book_icon

Especialistas da IEEE destacam as principais tendências tecnológicas para 2024

Entre elas estão o desenvolvimento de wearables voltados para a saúde preventiva, o uso de IA, a evolução da segurança cibernética, desdobramentos da tecnologia espacial e avanços da digitalização da indústria

Especialistas da IEEE destacam as principais tendências tecnológicas para 2024

Desenvolvimento de wearables voltados para a saúde preventiva, devido ao aumento da expectativa de vida; evolução dos sistemas de combate aos ataques cibernéticos, baseados no conceito Zero Trust; evolução da segurança cibernética para coibir ataques direcionados às pessoas; potenciais desdobramentos da tecnologia espacial; avanços das tecnologias de digitalização da indústria; além de projeto que utiliza tecnologia para melhoria da qualidade de vida das comunidades locais da Amazônia. Essas são algumas das principais tendências tecnológicas para 2024, apontadas pelos especialistas do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), organização profissional dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, que participaram de debates na Futurecom, que terminou na semana passada,

A aplicação da Inteligência Artificial seguirá impactando vários setores da sociedade. Como citou Cristiane Pimentel, membro sênior da IEEE e professora da UFRB, “em 2023, tivemos um boom muito grande da IA, que cada vez mais vai fazer parte do nosso dia a dia. Essa tecnologia pode realizar atividades repetitivas e deve se tornar quase que uma necessidade, uma habilidade aos profissionais no mercado de trabalho”. Cristiane também destacou o uso da tecnologia de Realidade Virtual para treinamentos, tanto em instituições de ensino quanto nas empresas e na indústria. “A partir do próximo ano, veremos cada vez mais médicos sendo treinados e utilizando a Realidade Virtual antes da realização das cirurgias, e isto deve impactar a saúde preventiva. A tendência é que esta tecnologia seja usada para treinar pessoas e desenvolver habilidades, sem que você precise necessariamente de um ambiente físico”, disse.

O projeto Amazônia 4.0 usa tecnologias como Blockchain e IoT para tornar o extrativismo da Amazônia mais benéfico às comunidades locais, aproveitando a biodiversidade da região para melhor qualidade de vida aos seus moradores

A Inteligência Artificial também tem muitas aplicações no setor industrial, e, segundo Vicente Lucena, professor da UFAM, “as tecnologias que terão um grande impacto em 2024 são aquelas relacionadas com a digitalização da indústria, com a aplicação de algoritmos de automação e Inteligência Artificial nas ações relacionadas à indústria de produção. Assim, teremos um avanço especializado da produção, com um processo cada vez mais barato, mais eficiente, gerando cada vez mais avanços”.

Para Renato Borges, professor de Engenharia Elétrica da UnB, o mundo vive uma nova era espacial, na qual o setor privado assume um papel de protagonismo, com o uso extensivo de pequenos satélites. O especialista acredita que a tecnologia espacial traz novos impactos positivos e desdobramentos promissores já em 2024, trazendo benefícios para a conectividade e a comunicação na Terra. “Estamos na era dos grandes dados, caracterizados pela alta conectividade entre homens, máquinas e dispositivos. Mas, para que tudo funcione de forma harmoniosa e se transforme em qualidade no serviço e nas informações a serem obtidas, é necessário um trabalho coletivo, e a tecnologia espacial representa uma peça chave nos novos paradigmas que foram propostos para o futuro das comunicações”, observou.

Desafios gerados pela IA

Jéferson Nobre, professor da UFRGS, apontou que “os ataques de engenharia social, centrados nas pessoas, são automatizados com o uso de tecnologias como a IA, usando o processamento de linguagem natural em conjunto com informações obtidas em redes sociais”. Segundo ele, esses ataques buscam fragilidades dos humanos para buscar informações privadas ou confidenciais das organizações.

Já Marcos Simplicio, professor da USP, citou que o uso da IA ​​será ainda mais utilizado para ataques personalizados em setores específicos, incluindo ataques na cadeia de suprimentos. Para vencer estes desafios, Simplício recomenda que as empresas e organizações sigam o conceito de Zero Trust. “É preciso fazer verificações e atestados tanto dos dados quanto dos módulos de hardware e software, usando soluções tecnológicas que são frutos de pesquisas acadêmicas”, disse.

Liderado por Tereza Carvalho, engenheira elétrica e doutora pela USP, o projeto Amazônia 4.0 usa tecnologias como Blockchain e IoT para tornar o extrativismo da Amazônia mais benéfico às comunidades locais, aproveitando a biodiversidade da região para melhor qualidade de vida aos seus moradores. Ele vai criar laboratórios móveis nos quais cientistas e pessoas de povos tradicionais e indígenas poderão trabalhar em parceria para criar produtos a partir do processamento de materiais-primas da Amazônia, e, então, transformá-los em produtos de alto valor agregado pela sua qualidade e rastreabilidade. “Isso passa por ações de capacitação sobre os recursos naturais disponíveis, produzidos diretamente nas comunidades locais, mas também agregando os conhecimentos tradicionais dessas populações para o desenvolvimento de soluções inovadoras e disruptivas”, observou Teresa.

Serviço
www.ieee.org

Últimas Notícias
Você também pode gostar
As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicados refletem exclusivamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da Infor Channel ou qualquer outros envolvidos na publicação. Todos os direitos reservados. É proibida qualquer forma de reutilização, distribuição, reprodução ou publicação parcial ou total deste conteúdo sem prévia autorização da Infor Channel.