista de desafios; em seguida estão as mudanças nas expectativas da força de trabalho, a ausência de talentos disponíveis e o conjunto inadequado de habilidades.

Se a velocidade da Transformação Digital desafia a todos, não poderia ser diferente em relação à formação profissional. As habilidades adquiridas em um curso feito três anos atrás podem estar ultrapassadas hoje, exigindo estudo constante do profissional para que ele possa crescer e até mesmo se manter ativo em algumas posições. Para superar esse déficit, muitas empresas, tanto de tecnologia quanto de outros setores, oferecem cursos gratuitos das habilidades mais buscadas e se unem a governo e organizações não- governamentais (ONGs) para amplificar o alcance dessas iniciativas.

Este cenário favorece a transição profissional. Há empresas que criaram, inclusive, programas específicos para atrair essa força de trabalho, com ações dirigidas até mesmo a grupos específicos como ex-atletas e refugiados que não conseguem exercer a sua profissão no novo país. São iniciativas importantes sob o ponto de vista da diversidade e da inclusão, um desafio que a indústria de TI também busca superar.

As estratégias de contratação em TI devem hoje ser projetadas para inspirar novos talentos e abrir oportunidades de emprego para comunidades sub- representadas, incluindo pessoas com deficiência, autismo, negros e LGBTQIA+. Para fechar a lacuna no mercado de trabalho e ajudar a reduzir o desemprego, precisamos atuar com criatividade, mente aberta e considerar mais as habilidades que o candidato tem ou poderá desenvolver do que aquelas que ele não tem, oferecendo o suporte necessário para sua capacitação e o seu crescimento.

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