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Inteligência Artificial: mesmo que não a ame, não a deixe

Inteligência Artificial é o assunto do momento. Embora essa tecnologia não seja uma grande novidade, ultimamente, vem sendo alvo de diversos debates quanto ao seu desenvolvimento. Certamente, o ChatGPT lidera essas discussões, tendo em vista sua ampla adesão pela sociedade e o modo operacional como uma ferramenta que pode ser utilizada em diversos setores, tanto por pessoas físicas quanto jurídicas. Porém, mais do que pensar na facilidade que a tecnologia nos dá, é importante compreendê-la a fundo no intuito de obter os melhores resultados.

A Inteligência Artificial trata-se da capacidade de os sistemas operarem de forma similar à inteligência humana, permitindo a automatização das operações, uma vez que a máquina se torna capaz de tomar decisões baseadas em dados e registros confiáveis. Diante disso, temos visto um verdadeiro boom desde o lançamento do tão aclamado ChatGPT.

A tecnologia criada pela empresa OpenAI nada mais é do que um sistema que faz parte dos chamados chatbots, mas com a capacidade de responder perguntas e realizar atividades de diversos níveis. Não à toa, segundo Sam Altman, diretor-presidente da OpenAI, o software obteve 1 milhão de usuários em apenas cinco dias após o lançamento, em novembro de 2022.

Esse é um forte exemplo do momento de disrupção da IA que estamos vivendo. Aquilo que antes era considerado complexo, vem cada vez mais sendo simplificado e ganhando o apoio da tecnologia em suas operações. Por sua vez, isso acende o alerta da importância de, principalmente, as empresas que estão na linha de frente dos avanços da transformação digital e transição da Indústria 4.0 para a 5.0, se atentarem para a importância de acompanharem esses movimentos e usufruírem dessas vantagens.

Normalmente, a maioria das pessoas que costumam participar mais ativamente deste processo são os líderes e gestores das grandes empresas. Contudo, para que essa transformação adentre os espaços das organizações, torna-se imprescindível adotar uma cultura organizacional cada vez mais aberta a inovação também nas pequenas e médias. Até porque, essa ainda se configura como a principal barreira enfrentada pelas companhias para trilharem, de fato, o universo da transformação digital, e como vem sendo sempre reforçado: aqueles que não acompanharem esse movimento, ficarão para trás.

O ChatGPT, como exemplo, possui ampla aderência em simplificar processos e garantir agilidade nas operações, substituindo, em alguns casos, a mão de obra humana. Mas, todas as vezes em que falamos sobre as aplicações da tecnologia no dia a dia das companhias, cria-se uma ideia equivocada de que ela irá substituir os seres humanos, quando, na verdade, irá auxiliá-los a obterem ainda mais eficiência e resultados.

Entretanto, assim como outras ferramentas, é fundamental saber utilizá-las de forma correta e estratégica. Deste modo, abre-se precedente para mais um aspecto que as marcas precisam estarem atentas: investir na mão de obra qualificada. Isso é, de nada adianta aderir diversos recursos de IA, sem que haja uma equipe especializada e que saiba manuseá-la corretamente, extraindo o que há de melhor.

Precisamos enfatizar que a Inteligência Artificial abre um leque de oportunidades e ganhos inimagináveis. Se estamos extasiados com a eficiência do ChatGPT, muito ainda está por vir. Todavia, a tecnologia em si ainda não tem a eficiência de entrar sozinha nas organizações, e requer um contexto que interligue as pessoas à outras ações que viabilizem o seu uso.

E, mesmo que, diariamente, utilizemos a tecnologia sem nos darmos conta, muitas oportunidades acabam sendo perdidas pelo fato de não saberem como aplicar e utilizar tais recursos. Dessa forma, debates estão acontecendo com o intuito de chamar a atenção para os rumos que a IA está seguindo. Não podemos invalidar nenhuma discussão que vise compreender melhor esse recurso, mas uma coisa é fato: não há como negar a facilidade que ela promove.

A Inteligência Artificial jamais pode ser considerada a salvadora da pátria. É importante reforçar que se trata de um pedaço do potencial que a tecnologia pode atingir ajudando no melhor aproveitamento de novas oportunidades, estratégias assertivas, retenção de talentos e, até mesmo, análises preditivas de tendências para serem aplicadas aos negócios.

Deste modo, é essencial que as organizações, independente do seu porte e segmento, exercitem a visão de conhecerem e aderirem a IA para se certificarem dos ganhos que podem ser adquiridos nos negócios. Até porque, mesmo que não a ame, não há mais como deixá-la.

Por Marcel Pratte, CEO da Viceri-Seidor.

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