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Remessas de smartphones na AL caem 14% no segundo trimestre, diz Canalys

Apesar deste declínio, o mercado está se estabilizando e mostrar sinais de recuperação, graças ao aumento da confiança dos consumidores

Remessas de smartphones na AL caem 14% no segundo trimestre, diz Canalys

A última pesquisa da Canalys mostra que as remessas de smartphones na América Latina caíram 14% ano a ano, para 28 milhões de unidades. Apesar deste declínio, o mercado está se estabilizando e mostrar sinais de recuperação, graças ao aumento da confiança dos consumidores, às melhorias nos níveis de inventário e ao foco dos fornecedores de smartphones em segmentos-chave.

“A demanda moderada do consumidor levou a um aumento nos estoques de smartphones dos fornecedores. Isto levou as empresas a adotarem uma abordagem mais cautelosa, visando segmentos de mercado específicos que lhes poderiam trazer melhores retornos”, afirmou Miguel Perez, consultor sênior da Canalys. “Samsung, Motorola e Xiaomi foram atingidas por quedas anuais de dois dígitos. Mas a adopção de uma abordagem conservadora ajudará a evitar o excesso de estoques, aumentando a rentabilidade e concentrando recursos estrategicamente para melhorar a adaptabilidade às condições de mercado em evolução”, completou.

Embora a Canalys projete uma contração de 2% no mercado de smartphones da América Latina em 2023, como parte de uma estabilização mais ampla do mercado, o panorama geral é de oportunidades

Os três principais fornecedores estão executando essas estratégias por meio de táticas variadas. A Samsung, que no período registrou remessas de 9,4 milhões de unidades (-19%) está abandonando o segmento de preços abaixo de US$ 200 para se concentrar em modelos com margens mais altas em seu portfólio.

Após um lançamento agressivo para as famílias Moto Razr e Moto Edge 40, a Motorola (5,7 milhões de aprelhos) agora está se concentrando nos segmentos de baixo e médio preço com drivers de volume, como o Moto E13, G23, G13 e G53. Já a Xiaomi (4,6 milhões) está recuperando os volumes de remessas após uma queda considerável no primeiro trimestre de 2023, concentrando-se em modelos com preços entre US$ 100 e US$ 500, como o Redmi Note 12 4G, Redmi 12C, A2 e Note 12S.

“Além das três primeiras, apesar das variações significativas no desempenho dos fornecedores, algumas marcas estão expandindo substancialmente a sua presença na região”, acrescentou Perez. “Transsion, Honor e Oppo fizeram progressos significativos no mercado no segundo trimestre de 2023, destacando oportunidades para fornecedores na América Latina. Esses três fornecedores têm sido estratégicos em seus investimentos. A Transsion voltou ao quarto lugar com desempenhos impressionantes na Colômbia, Equador e Peru, graças ao seu amplo portfólio de dispositivos básicos.

A Honor alcançou o maior crescimento de volume, aumentando as remessas em 168% ano a ano em geral na América Latina. Entretanto, a Oppo está se concentrando na Colômbia e no México como os seus dois principais mercados para estabelecer uma forte presença na região através de investimentos significativos em marketing de canal.

Mesmo no meio de cenários sócio-políticos variados, a estabilidade econômica global da América Latina está a promover um clima favorável para o mercado de smartphones. Embora a possibilidade de uma recessão não tenha desaparecido totalmente, a inflação está em grande parte controlada em toda a região e as suas três potências econômicas – Brasil, México e Colômbia – estão crescendo de forma constante. Esta perspetiva positiva levou a uma previsão atualizada de crescimento econômico para 2023, tornando a região um foco para a expansão do mercado de smartphones.

Embora a Canalys projete uma contração de 2% no mercado de smartphones da América Latina em 2023, como parte de uma estabilização mais ampla do mercado, o panorama geral é de oportunidades. O aumento da confiança dos consumidores e o aumento dos gastos globais prepararam o terreno para o crescimento potencial no segundo semestre do ano, especialmente com a aproximação da época de pico de vendas. Para capitalizar isto, as marcas precisam de aperfeiçoar o seu planeamento, forjar parcerias de canais fortes e manter a saúde fiscal, alinhando as suas ações com oportunidades estratégicas.

Serviço
www.canalys.com

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