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Estudo aponta que segurança para IoT, Nuvem ,IA e Machine Learning são os desafios das empresas

EY 2023 Global Cybersecurity Leadership Insights indica que os tópicos acima foram os mais citados pela maioria das empresas entrevistadas no mundo

Estudo aponta que segurança para IoT, Nuvem ,IA e Machine Learning são os desafios das empresas

Internet das Coisas (IoT), Nuvem em escala e Inteligência Artificial/ Machine Learning estão no top 3 de tecnologias que representam os maiores riscos para as empresas para os próximos cinco anos. É o que aponta o EY 2023 Global Cybersecurity Leadership Insights, pesquisa realizada pela EY, uma das maiores consultorias e auditorias do mundo, que ouviu 500 empresas de diferentes regiões do mundo com faturamento maior de US$1 bilhão ao ano, por meio de seus tomadores de decisão, como C-levels, principalmente CISOs.

No recorte América Latina, que inclui Brasil, Argentina, Chile e México e representa 115 companhias (23%) dos respondentes, IoT representa 32% das respostas dos quatro países. “Para o território local, Nuvem em escala também está no topo do ranking com 33% e IA/ML tem 26%. Essas preocupações estão equilibradas com os outros países da região ouvidos no estudo”, completa Demetrio Carrión, sócio-líder de Cybersecurity da EY para LAS & Brasil.

A pesquisa também questionou “quais são os maiores desafios internos para a abordagem de segurança cibernética da sua organização hoje?”. E, para os respondentes brasileiros, os principais tópicos foram: dificuldade em equilibrar inovação e segurança (59%), muitas superfícies de potenciais ataques (54%) 

Esses três pontos também estão entre os mais citados nas regiões da Ásia- Pacífico, que incluem países como Japão e Austrália e EMEIA (Europa, Oriente Médio e África), representando países como França e Emirados Árabes Unidos. IoT representa respectivamente 33% e 32%, Nuvem em escala 32% e 31% e IA/ML fecha o top 3 dessas regiões com 24% e 26% respectivamente. “Esses Dados mostram que o Brasil e a América Latina estão com preocupações alinhadas com o restante do mundo. Isso pode ajudar no desenvolvimento de soluções para suprir esses gaps, tendo países que são mais avançados como referência”, indica o executivo.

A pesquisa também questionou “quais são os maiores desafios internos para a abordagem de segurança cibernética da sua organização hoje?”. E, para os respondentes brasileiros, os principais tópicos foram: dificuldade em equilibrar inovação e segurança (59%), muitas superfícies de potenciais ataques (54%) e força de trabalho não pertencente a TI que não segue as melhores práticas (49%). Já para os argentinos, os principais são: dificuldade em equilibrar inovação e segurança (60%), orçamento inadequado para cibersegurança (50%), além de força de trabalho não pertencente a TI que não segue as melhores práticas, muitas superfícies de potenciais ataques e a integração da tecnologia emergente que não é priorizada, todas com 40%.

Já no Chile, os três pontos mais citados foram: muitas superfícies de potenciais ataques (63%), dificuldade em equilibrar inovação e segurança (53%) e a integração da tecnologia emergente que não é priorizada (43%). Por fim, no México, muitas superfícies de potenciais ataques lideram com 81%, seguido por dificuldade em equilibrar inovação e segurança (50%) e força de trabalho não pertencente a TI que não segue as melhores práticas (42%).

Outro aspecto abordado é que, segundo o estudo, 32% dos respondentes indicaram que sofreram 50 incidentes ou mais em 2022. Isso representa uma alta de 75% no aumento ataques cibernéticos conhecidos nos últimos cinco anos. Para o executivo, “um Dado bastante relevante que a pesquisa traz é que 76% dos entrevistados globais levam seis meses ou mais para detectar e responder a um incidente. Isso indica que, independentemente da região geográfica, o mercado ainda tem muito a evoluir para conseguir mitigar esses problemas”.

Por fim, o risco dos setores dependentes de infraestruturas industriais, especialmente o de Energia, acompanha o forte crescimento percebido pela pesquisa associado à utilização de dispositivos IoT (Internet das Coisas) que, por contexto, recebe o nome de IIoT (Industrial Internet of Things). “Isso acontece em função da forte pressão global pela transição energética que busca eficiência operacional, redução de emissões e inteligência”, completa Marcos Sêmola, sócio-líder de Cybersecurity da EY para o setor de Energia América Latina.

A tendência de convergência entre os ambientes de IT (Information Technology) e de OT (Operational Technology) já é um caminho sem volta, porém, o benefício vem acompanhado da geração de novos riscos resultantes da mistura entre ambientes, pessoas, processos e tecnologias tipicamente muito distintos. É, portanto, primordial para toda empresa do setor, identificar os novos riscos e definir uma estratégia de mitigação que equilibre o atendimento aos requerimentos operacionais do ambiente industrial, e o apetite ao risco do próprio negócio. “Visão integrada de riscos que agora convergem é essencial para pavimentar a transformação digital que está viabilizando a transição energética”, explica Sêmola.

Os impactos potenciais provocados por um incidente de segurança em ambientes industriais extrapolam a razoabilidade e invade espaço ainda pouco experimentados como a perda de vidas humanas; erosão ambiental; passando pela desaceleração das atividades produtivas; perda de receita e valor de mercado; roubo de propriedade intelectual e exposições gerais por não conformidade.

“A Internet Industrial das Coisas (IIoTs) está conduzindo as empresas a uma arquitetura totalmente integrada com sistemas de TI e TO funcionando como uma entidade unificada. Esse novo modelo operacional precisa estar cercado por novos controles e padrões de segurança que acompanhem os novos níveis de exposição e risco”, reitera Sêmola.

Seguras ou propensas a ataques: em que categoria estão a maioria das empresas?
Para identificar empresas com melhores resultados de segurança cibernética da pesquisa, os líderes avaliaram sua organização em relação a uma série de métricas de segurança cibernética objetivas e subjetivas. Dessa forma, elas foram divididas em dois grupos: criadores seguros (42%) e empresas propensas (58%).

Enquanto o tempo médio de uma empresa ‘criadora segura’ detectar e responder a um incidente cibernético é de cinco meses, a empresa propensa leva 11 meses. “Vale reforçar que cinco meses ainda é um tempo absurdamente longo para essa ação. Podemos identificar sim uma evolução do mercado, mas ainda não chegamos a um estágio ideal”, detalha Demetrio.

Além disso, a maioria dos ‘criadores seguros’ (70%) consideram-se os primeiros a adotar a tecnologia emergente, em vez de esperar até que a tecnologia seja experimentada e testada. “Eles utilizam soluções avançadas para simplificar seu ambiente, adotando tecnologias focadas em automação e simplificação, como Inteligência Artificial ou Machine Leaning e orquestração e automação em Nuvem’, completa.

“Quando analisamos as 115 companhias da América Latina que responderam as perguntas para dividi-las nessas duas categorias de companhias, temos o seguinte recorte: 45 são ‘criadoras seguras’ e 70 são ‘empresas propensas’. Vendo o copo meio cheio, ainda temos muito caminho a percorrer para termos ambientes realmente seguros. Porém, ainda é necessário ter muita atenção e cautela, mantendo a cibersegurança como parte das estratégias e necessidades de negócio”, finaliza.

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