Em outubro, celebramos o Dia do Profissional de Tecnologia da Informação (TI) e o Dia da Inovação. Mas também, nesse período, nos é dado o alerta em relação a conscientização sobre a cibersegurança. Este mês destaca um dilema significativo que enfrentamos na era digital: enquanto as inovações tecnológicas saltam aos olhos, somos igualmente desafiados a proteger nossos sistemas digitais contra ameaças cibernéticas.
Este paradoxo enfatiza a importância vital dos profissionais de TI para a garantia da segurança digital, especialmente em um momento em que a demanda por esses especialistas está crescendo exponencialmente. Profissionais que atuam na linha de frente da segurança digital são os responsáveis por prevenir ataques cibernéticos, proteger contra vírus e manter sistemas atualizados.
No entanto, o Brasil enfrenta um desafio alarmante nesse setor. Um estudo recente realizado pelo Google em colaboração com a Associação Brasileira de Startup (Abstartups) revelou que, até 2025, o País enfrentará um déficit de 530 mil profissionais de TI. Apesar de 53 mil novos profissionais se formarem nesse período, a demanda será de 800 mil, conforme estimativas da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).
Essa escassez não apenas representa uma ameaça à economia brasileira, mas também coloca o País como o terceiro no grupo dos vinte (G20), fórum de cooperação econômico internacional, um desperdício de oportunidades para aumentar o PIB devido à falta de formação e capacitação digital.
Para superar esse desafio, é imprescindível investir em educação e formação contínua na área de TI, principalmente, contando com a colaboração entre instituições de ensino, setor privado e governo para criar programas que possam preparar os futuros profissionais para os desafios de cibersegurança, proteção de Dados e Inteligência Artificial.
Em um mundo cada vez mais hiperconectado, a tecnologia da informação é a base para desenvolver o País economicamente e socialmente. Por isso, projetos de pesquisa sobre os riscos digitais e a formação de profissionais de TI não podem ser considerados como gastos, mas sim a estruturação de um plano para enfrentar os desafios atuais e os que ainda estão por vir.
Por Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom.
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